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Ciro Pinheiro

Tristeza no carnaval: Antes e depois


Tristeza no carnaval: Antes e depois - Gente de Opinião
Com o Rei Momo, o secretario Chicão (Secel) e a diretora de Cultura Bebel


 

Tristeza no carnaval: Antes e depois - Gente de Opinião

Tudo voltou à rotina depois da quarta-feira de cinzas, depois dos dias turbulentos do Carnaval. O nosso Carnaval deste 2011 foi diferente da folia dos outros anos. A festa, em si, não foi complicada, mas os acontecimentos do período entristeceram a cidade, o povo. No começo, a triste ausência do grande Manelão; nos dias finais, veio outro grande abalo: a notícia, em plena quarta-feira de cinza, da partida do Paulo Queiroz. A falta dos dois amigos foi sentida e lamentada em toda a cidade. E quando tudo paredfia voltado ao normal, foi a vez de Eduardo Valverde. Sai-se, então, do sonho da folia, para cair no duro cenário da cotidiana realidade. A brincadeira acabou deixando um rastro de lamentações que vai durar um bom tempo. Acabou a festa deixando um rescaldo de tristezas no meio da alegria.

ACABOU A FOLIA: É TEMPO DE AGIR

Pois é: para muita gente o retorno, depois do Carnaval, foi complicado, diante de fatos entristecedores, da violência, dos acidentes, dos gastos desordenados, das perdas irreparáveis. Tem-se como certo, aqui e em outros cantos, que o ano só começa, efetivamente, depois do Carnaval. E este ano, bem mais tarde, final de março. Todos esperam, pois, que os nossos governantes, do Estado e do País, possam, a partir de agora, entregar-se, com mais firmeza, aos problemas que estão à espera de solução, que não são poucos. A festa acabou e é hora de agir.

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PAULO FOI EMBORA

Imploro ao Criador de todas as coisas que dê uma trégua, uma paradinha na convocação de seus filhos mais amados, pois, do jeito que o programa está sendo conduzido, meu fraco coração não resistirá à grande tristeza da perda de grandes amigos. Na abertura do carnaval o chamado foi o Manelão; no final da folia, o Paulo Queiroz, outra figura muito querida.

 

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E quando parecia tudo voltar ao normal, foi a vez de Eduardo Valverde. O Manelão fez falta na festa, muita falta. O Valverde, a presença simpática em todos os eventos. O Paulo, na festa, não, mas a cidade foi abalada com a triste notícia de sua morte, de forma misteriosa. Quarta-feira de Cinzas, cedo da noite, concentrado na montagem de um roteiro para solenidade da Academia de Letras, fui interrompido pela minha filha que estava bem distante de Porto Velho, com a pergunta pelo MSN: “Que história é essa do Paulo Queiroz?” – Com minha resposta de não sei, ela indagou: “tá sentado?” – Comecei, então, a estranhar a conversa. E concluiu: “Veja os sites”. Abri o “tudorondonia” e quase morri de susto. Meu filho, Túlio, publicitário, que mora em Barcelona, disse em recado curto: “Que triste. Nunca tive muito contato com ele, mas sempre me pareceu uma pessoa do bem, muito equilibrada, um profissional muito honesto com aquilo que acreditava. É uma pena”. Paulo, diferente do Manelão, não teve carnaval nem multidão no cortejo. Ele era diferente. Aparentemente tímido, humilde, era um homem estudioso, sábio, preparado, um profissional do melhor nível. Engrandeceu o jornalismo de Rondônia. Na sua despedida teve discursos de amigos, alguns até chorando. Leo Ladeia, Ciro, o ex-reitor Ene Glória, o ex-deputado Eduardo Valverde, Sandra Santos, o procurador de Justiça Jackson Abílio (seu ex-colega em cursos universitários na Paraíba), Taborda, Adilson Siqueira, o vice-prefeito Emerson Castro e outros. A filha Paula Morena (odontóloga), ao lado da mãe Auxiliadora Toscano (que em 78 chegou a Porto Velho na sua frente, como delegada de Polícia, e fez a apresentação do marido, Paulo, ao pessoal da Imprensa), estavam inconsoláveis. Elas e outros da família. Paulo Queiroz Bezerra, cearense nascido em Quixadá (terra de Rachel de Queiroz) completaria 62 anos dia 15 de abril.

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DIPLOMATAS VENCEU COM “PRAZERES”

A escola de samba “Os Diplomatas” conquistou título de campeã, facilmente, sem grandes concorrentes, neste Carnaval. O tetra, com o enredo “Prazeres”. Com uma Comissão de Frente muito bem coreografada, a escola mais antiga da Amazônia conseguiu nota máxima nos quesitos: Mestre Sala e Porta Bandeira; Comissão de Frente, Bateria, Samba Enredo e Harmonia. O ponto negativo do desfile foi o longo tempo de apenas três escolas de samba. Podiam, muito bem, programar para encerramento mais cedo. Meia noite, quando a Diplomatas desfilou, as arquibancadas estavam quase vazias.
 

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Fonte: Ciro Pinheiro - ciropinheirojornalista@hotmail.com
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