Quinta-feira, 12 de julho de 2007 - 12h13
A história da redescoberta de dois marcos nos antigos limites dos estados do Amazonas e Mato Grosso começou com fotografias feitas em 1984 trazidas pelo advogado (desembargador aposentado) Helio Fonseca, que veio de Brasília, onde mora atualmente, para receber homenagens na comemoração dos 25 anos do Tribunal de Justiça de Rondônia. Helio Fonseca veio programado para a repetição da visita feita ao marco colocado pelas comissões demarcadoras dos dois estados em 1910 nas proximidades da atual cidade de Candeias do Jamari, escondido no matagal, totalmente ignorado e esquecido. Na descoberta do marco histórico em 84, Helio Fonseca estava acompanhado do jornalista Euro Tourinho (diretor do jornal Alto Madeira) e do pesquisador Antônio Leite (já falecido) e de dois mateiros que aparecem nas fotos.
Interessado em reencontrar o marco, Helio Fonseca entrou em contato com a historiadora Yedda Pinheiro Borzacov (presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Rondônia), com o advogado Arthur Carbone Filho (delegado da Polícia Federal aposentado) e com os jornalistas Euro Tourinho e Ciro Pinheiro, formando um grupo que, em seguida, foi acrescido com a importante presença do tenente coronel Washington Machado de Figueiredo, comandante do 5º Bec, que passou a dar suporte ao grupo inicial viabilizando a participação de uma equipe de militares do Pelotão Especial de Engenharia (Pelespe), que fez o levantamento com base nos dados do Termo de Inauguração e localizou o primeiro marco, o principal (paralelo 8º 48’ 00”), na margem direita do Rio Madeira, nas proximidades da Cachoeira de Santo Antônio.
A equipe do 5º Bec, apesar de dispor de equipamentos modernos de navegação (GPS), que mostra o exato posicionamento, via satélite, não conseguiu êxito na viagem inicial devido à imprecisão dos dados fornecidos pelos aparelhos (sextante), usados, antigamente, pela Comissão Demarcadora e também pela Comissão Rondon. Com o apoio de moradores da área foi possível redescobrir o local exato do marco inicial, erigido há quase um século, a aproximadamente dois quilômetros à esquerda da estrada do Santo Antônio, em plena floresta.
O grupo, que esteve na redescoberta oficial dos marcos, saiu do comando do 5º Bec 5ª feira (dia 22), às 8 horas da manhã, acompanhando a equipe de militares do “Pelespe”, comandada pelo tenente Larrazabal (5º Bec), com a presença do comandante Figueiredo, do Dr. Helio Fonseca, da professora Yedda Borzacov, o advogado Carbone, os jornalistas Euro Tourinho e Ciro Pinheiro, além do diretor da TV Rondônia, Luiz Antônio Campanari e de equipe de reportagem da TV Rondônia, da Amazon Sat e da Rede TV! A partir de um sítio localizado nas proximidades da estrada de Santo Antônio o grupo fez a caminhada de dois quilômetros, no mato, até a margem do Madeira, nas proximidade da cachoeira de Santo Antônio, passando por duas “pinguelas” de segurança duvidosa, com tábuas quebradas e escorregadias.
O marco principal foi encontrado por volta das 9 horas anunciado com um viva do Dr. Helio Fonseca e de palmas dos outros componentes do grupo. O marco construído em concreto, com aproximadamente três metros de altura em forma triangular a partir da base, com as inscrições “Amazonas” no lado do rio e “Matto Grosso” (com dois “T”, no lado oposto, além da data da construção, 10-4-1911. Ambos
(o do Santo Antônio e o do Candeias) são idênticos. Na área do Santo Antônio existem marcas de que foi habitada, inclusive com bananeiras, cupuaçu, cajá e cacau. Foi feita, com equipamentos de precisão (GPS) a medição da distância do mastro até a margem do rio e verificada a diferença da atual, 25 metros, para a da época da construção, 84 metros (conforme a ata), e constatado, com isto, que antigamente o leito do rio cobria uma área bem mais estreita, e que a margem avançou em virtude da erosão com o desmonte de muitos barrancos.
O comandante Figueiredo, na saída, anunciou o toque de silêncio pelo corneteiro do batalhão, como homenagem aos que, há quase 100 anos, realizaram o trabalho de demarcação dos limites do Amazonas e Mato Grosso, quando Rondônia nem era sonhada. Em seguida o grupo se deslocou para a cidade de Candeias do Jamari, a 20 quilômetros de Porto Velho, onde, a partir do batalhão florestal da Policia Militar foi feita nova caminhada, desta feita em menor distância. Perto de meio dia o marco foi encontrado. No local houve entrevistas e decisões foram tomadas sobre o que fazer a partir de agora. Foi destacada a necessidade de providências por parte do poder público para evitar a possível destruição desses monumentos históricos. O comandante do 5º Bec se propôs a colaborar e agir ao lado de personalidades do meio intelectual na conclamação aos órgãos competentes para que esses monumentos históricos sejam preservados.
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