Terça-feira, 5 de fevereiro de 2008 - 09h20
O ano novo, para o povo brasileiro, está começando. É que neste país, que muitos não levam à sério, o ano começa depois do carnaval. Mais precisamente na quinta-feira, com o que sobrou das cinzas e, para alguns, na segunda-feira, com mais um fim de semana para curtir a ressaca. Tivemos um tempo de festas e, como manda tradição, uma época de permissividade em que a liberdade impera em toda parte. Os homens se vestem de mulher sem nenhum constrangimento, as pessoas bebem até perder o controle de seus atos, ou então até cair, muita gente desliga o botão da responsabilidade e esquece que tem uma casa e uma família para cuidar. As contas bancárias afrouxam, os cheques descobertos voam, a vida muda de rumo, as delegacias e os hospitais lotam e tudo vira uma zorra total que somente retoma o caminho a partir da quinta-feira, para aqueles que conseguem ressurgir das cinzas. O mais grave é que a saúde é deixada de lado e na onda do carnaval a vida é colocada em situação de risco, com aumento dos acidentes, brigas, drogas, mortes violentas, tudo mais de ruim. A tolerância em relação ao comportamento das pessoas, faz com que sejam tomadas atitudes que numa situação normal não seria recomendável, como a distribuição, pelo governo, de milhões de preservativos, nesta época. O governo anuncia a despesa de milhões de reais com a distribuição de camisinhas, iniciativa necessária para o combate à aids, enquanto a nossa prefeitura jogou o tema “divirta-se com precaução, tenha a camisinha sempre à mão”. A iniciativa governamental tem seu lado positivo, mas por outro lado, é um incentivo à atividade sexual desenfreada e irresponsável à custa do trabalhador honesto, que com o apelido de “contribuinte”, entrega, ao governo, a boa parte do seu salário. Aqui a campanha, todos os anos, vai para as ruas e, nas festas, milhares de camisinhas são usadas como balão. É verdade, repito, que a iniciativa ajuda a proteger a saúde da população. Tudo bem, mas vem a pergunta: é isto o carnaval? É correto as pessoas saírem de casa já programadas para o uso da camisinha, só porque é carnaval? Nesse ponto até acho que o bispo de Recife tem um pouco de razão, até porque a pílula contraceptiva nada tem a ver com o combate à aids, foco real da campanha do governo. E a mulher, será que não poderia entrar na folia e sair de quatro noites de festa sem ter que sexuar? Pois é: se não houvesse mulher “a fim” os homens não procurariam essa proteção. E se não existisse a aids e o governo não tivesse o interesse de distribuir camisinhas como seria, então? Pare e pense nisto. É isto, então, o carnaval de hoje, diferente daquele da minha juventude, o carnaval daqui mesmo, de Porto Velho. Temos, mesmo é que conviver com esta realidade. “Use camisinha e beba com moderação”. É o governo quem determina em sua campanha. As duas coisas, mo-de-ra-da-men-te. Será que é possível? Acho que não.
Fonte: ciropinheiro@bol.com.br
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