Sábado, 11 de maio de 2013 - 05h25
Ciro Pinheiro
Dia 1º de janeiro de 1995. Solenidade importante no salão nobre do palácio Presidente Vargas: a transmissão do cargo de governador do Estado a Valdir Raupp e vice-governador a Aparício Carvalho. Designado para coordenação do evento, já perto de chegar a hora determinada, havia dúvida da presença do governador Oswaldo Piana para o ato solene de entrega do comando do Estado. Tentei um contato com Piana e não consegui. Logo tive a informação de que ele já estava no aeroporto viajando para o Rio de Janeiro.
O que fazer, então, sem ninguém do governo anterior para receber os novos governantes e cumprir as formalidades de transmissão do cargo. Com minha calma costumeira, vislumbrei uma solução: fui à casa do desembargador Aldo Castanheira, chefe da Casa Civil do governo Piana, e fiz a convocação (quase imposição): Dr. Aldo o senhor vai ter que ir ao palácio receber o novo governador e, representando o governo anterior, transmitir o cargo.
Aldo coçou a cabeça e protestou com cara de preocupado: "Eu? - Ciro isso não é legal. Eu não sou mais chefe da Casa Civil". Insisti: Dr. Aldo, é uma simples formalidade protocolar, sem qualquer problema de ordem legal. A posse acontece antes perante o Legislativo. Ele pensou einsistiu: "Desculpe, amigo, mas eu não vou". Contrariado, falei meio brabo: Tudo bem, doutor Aldo Castanheira. Vou dar o meio jeito. Boa tarde pra você. Quando eu já saia, ele me chamou de volta e perguntou: "Vem cá, Ciro. O que eu tenho que fazer?". Orientei, aliviado, e em tom meio gaiato: Recebe o governador na porta do gabinete, dá um abraço e um beijo, faz um pequeno discurso dando as boas vindas, e vai embora. Ele respondeu simpaticamente: "Vou, sim. pode me esperar".
Aldo chegou na hora certa, fez tudo correto e, elegantemente, um bom discurso, bem maior e melhor do que eu esperava. Ao sair, me abraçou e disse com aquele sotaque de mineiro: "cearense bão". Ainda quis agradecer com um tudo bem mineiro arretado, mas desisti, fiquei emocionado, calado. No velório do Aldo, Geysa, a esposa, me abraçou apertado e disse no meu ouvido: "O Aldo gostava muito de você". Suas lágrimas molharam meu rosto.
(Nesta foto Aldo Castanheira, após o discurso, é cumprimentado por Valdir Raupp com aplauso de Aparício Carvalho)
Foto: Damião
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