DILMA LEVOU O CHAPÉU NA VIAGEM

 
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, continua repetindo que “nem amarrada” fala sobre as eleições de 2010. Disse no Ceará, quarta-feira e, em Porto Velho, sexta. Repetiu o mesmo discurso, falou da saúde (a dela) mas, na contramão das palavras, continua agindo como se estivesse em plena campanha eleitoral. A preferida do presidente Luiz Inácio para concorrer à Presidência da República teve, em Porto Velho, contato direto com o povo e cumpriu toda a cartilha indicada para quem é candidato: distribuiu simpatia, riu o tempo todo, abraçou e beijou moradores, cumprimentou aliados - sempre ciceroneada por Roberto Sobrinho, Fátima Cleide, Eduardo Valverde e outros companheiros, além do anfitrião maior, Ivo Cassol, governador.

No aeroporto, ao ensaiar um cumprimento formal, como deveria ser, Dilma foi surpreendida com um caloroso (e calorento) abraço do governador Cassol, que esbanjando emoção e desenfreada empolgação, deixou de lado as todas as regras de etiqueta e normas de protocolo (o que não é novidade) e enlaçou a ministra com seu pesado braço direito pelo pescoço e o esquerdo na cintura, colou o rosto suado no dela, sem ligar para o incômodo das abas do chapéu roçando os olhos da ilustre visitante. A ministra riu e mais tarde, sob o sol ardente do Campo do 13, fez charme com o chapéu que ganhou, símbolo do movimentado anfitrião, atolado na cabeça. Entrou direitinho no estilo Cassol e tirou de letra ao circular no ambiente belicoso da dupla Cassol x Roberto, fazendo de conta que nada de esquisito estava vendo. Levou o chapéu na viagem. É assim: quem vem a Rondônia não esquece nunca. 

Fonte: Ciro Pinheiro