Terça-feira, 12 de outubro de 2010 - 06h40
Ciro Pinheiro
O Dia da Criança, 12 de outubro, relembra a data da realização do 3º Congresso Sul-Americano da Criança, que aconteceu em 1923, no Rio de Janeiro. Por decreto presidencial, foi instituída a data comemorativa em todo país, mas o Dia da Criança só passou a ser, realmente, comemorado em 1955, por iniciativa da fábrica Estrela, para aumentar a venda de brinquedos. Aliás quase todas as datas comemorativas (dia das mães, dos pais, dos namorados e muitas outras), foram inventadas pelo comercio para melhorar a venda de presentes. No começo surgiu a Semana da Criança. Como a idéia foi bem sucedida, escolheram um único dia para fazer a comemoração: 12 de outubro.
Em Rondônia a melhor homenagem à criança, já acontecida até agora, foi o concurso “Poder Jovem”, realizado durante oito anos no tempo do Território Federal, iniciativa pioneira deste repórter, com o apoio do Jornal Alto Madeira, de outros órgãos da nossa imprensa, e das autoridades daquele tempo. O programa parou com a criação do Estado, quando, então, com a atividade política mais efetiva, ficou difícil e complicada a sua realização. Ainda tentamos dar continuidade, mas faltou o apoio (esclareço que não havia despesa), que antes era dado pelas autoridades estaduais e municipais. Funcionava com a participação das escolas públicas e particulares de Porto Velho, que inscreviam os melhores alunos, com idade até 12 anos, como candidatos aos cargos (simbólicos) de governador e prefeito. Havia um teste de conhecimentos e entrevista, com notas que indicavam os vencedores. Os estudantes que não conseguiam aprovação eram nomeados para os cargos de secretários (do governo e municipais).
O governador e o prefeito mirins recebiam os cargos solenemente e durante todo o Dia da Criança ocupavam os gabinetes no palácio do governo e na prefeitura, recebiam visitas e faziam visitas a outras autoridades. Nessas visitas eram homenageados e recebiam presentes. Era uma festa que movimentava a estudantada e a cidade. No final do dia, todos reunidos, no palácio do governo. faziam um relatório com sugestões que eram entregue às autoridades. Ao governador e ao prefeito, pessoalmente em solenidade de despedidas. Era um programa muito sério, organizado cuidadosamente e os governadores e prefeitos (os verdadeiros) davam total apoio. Entregavam os gabinetes e até a mesa de trabalho às crianças. Nas visitas eles percorriam a cidade nos carros oficiais do governador (naquele tempo um Landau enorme) com batedores em motos) e do prefeito. Theodorico Gahyva, Humberto Guedes Marques Henriques foram os governadores que mais demonstraram interesse e entusiasmo pelo concurso. Um dos governadores do Território, o coronel Theodorico Gahiva, no discurso de transmissão do cargo à criança, emocionado, até deixou cair algumas lágrimas.
Entre as crianças que participaram e nunca esqueceram daqueles momentos, os jornalistas Adaídes Santos (Dadá), que foi governador e Paulo Ayres (foi prefeito), no primeiro ano, quando tinham 12 anos; os advogados Juscelino Amaral (grão mestre, maçônico) e Hiram Marques (ex-presidente da OAB), a chefe do gabinete do prefeito, Mirian Saldaña e outros que, atualmente são profissionais respeitados na cidade. Alguns até incluem no currículo esse item, considerado de real importância, apesar do caráter simbólico. Verdadeira aula de civismo, hoje difícil de acontecer. Exemplo de cidadania.
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Fonte: Ciro Pinheiro - ciropinheirojornalista@hotmail.com
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