Palácio Rio Madeira

Quando a construção do Centro Político Administrativo estava começando fiz uma matéria batizando o CPA de Palácio das Pedrinhas. Uma simples brincadeira, pois sabia que nunca numa obra daquela estatura iria pegar o nome de um bairro considerado pouco importante que, quando cheguei em 67, ainda era lugar de pescarias, de lavadeiras e de banhos de igarapés.

Dizem que sou “batizador” de ruas e até de cidades, mas, isso é exagêro de alguns amigos. Apenas sugeri a avenida dos Migrantes, que tinha o nome de “Costa e Silva”, nome, também de um bairro. Fiz, para um vereador, um ante-projeto da mudança e a troca virou lei, isto há mais de 20 anos. Mesmo assim, tem gente que nunca aprendeu a dizer o nome certo. O conjunto Marechal Rondon que tem ruas com nome de minérios, sugeri ao prefeito, na época. Deu certo. Dizem até que dei o nome à bela e grande cidade de Cacoal, mas confesso que não foi bem assim: quando a cidade estava nascendo e havia mais de um nome em disputa, dei a sugestão do nome Cacoal (um dos nomes cogitados) e pegou.

Fiz a primeira notícia com o nome da nova cidade, que estava nascendo, no jornal Alto Madeira. Agora está surgindo o CPA, no lugar onde havia a Esplanada das Secretarias, assim batizada em imitação à Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A esplanada acabou, morreu e, certamente, vão arranjar o nome de alguém para o conjunto de edifícios, imponentes além da conta, que estão na fase final da construção. Nome de gente da área política, é possível. E é possível, também, homenageando gente do interior.

Tem sido difícil batizar alguns imóveis públicos e logradouros em Porto Velho. É bom lembrar que a Casa de Cultura Ivan Marrocos, teve, inicialmente, o nome de Tom Jobim e que, para o teatro em construção na Presidente Dutra, ainda não conseguiram nome. Falam em Sérgio Valente, Jango Rodrigues, Labibe Bártolo e outros, mas nenhum ainda foi decidido. Nome de rua em Porto Velho é um desastre. Temos rua com o nome de Anastácio Somoza (ex-ditador do Paraguai), de Ary Marcos (um governador de Rondônia que pouca gente ouviu falar), do costureiro Denner, do colunista Ibrahim Sued, José Sarney, Roberto Carlos e de gente que ninguém sabe dizer quem é (ou quem foi), sem sobrenome, até. Rua Daniela, Mariana, Viviane e Rociluz, alguns deles. É bom, pois, que as entidades que cuidam da preservação do nosso patrimônio cultural pensem logo em defender um nome decente para a futura sede do Executivo Estadual, antes que inventem uma denominação qualquer, sem consultar ninguém.

Nesta terra onde a mais importante comenda do Estado é distribuída em boa quantidade agraciando gente sem nenhum merecimento, tudo pode acontecer. Em Ariquemes, o prefeito (ex) Confúcio Moura, não teve dificuldade para conseguir um nome plenamente justificável, distante de qualquer interesse político ou de amizade, para a nova sede da prefeitura, o do autor do projeto da cidade, o arquiteto Antônio Carlos Carpintero, ex-prefeito de Porto Velho. Deu o nome de Centro Administrativo Dr. Carpintero.

Aqui é uma questão mais difícil. É complicado, sim. Chega de Rondon e, com todo respeito, Aluízio Ferreira e Jorge Teixeira já têm as merecidas homenagens. Vou, então, encerrar este modesto comentário, com minha sugestão: um nome que poderia fechar a porta para outro qualquer. O Amazonas tem o suntuoso Palácio Rio Negro, orgulho dos amazonenses. O Acre tem o Palácio Rio Branco (que homenageia o Barão). Por que não poderíamos ter o Centro Administrativo Rio Madeira? Fica aqui, a sugestão, que poderá ser considerada por quem decide, ou não.

Flor do Maracujá em campo novo

O Arraial For do Maracujá vai neste domingo para terceira noite no novo espaço, na avenida dos Migrantes, perto do jornal Alto Madeira. O espaço é bem amplo, e até da a impressão de que tem pouca gente. Na estréia, sexta-feira, fui ver de perto. O povo compareceu, lotou as arquibancadas e aplaudiu a Quadrilha da Terceira Idade do Sesc, a Quadrilha Mirim Arrasta Pé do Candeias (a mirim e a adulta) e inaugurou a quadra com muito forró. A Quadrilha da Terceira Idade, como sempre acontece, fez bonito. Compareceu com 86 idosos (não digo idosas porque no meio de tantas mulheres dançam dois homens), entre elas, a mais animada, a Sra. Nazaré, mãe da Bailarina da Praça, que herda. Depois da dos Idosos, a Arrasta Pé do Candeias, com um grupo de crianças bonitas e bem vestidas participou da animação. Velhos e novos fizeram a festa.

PQ NA TV

O jornalista Paulo Queiroz é a mais nova aquisição do programa “Viva Porto Velho”, de Viriato Moura. Paulo, o mais conceituado comentarista político de Rondônia, atua na imprensa local desde 1978. Trabalhou em todos os jornais impressos de Porto Velho. Atualmente é editor e diretor gral do site “Rondônia Sim”. Paulo estréia neste domingo, 27, falando sobre as candidaturas ao governo do estado. No quadro “Histórias da Nossa Terra”, Anísio Gorayeb vai conversar com o Grão-Mestre da Maçonaria no Estado de Rondônia, Euclides Sampaio Fróes, o Kida