Sábado, 29 de março de 2008 - 06h49
Cassol catimba
Os dirigentes dos partidos da base aliada governista começam a se incomodar com a catimba do governador Ivo Cassol que depois de anunciar seu ingresso no PTB, continua enrolando os correligionários sobre seu destino partidário. Ivo se diverte fazendo os partidos de peteca: ora diz que pode entrar no PTB, ora em outras siglas.
Puro sangue
Como já se esperava, para efusiva comemoração do clã Donadon, a oposição não conseguiu se entender em Vilhena. Com isso, as primeiras chapas de pré-candidatos começam a ser lançadas. A primeira é de puro-sangue, do PC do B, tendo o professor Júlio Olivar como pré- candidato a prefeito.
A ressurreição
Depois de se transformar, quase em poeira, após a derrota de Bianco ao governo de Rondônia em 2002, o PFL, hoje transformado em DEM, volta a ressurgir em Rondônia. O partido é franco favorito para ganhar as prefeituras de Ji-Paraná, com José Bianco, e em Ouro Preto do Oeste, com o ex-prefeito Carlos Magno.
Nova rebelião
A insurreição do baixo clero na Assembléia Legislativa, para tirar do poleiro o atual presidente Neodi Carlos (PSDC) acabou dando em nada. Mesmo porque o grupo cassolista dissidente tinha blefado, não tinha nem maioria simples para alterar regimento interno ou mudar alguma coisa no Poder Legislativo. Mesmo assim no meio da semana os cardeais do legislativo se reuniram com o baixo clero para acalmar as coisas.
PMDB dividido
Vai ficar difícil para o deputado estadual Chico Paraiba (PMDB-Presidente Médici) decidir quem vai apoiar na sua base. Ocorre que no PMDB de Médici existem três pretendentes para disputar a prefeitura local. Por enquanto, o que se vê, é que o parlamentar está se fazendo de gato morto no processo sucessório local.
Avanço petista
Embora o PMDB continue sendo o grande partido do interior rondoniense e favorito nas eleições municipais em colégios eleitorais importantes, já é possível perceber nas primeiras sondagens pelo estado, um expressivo avanço petista no municipalismo rondoniense. O partido tem nomes de ponta em Porto Velho, Jaru, Vale do Jamari e já mostra os dentes em Cacoal, Ouro Preto do Oeste e Presidente Médici.
Pé de igualdade
Orientado pelos gurus cassolistas, o suplente de deputado estadual Zé Rover, único nome em condições de enfrentar Melki Donadon (PTB) em Vilhena em pé de igualdade, começa a fazer oposição ao clã para desvincular sua imagem "donadonsistica" naquela cidade conhecida como Donadonlópolis. Como se sabe, num passado recente, antes de se converter ao cassolismo, Rover, era um devoto dos Donadons.
Uma polarização
Apelidado pelo vermelhinho Júlio Olívar, de genérico dos Donadons, Rover, começa a cutucar os ex-aliados, para desvincular uma possível imagem de cópia piorada dos Donadons. Na verdade, a eleição já começa a polarizar em Vilhena entre Zé Rover e os Donadons.
Vai recorrer
O deputado federal Lindomar Garçon (PV) explica que embora com os direitos políticos cassados pelo TRE, pode recorrer no STE e continua no páreo pela prefeitura de Porto Velho. Mas já não é a mesma coisa: a perda de credibilidade é enorme e já podem ser sentidos alguns prejuízos na sua aliança. O PSDC, por exemplo, já se recusa a caminhar junto com o verdinho.
Do Cotidiano
As línguas ameaçadas
D. Quixote ainda existe. Ele hoje leciona em escolas bilíngües. Essa é a primeira constatação a que se chega ao verificar a existência de bem poucas escolas que ensinam, além do Português ou do Espanhol, os idiomas nativos das comunidades amazônicas, mesmo considerando que a predominância dos idiomas latinos tenha contribuído para a extinção de diversas línguas indígenas nativas na América Latina.
De acordo com uma pesquisa da National Geographic Society e do Instituto Living Tongues, destinada a identificar as regiões mais vulneráveis ao desaparecimento de línguas, um idioma se extingue a cada 14 dias. É a diversidade cultural desaparecendo sob as patas dos cavalos e rodas dos caminhões, as armas e a vontade dos “bandeirantes” e dos “conquistadores”. Das cerca de 7 mil línguas faladas hoje no mundo, muitas desaparecerão ainda neste século, segundo a pesquisa. Só no Brasil, são 180 as línguas ameaçadas.
A pesquisa identifica algumas regras gerais da matança idiomática. A primeira delas é que, modernamente, as políticas governamentais forçam as tribos a abandonarem seus tradicionais modos de vida e a destruir seu ecossistema natural em troca de ganhos econômicos. A língua estaria dentro desse processo, no qual as tribos abandonariam suas línguas naturais para integrar-se ao Português ou Espanhol ou, ainda, a linguagens indígenas de maior abrangência, como o Guarani, no caso do Brasil.
As áreas consideradas de grande ameaça às línguas no País são Mato Grosso do Sul, onde hoje menos de 20 pessoas falam ofaié (tribo ofaié ou opaié) e menos de 50 falam guató (tribo guató), além de Rondônia, em que apenas 80 pessoas se comunicam pela wayoró, língua indígena falada nas proximidades do rio Guaporé. Se consideramos que a manutenção, reprodução e conhecimento do idioma de um povo são condições elementares para sua preservação, liquidar um idioma representa a liquidação dos fundamentos desse povo. Com isso, ele acaba se extinguindo por si só, sem referencial, identidade ou capacidade de reagir à eliminação.
No Paraná, onde a limpeza étnica foi uma das condições para a ocupação do interior, tardiamente, mas de forma consistente, já se considera a manutenção do idioma um pré-requisito para o fortalecimento dos povos. Há 29 escolas indígenas do Paraná que ensinam as matérias curriculares de qualquer educandário, associadas também ao idioma materno, levando em conta não só a oralidade, mas também o registro escrito e por imagem, inclusive como elemento de alfabetização.
É uma iniciativa meritória, mas esbarra em problemas que só uma boa vontade política poderia superar, como a falta de publicações nas línguas indígenas e a batalha entre as variações dos principais troncos idiomáticos.
Via Direta
*** Com uma chapa de pré-candidatos a vereador vitaminada, o PMDB desponta como a legenda mais forte na disputa pelas 17 vagas da Câmara Municipal de Porto Velho *** A campanha 2008 já começa quente em Vilhena, com boas pauladas nos Donadons, por enriquecimento ilícito *** A BR 364 já está em cacos na região da Bacia leiteira *** Se o DNITT não cuida nem da BR, como acreditar nas pontes e viadutos prometidos para Rondônia?
Fonte: Carlos Sperança
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