FESTA DOS SAUDOSISTAS FAZ RENASCER OS BONS TEMPOS DO FERROVIARIO - Por Ciro Pinheiro

O velho Ferroviário, tradicional clube social de Porto Velho, viveu uma noite de gloria, sexta-feira (dia 1/12), quando o Baile da Saudade, promovido pelo grupo Saudosistas Portovellhenses fez lotar o salão onde no passado eram realizados os grandes carnavais e bailes elegantes prestigiadíssimos pela sociedade da época.

Perto de 300 pessoas que lotaram o salão do clube e, ao som da Banda do Tonhão, uma das melhores da cidade, relembraram os velhos tempos. Aqueles que tiveram a oportunidade de frequentar o clube em inesquecíveis bailes nos tempos passados, gente da época dos boleros do tempo da Jovem Guarda, samba, forró e até carimbó e lambada fizeram a alegria dos presentes e ninguém ficou parado, até pessoas que há muitos anos não dançava.

Os componentes do grupo, entre eles o Dero Neto, Chagas Neto, Ilmar Sousa, Ana Castro, Ana Maria, Angel Mattos, Dimarcy, Heloisa Ronchetti e Penha Pinheiro, receberam elogios pela beleza da festa, a qualidade dos quitutes oferecidos aos presentes (com a marca Claudio Gadelha) e a boa seleção musical da banda.

HOMENAGEM

O tema da festa foi o centenário do jornal Alto Madeira, completado em abril. O jornalista Euro Tourinho, que compareceu com a família, recebeu as homenagens. Anisio Gorayeb saudou o homenageado e fez um relato da história do Alto Madeira, que parou de circular dia 30 de setembro. Euro, ao manifestar seu agradecimento pela homenagem lembrou que o Alto Madeira, ao completar 100 anos teve sempre como objetivo maior “a defesa dos interesses de Rondônia, sempre dedicando suas matérias ao progresso desta terra, que é nossa. Suas posições de independência, sempre acima de interesses pessoais e até políticos e, talvez, por isto, não conseguir dar continuidade a longa caminhada”.

Fotos de Rosinaldo Machado

Chagas Neto - presidente do grupo Saudosistas Portovelhenses,
com Euro Tourinho e Ciro
 

Claudio Gadelha abraça Estrela Macedo e Messodi Bennesby

Euro com a nora Fátima

Família Darwich presente: no centro a mãe Silvia e as filhas Yasmim e Vanessa

Anisinho Gorayeb entre Luciana Oliveira e o marido Ernande Segismundo

Homero Tourinho e Priscila

Euro emocionado lê o discurso auxiliado pelo filho Euler
e observado pelo filho Eudes e o amigo Anisio.

Dimacir abraça Claudio Gadelha e Heloisa Ronchetti

MARIA EDUARDA: ANIVERSARIO COM BALET

A muito queridinha Maria Eduarda, encerrou festivamente a comemoração dos 6 anos, com a dança do ballet, com aplausos de uma plateia que lotou o Palácio das Artes. Os pais, Hérika e Luciano Martins, reuniram alguns amigos e vizinhos no salão de festas do Condominio Porto Palazzo e no dia seguinte, foi a vez da apresentação pequena aniversariante, na foto de vestido roso. Foto feita pelo amigo Galdino Filho.

RONDONIA PERDEU JACOB ATALLAH

Na minha cinquentenária Coluna no jornal Alto Madeira eu sempre manifestei o meu desgosto em publicar noticias tristes, de doenças, de falecimento, o descontentamento ainda maior quando a pessoa falecida era amiga, gente da minha consideração, do meu respeito. Domingo, no inicio da noite, passei por um grande susto e meu coração balançou ao saber do falecimento do médico Jacob Atallah, que há muito tempo vinha enfrentando problema seríssimo com a saúde em séria crise, isto desde o falecimento da filha Alcina, quando ele e a esposa, Dra. Auri-Stela, perderam totalmente a alegria de viver, afastados de tudo. Fui seu assessor de Imprensa, ele como prefeito e, vi de perto o seu estilo como homem publico digno, íntegro e competente, qualidades também demonstradas como deputado estadual. Nunca esqueci um lance seu quando era chefe da Casa Civil no governo Humberto Guedes: o município de Guajará-Mirim estava comemorando o aniversário de emancipação e o governo estava participando das festas; no último dia o governador Guedes chamou Jacob e pediu que ele redigisse um discurso como mensagem ao povo de Guajará, na solenidade do encerramento. Na saída do gabinete (instalado no prédio da Prefeitura) Dr. Jacob me chamou e disse “Cirinho (era assim que ele me tratava), faça isto pra mim, pois estou sem inspiração”. Eu brinquei: Dr. Jacob e o senhor não perguntam se eu estou inspirado? – Então, confirmei o atendimento ao pedido: sentei e pensei: sou o governador Guedes, mirei o teclado da maquina e “mandei brasa”na datilografia. Na solenidade o governador Humberto Guedes leu o discurso, com ênfase, bem lido. Um pouco depois, eu estava entrando no gabinete quando ouvi o governador falar: “Dr. Jacob, parabéns. O senhor escreveu exatamente o que eu pensava dizer. Muito bom”. Dr. Jacob deu aquela sua conhecida rizada e apontou pra mim: “governador, olhe aí, o autor”. O governador me deu o abraço e Dr. Jacob saiu da sala esbanjando felicidade. Era assim o homem público Jacob Atallah, simples, honesto, sincero. Verdadeiro. Tivemos, pois, um dia de tristeza. E cairam lágrimas do Céu, em forma de chuva, em sua homenagem.

(na foto, com a esposa, Dra. Auri-stela.

REVEJA: Entrevista de Viriato Moura com o Dr. Jacob Atallah
 

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