Terça-feira, 1 de julho de 2008 - 06h36
SAUDADE
Já se foram exatos 60 anos, numa noite de São João, tempo de festas, de alegria: numa madrugada sertaneja, quando todos dormiam, parava o coração do meu pai, Joaquim Clicério Pinheiro de Andrade, aos 63 anos de idade. Criança, ainda, aquilo foi um pesadelo para mim. É lógico que senti muita falta, mas bem mais adiante, perto dos 15 anos, foi que a ausência, real, do meu pai foi sentida com uma dor bem maior. Tive pouca oportunidade de conversar com ele e, mais tarde, já assumindo a responsabilidade pelo meu destino, precisei de seus conselhos, da sua orientação e já não tinha sua presença. Nesse tempo, chorei, de verdade. Quando jovem meu pai deixou o Ceará para tentar a vida na Amazônia, como soldado da borracha, com mais dois irmãos. Enfrentaram muitas dificuldades e um deles, o mais novo, vitima de beribéri, morreu na região do Alto Purus. Meu pai era um homem de muita fé, um cidadão correto, um exemplo de humildade, amante da família. Com apenas 11 anos, eu não percebia, ainda, que havia a possibilidade de perdê-lo tão cedo. Apesar da distância no tempo e da curta convivência que tive com ele, guardo na lembrança a sua imagem e recordações que procuro não deixar morrer. Pequeno agricultor e pecuarista, não deixou bens materiais valiosos para os 14 filhos, mas deixou, sim, um exemplo de integridade e de honestidade que procura ser seguido por todos os descendentes.
APAGÃO QUASE AÉREO
Programei uma folga de 20 dias no “meu Ceará” (em dias de férias da Penha, minha esposa), mas pouco pude aproveitar, desta vez. Fui surpreendido no momento do embarque, no aeroporto de Porto Velho, na madrugada de 1º de junho, por um súbito “apagão mental”, segundo os médicos por conta do stress, da tensão e da hipertensão que sempre me acompanha. É sempre assim: toda vez que viajo fico tenso até o momento em que chego à poltrona do avião. É quando relaxo. Desta vez o problema foi mais grave. A viagem foi cancelada, fui levado pela família para o hospital, totalmente alheado, sem saber de nada. Somente dois dias depois, na terça, já consciente, o cardiologista autorizou minha viagem, mas tudo deu diferente: em Fortaleza não vi praia, não vi lazer, só hospitais, espera nos bancos de consultórios e laboratórios. Foi bom porque fiz um pacote de exames como nunca havia feito, e fui alertado pelos médicos para cuidar melhor da saúde, cuidar mais da vida. Graças a Deus, depois do susto, estou de volta, são e salvo. Tenho muito o que fazer, ainda, neste mundo velho e não pretendo ir embora tão cedo. Deus sabe disto e me protege.
QUADRILHA FAMILIAR
Família Tourinho com faz todos os anos organizou a quadrilha “Maria do Touro” para comemorar no aniversário da D. Maria do Carmo Kang Tourinho, dia 22 (domingo), com a participação de quase todos seus descendentes e de alguns amigos da família. A festa dos 81 anos de D. Maria Tourinho foi realizada na sede social do Sindicato dos Servidores do Ministério Público, na rua Raimundo Cantuária e terminou bem tarde, com muita animação.
SÃO JOÃO NA SERRA
Do meu programa de tratamento da saúde, em Fortaleza, tirei um fim de semana para uma visita à cidade de Uruburetama (cidade serrana a 100 quilômetros da capital), onde, há 40 anos, antes de vir para Rondônia, vivi oito anos, bem jovem. Fomos ver D. Munda, minha sogra, que está com 91 anos mas com jeito de 80, firme e forte. São João é o padroeiro da cidade e o programa de festas começou dia 1º e terminou dia 24, com quadrilhas bonitas e bem coordenadas das cidades vizinhas (tudo é perto, diferente de Rondônia). Durante os dois dias de permanência na cidade (de onde sou cidadão honorário) o que mais me agradou foi a banda de música que fazia alvorada às 5 horas da madrugada, retreta meio dia na praça da matriz e à noite participava da festa religiosa na praça, todos bem uniformizados, tocando dobrados e marchinhas antigas. Pertinho, quando batia o bombo eu ia para lá, ouvir a banda. D. Munda, minha sogra, era homenageada nos festejos do padroeiro e como membro da família fui para mesa de honra ao lado do prefeito e de outras personalidades locais. Dias de boas lembranças de tempos idos.
NOVOS IMORTAIS
A Academia de Letras de Rondônia deu uma renovada com mais oito membros, cinco associados efetivos e três correspondentes. Antônio Serafim da Silva, José Lúcio Cavalcanti de Albuquerque, Luiz Antônio de Araújo Silva, Raimundo Neves de Almeida, e Samuel Moisés Castiel Junior (efetivos); Adelino José de Moura, César Romero Cavalcanti de Albuquerque e Frederico Monteiro Álvares Afonso (correspondentes). Lucio Albuquerque, jornalista e pesquisador é, atualmente, assessor de Imprensa do Tribunal de Contas. Já foi repórter o jornal Alto Madeira. Luiz Antônio, Adelino Moura e Frederico Afonso são colaboradores do Alto Madeira. O médico Samuel Castiel é poeta, compositor e músico. Raimundo Neves e Frederico são filhos e Humaitá, cidade vizinha (Amazonas) e para prestigiar o evento de lá vieram o prefeito e outras personalidades. Nosso parabéns para os ilustres imortais.
Abnael Machado de Lima coloca o distintivo no novo imortal Samuel Castiel |
Lúcio Albuquerque mostra o diploma que já está em uma moldura especial |
Parabéns
YEDDA – 29 de junho: dia do aniversario da professora Yedda Pinheiro Borzacov, escritora, historiadora, da diretoria da Academia de Letras de Rondônia e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Rondônia. Yedda foi homenageada sexta-feira pela Fundação Cultural de Ji-Paraná.
Fonte: Ciro Pinheiro
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