Quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008 - 06h25
Interesses díspares
Pela aproximação do G-10 - o Grupo dos 10 deputados estaduais que se articula para influenciar nas eleições municipais de 2008 – com Mauro Nazif já é previsível um racha na base aliada do governador Ivo Cassol para 2010. Ocorre que a base cassolista tem dois candidatos ao governo – Neodi Carlos e Expedito – e cada facção vai tentar se reforçar nas eleições municipais deste ano.
Reflexos para 2010
Pelo que se observa, um naco do cassolismo não aceita apoiar o deputado federal Lindomar Garçon, porque isso beneficiaria a candidatura de Expedito Júnior ao governo em 2010. Como Expedito já tem suas preferencias ao Senado, o G-10, que tem como postulante ao Senado, Alex Textoni, não vai facilitar as coisas para o “inimigo”.
Eleições casadas
O G-10 está se organizando para influenciar em eleições casadas. O agrupamento tem maioria cassolista, mas está definindo seus próprios postulantes nos principais colégios eleitorais do estado. Textoni, por exemplo, está definindo candidatos a prefeito em 10 municípios para receber apoio da facção.
A discriminação
Em discurso na Assembléia Legislativa, o deputado Jesualdo Pires (PSB-JI-Paraná) criticou com veemência a discriminação contra o estado de Rondônia no repasse dos recursos do Fundo de Participação dos Estados –FPE. As perdas de recursos tem gerado graves prejuízos ao estado, principalmente em obras de infra-estrutura.
Esforços conjuntos
Conforme constatou o parlamentar socialista, os demais estados da região tem sido sistematicamente contemplados com mais recursos. Ele quer unir as bancadas estadual e federal para assegurar justiça perante a União. “Precisamos acabar com isso de uma vez por todas. Rondônia não pode ser penalizada”, arremata.
Falta consenso
Por causa de rachas, falta consenso no PMDB sobre lançar candidatura própria na capital. O partido está mais dividido do que uma escola de samba e ninguém se entende. É a própria casa da mãe Joana: alguns querem candidatura própria, outros se atrelar ao projeto do prefeito Roberto Sobrinho a reeleição e já tem gente falando em conversar com Mauro Nazif, do PSB.
Boas opções
Transformado em mercado persa, o PMDB não percebe que tem dois grandes nomes em seus quadros em condições de crescer na aceitação popular na capital até com chapa puro-sangue: o médico José Augusto, que teve quase 40 mil votos ao Senado na capital e o ex-presidente da OAB Orestes Muniz, um nome de respeito e credibilidade na aldeia.
A emancipação
Nem Extrema, tampouco Tarilândia que briga há quase 20 anos pela emancipação conseguem ao menos emplacar a realização de plebiscitos. Mesmo assim, otimista, o deputado estadual Ribamar Araújo(PT) entrou com projeto visando o desmembramento dos distritos de Mutum-Paraná, Jacy-Paraná e Abunã. A luta só está começando.
Nominata completa
O presidente do Diretório Municipal do DEM Arnaldo Bianco está mandando a campo em Ji-Paraná chapa completa de candidatos a vereança nas eleições deste ano. Na nominata constam lideranças emergentes, como Vanderlei da Copegi, Chico da Mata, Orlando da São João, além do vereador Ivo da Sucam, que sai a reeleição.
Do Cotidiano
Ações desvirtuadas
É conhecido o fato de que a Controladoria Geral da União é considerada por dez entre dez prefeituras brasileiras como uma espécie de “loteria ao contrário”, pois sorteia lotes de municípios a ser investigados. E o prêmio, como nas verdadeiras loterias, tem chegado a poucos deles, pois a maioria sempre é apanhada incorrendo em erros técnicos, manobras oportunistas ou corrupção explícita. O prêmio seria um atestado de estrito cumprimento do dever.
A questão do controle da administração pública é uma das mais cruciais para o Estado moderno. Chegamos a informatizar praticamente toda a máquina oficial, a não ser em raros grotões. Temos a urna mais moderna do mundo. Somos considerados uma das grandes democracias do planeta. No entanto, ainda estamos longe de coibir a corrupção, a desídia na administração, os desvios de conduta, as fraudes, os grandes golpes lesivos ao interesse público. Apanha-se pouco, pune-se menos ainda. Como chegar a um controle efetivo, em que o interesse do cidadão brasileiro – um dos maiores pagadores de impostos do universo – seja protegido em nome da Pátria e do patriotismo, da moral e dos bons costumes?
Talvez a luz no fim do túnel esteja num sábio conselho disparado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Ao constatar falhas na execução Programa Nacional de Controle da Dengue nas três esferas de governo, o Tribunal determinou ao Ministério da Saúde que estude a implantação de um sistema de controle e supervisão da execução do programa. De tão bom que é, o conselho deveria ser estendido ao conjunto da administração pública no País.
O que havia de errado, afinal, com o programa da dengue? Segundo o Tribunal, quase tudo. Foram verificadas ações precárias na execução das tarefas de eliminação do mosquito, como problemas com a força de trabalho, que não recebe o adequado treinamento ou se revela em número insuficiente. Não espanta que o mosquito, também transmissor da perigosa febre amarela, continue reinando sobre o País como a sombra do vampiro ameaçando Van Helsing.
Há mais: o TCU também apurou falhas cometidas pelos agentes e supervisores contratados para o serviço quanto à qualidade do trabalho de pulverização do inseticida e à falta de manutenção desses equipamentos. Além disso, o Tribunal verificou a precariedade das visitas domiciliares, uma vez que as informações básicas sobre a doença e o combate ao vetor não são repassadas aos moradores. No geral, alguns cabos eleitorais desempregados são metidos numa empresa terceirizada e saem alegremente a visitar as casas, desfilando seu despreparo e se limitando a distribuir folhetos, quando eles existem. Na Dinamarca de Hamlet havia algo de podre. Por aqui, algo descontrolado.
Via Direta
*** O PSOL prepara um grande encontro estadual em Cacoal no dia 1º de março para discutir sua política de alianças *** Existem burburinhos na aldeia dando conta de conversações entre Mauro Nazif (PSB) e José Augusto (PMDB) *** Caso seja verdade, estará montada finalmente uma aliança indigesta para os petistas e em condições de tirar Roberto Sobrinho do poleiro *** Vira e mexe, Cassol e Neodi acabarão mesmo é no palanque de Bianco. Fonte/(fotos Arquivo): Gentedeopinião - csperanca@enter-net.com.br
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