Quinta-feira, 16 de abril de 2009 - 22h33
Noventa e dois anos. Se para um ser humano essa idade é muito tempo, avaliem para um jornal que nasce todos os dias. O nosso ALTO MADEIRA, fundado em 15 de abril de 1917, é um dos jornais mais antigos do Brasil. São 25.950 edições colocadas nas mãos dos leitores durante esse tempão todo. Faltam poucos dias para chegar aos 26 mil e apenas oito anos para o centenário. O Alto Madeira viu nascer o Território do Guaporé, o Estado de Rondônia e vai noticiar o fim da cachoeira do Santo Antônio. Com toda sua história de sucesso, de tropeços e de vitórias, com tudo isto, não ter festa comemorativa. Antigamente os leitores comemoravam e as autoridades mandavam bonitas mensagens de congratulações. Era dia de festa, de homenagens. A comemoração dos oitenta anos teve homenagem na Assembleia Legislativa, com sessão especial. Os deputados fizeram fila para adulação, com longos discursos e entrega de títulos. Naquele tempo era assim. O tempo passa e as coisas mudam. Tudo muda, neste mundo velho atrapalhado. O Jornal perdeu a cor mas não perdeu a qualidade nem a vergonha. O preto-e-branco é entendido como um sinal de seriedade, da coragem que muitos não têm. O AM é um idoso que não “fura fila”, não quer privilégio, não quer viagem gratuita. Nessa caminhada ele vai sozinho, enfrenta com altivez os reveses da vida, uma vida longa, cheia de pedregulho, mas sem o atalho das facilidades, das comodidades. Nosso Jornal é da época em que fazer jornal era um ato de bravura, de teimosia e dessa forma ele continua. Aprendeu com o tempo. Seria muito bom se houvesse condições de uma grande festa. A verdade é que nenhum outro dos nossos jornais está tendo essa disposição. E são muitos, agora, além dos quatro com mais de dez anos de circulação nesta capital. Outros, do interior, já são encontrados nas bancas e nas repartições públicas. É muito jornal para poucos leitores. Para pouca população. Vimos o AM comemorar os 50 anos, naquele tempo com uma equipe invejável de redatores, repórteres e colaboradores, como poucas nesta região. Dos que já se foram deste mundo podemos citar, em forma de homenagem, Petrônio Gonçalves, Ary de Macedo, Vinicius Danin, Ivan Marrocos, Roberto Vieira, Sérgio Valente, Pedro Gondim, Simeão Tavernard, Paulo Correia, Edmar Coelho, o Bahia e muitos outros nomes honrados. Dos que ficaram, ainda no Jornal ou fora dele, são muitos que ao lado do diretor Euro Tourinho têm no Alto Madeira, uma verdadeira escola, nunca esquecida. Ele continua contando a História de Rondônia, procurando sempre honrar a credibilidade de tantos anos de luta. Vai em frente. Sem temor.
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