Quinta-feira, 31 de janeiro de 2008 - 06h54
Atenções voltadas
Com a reabertura do Congresso Nacional no próximo dia 6 de fevereiro, as atenções dos representantes rondonienses se voltam as emendas parlamentares para o Orçamento 2008. Ocorre, que por causa da rejeição da CPMF, a metade dos recursos destinados as emendas poderão ser cortados, como forma de economia pelo Ministério do Planejamento.
Obras anunciadas
O corte dos recursos nas emendas parlamentares significa que muitas obras anunciadas por deputados federais e senadores aqui em Rondônia acabarão não saindo do papel. Ainda não se sabem os valores e quais as emendas que serão suprimidas, mas com certeza municípios como os de Porto Velho, Ji-Paraná e Ariquemes, que trabalharam melhor na captação dos recursos serão os mais prejudicados.
Mapa da Violência
Só o fato de Porto Velho ter saído das primeiras colocações do ranking nacional de violência do Ministério da Justiça já é alguma coisa. Nada a comemorar, já que Rondônia tem um município entre os 10 mais violentos do país, mas não há como negar que tivemos avanços na área de segurança na capital no ano passado. Ponto para os nossos xerifes.
Defesa da Vida
Por falar em violência, a Campanha da Fraternidade deste ano, levada a efeito pela Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil –CNBB, trata da “Defesa da Vida”. Paralelamente serão enfocados outras questões sociais vivenciadas pela sociedade brasileira como a defesa do meio ambiente, os conflitos políticos e sociais etc.
Mercado editorial
Seguindo a tendência de regionalizar cada vez mais a notícia, o Diário da Amazônia faz sucesso nas zonas Sul (região do Eldorado) e Leste ( eixo Tancredo/JK), com cadernos especiais publicados as quarta-feiras. Além de se aproximar mais dos leitores das duas regiões mais densamente povoadas na capital, nosso rotativo amplia sua vendagem em bancas, dando mais retorno aos seus anunciantes.
Invasões fracassam
As últimas invasões de áreas em Porto Velho fracassaram. Em pelo menos três casos houve despejo decidido pela justiça. Em alguns porque os terrenos invadidos eram de imobiliárias, em outros, como oocorreu do bairro Triângulo a área era destinada a construção de um conjunto habitacional para famílias desabrigadas.
Questão fundiária
O problema de invasões de áreas vem de longe nestas bandas. Raquel Cândido e Ernandes Índio (este já falecido) liderando invasões foram precursores de bairros como Eldorado e Esperança da Comunidade. Mesmo com a doação de milhares de terrenos no Tancredo e JK ao meio da década de 80, pelo então prefeito José Guedes, as invasões continuaram nas gestões seguintes.
Ano de turbulências
Em vista da falta de moradia, do aumento geométrico dos preços de imóveis na capital, mais interesses políticos, mais as ações de invasores profissionais na busca de lucro fácil, se prevê um ano de turbulências em Porto Velho. Que o prefeito Roberto Sobrinho fique com as barbas de molho...
Eleições municipais
Como um centroavante argentino, o prefeito de Ji-Paraná José Bianco vai catimbando o jogo da sucessão na capital da BR e empurrando a definição do seu vice (se depender dele continuará com o fiel escudeiro Assis Canuto) para as convenções de junho. Como todo mundo quer palpitar sobre seu vice – de Cassol aos deputados estaduais – a coisa vai exigir muita paciência do alcaide.
Do Cotidiano
Corredor de ambulâncias
Um jogo de empurra entre a União, estado e municípios, transformou a BR 364 nos últimos anos num perigoso corredor de ambulâncias em Rondônia. Isso vem de longe e já ocorria nas administradores anteriores, dos então governadores Piana, Raupp e José Bianco.
Quem viaja constantemente pela rodovia JK (ex-Marechal Rondon) se depara com esse cenário provocado pela disputa travada entre o governo e alguns prefeitos do interior que não chegam a um entendimento. “As esferas maiores (estadual e federal) não apoiam os municípios e por isso somos obrigados a enviar os pacientes à capital”, reclamam os alcaides. Os governistas devolvem: “Os prefeitos precisam fazer a sua parte”. E nada se resolve.
Na verdade, nenhum lado está mentindo sobre a pendenga, mas é preciso chegar a algum acordo, já que a população acaba sendo maltratada na área de saúde. Aliás, a saúde tem sido um setor prejudicado dentro do municipalismo, já que o povão é submetido a toda sorte de humilhações desde o acesso as fichas até o atendimento.
Como a sobrecarga nos hospitais públicos da capital se tornou um fardo pesado, muitas ambulâncias já estão voltando para o interior sem conseguir atendimento para os pacientes. Alguns enfermos apelam para os senadores, deputados federais e estaduais para poderem receber atendimento.
Vamos resumir tudo: a falta de recursos para a área de saúde atinge duramente os estados e municípios. Sem caixa para atender tanta demanda, governadores e prefeitos em todo país travam disputas regionais. Sobra para a população.
Mas tem ainda, no caso rondoniense, falta de estratégia provocando episódios desgastantes já que se aplicam verdadeiras fortunas com a saúde em Rondônia em transportes. Sabe-se de casos até de paciente com dedão quebrado em Pimenteiras remetido para os hospitais da capital, numa distância de quase 800 quilômetros.
Caso fosse adotada a estratégia da regionalização da saúde, com hospitais de base também em Ji-Paraná e Vilhena, a economia para os cofres públicos, só em transportes de enfermos seria de milhões de reais ao ano, possibilitando com esses recursos outros investimentos na sáude e demais demandas sociais.
Além de Porto Velho, os pólos regionais de Ji-Paraná, Ariquemes Cacoal e Vilhena se vêem obrigados a atender as demandas de municípios próximos, sem a devida contrapartida das esferas estaduais e federais. A situação é mais grave na capital, mesmo sem contrapartida da União, tanto o Hospital de Base como o Pronto-Socorro João Paulo II chegam atender doentes da Bolívia, do Sul do Amazonas, parte do Mato Grosso e do vizinho Acre.
Via Direta
*** A Ponta do Abunã está em pé-de-guerra com o adiamento do plebiscito para a criação do município de Extrema *** Com isso dificilmente haverá eleição a prefeito para o novo município em 2008 *** O papa do municipalismo Paulo Ziulowski se mostra revoltado com a distribuição dos recursos da União e com justa razão *** Afinal os pequenos municípios tem sido prejudicados no rateio.
Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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