Sábado, 6 de outubro de 2007 - 18h42
Recebi, com tristeza, a noticia do falecimento da Sra. Gilsa Auvray Guedes, esposa do ex-governador de Rondônia, Humberto da Silva Guedes, em Brasília, onde mora a família. Quinta-feira, dia 27, Lucio Albuquerque telefonou para mim, e sem os arrodeios comuns nesse tipo de comunicação, foi curto e direto: “Você já sabe que D. Gilsa Guedes morreu?” Uma surpresa desagradável para os admiradores do ilustre casal, apesar do atraso da informação. O coração de D. Gilsa parou dia 3 de agosto, há quase um mês, e somente agora chega a notícia, uma demora parecida com as coisas de antigamente. Lucio escreveu que quer lembrar D. Gilsa, sempre, sentada numa canoa visitando as famílias no meio da alagação, como aconteceu por ocasião do nascimento do bairro “Meu Pedacinho de Chão”, em 1977. Lucio lembra que encontrou D. Gilsa, numa canoa, acompanhada, apenas, dos remadores, nos bairros Triângulo e Baixa as União, arregimentando famílias da maior alagação que houve naquela local, para instalar no novo bairro, considerado distante, naquele tempo, carente de tudo. Tenho na lembrança dois outros momentos de D. Gilsa: Quando eu era assessor de imprensa do Governo, acompanhei o governador Humberto Guedes até o bairro “Meu Pedadinho de Chão”, que estava, ainda, sendo implantado. Era mais ou menos sete horas da noite, quando o governador apareceu na assessoria e disse que queria que eu fosse, com ele, até o bairro, pois sua esposa havia ido preparar um local para o desfile de Sete de Setembro, que seria no dia seguinte. Chegamos lá (acho que ali onde hoje está o prédio da Câmara) e ele pediu que eu desse uma voltinha para encontrar D. Gilsa. “Ciro, veja se encontra ela, que eu aguardo no carro”. Ele e o motorista. Não andava com seguranças. Tudo escuro, ouvi conversa de mulheres e lá estava a primeira dama de Rondônia com uma vassoura na mão, no meio de um grupo de outra mulheres (pessoas humildes que estavam saindo da alagação para uma nova morada), varrendo a rua (de terra) para o desfile, a poeira cobrindo. Discretamente bati no seu ombro e disse que o governador estava à sua espera. Suada, empoeirada e, certamente pouco perfumosa, ela foi até o carro, beijou e abraçou o marido, que sempre elegante (trabalhava, diariamente, de terno) retribuiu. Ela disse que não havia terminado o trabalho e iria de carona com uma “colega”. Em outra oportunidade, Roberto Carlos estava em Porto Velho, para um show no estádio Aluízio Ferreira e D. Gilsa pediu minha companhia para ir até o Hotel Shelton (ao lado do atual Vila Rica) para pedir um show beneficente para suas campanhas. RC deu toda atenção e garantiu que agendaria um show, de graça. Fiz foto dela com o cantor e em seguida ele pediu minha máquina e entregou a um assessor para que eu, também, saísse nas fotos. Poucos dias depois o governador Guedes foi substituído e não houve o show prometido. Era assim a Sra. Gilsa Guedes, esposa de um dos melhores, mais competentes e corretos governadores que Rondônia já teve (1975/1979). Guedes preparou o Território para transformação em Estado e nossos historiadores pouco falam no seu nome. Sexta-feira falei por telefone, com o cel Guedes (está com 85 anos) e ele disse que tinha muita vontade de vir a Rondônia, de rever amigos, mas a idade e a saúde não permitem longas viagens. Perguntou por Valter Bártolo, Bianco, Euro Tourinho, pelo Alto Madeira. Disse que sua filha Ana Beatriz e o marido Edson Luiz (médico) estão em Porto Velho há alguns dias em viagem de trabalho. Revendo a cidade onde viveram há mais de 25 anos.
Fonte: Ciro Pinheiro
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