Sexta-feira, 13 de março de 2015 - 12h23
Cochá News
Por Cleuber Rodrigues Pereira
NELORE NO PASTO, LUCRO DOS FRIGORÍFICOS
Todo criador do gado é um sonhador que engorda suas boiadas com os próprios olhos e com pesados investimentos, à espera do momento de encher os caminhões e enviar ao frigorífico. O pecuarista nem desconfia que ele próprio, sem meias palavras, é menina dos olhos desses frigoríficos, um Pai, que deveria ser tratado com toda reverência e amor.
PERDENDO PARA A BALANÇA
As boiadas de nelore estão no pasto engordando, mas quando levadas aos frigoríficos elas mínguam diante dos olhos do pecuarista, e aquelas 18 ou 20 arroubas que seus olhos viam em cada animal baixam para 16 ou menos até. Este fenômeno ocorre no momento da pesagem, pois ali na balança só se considera a carne, ou melhor, o que é pesado é apenas a carne. O restante do boi, couro, vísceras e miúdos não entram nesta conta. Na linguagem rural tudo isso vira “fôlego morto”, e se transforma em lucro ampliado do frigorífico.
MAIS DE 1 BILHÃO DE DÓLARES EM EXPORTAÇÃO
Para explicar este lucro dos frigoríficos cabe uma ligeira digressão sobre as exportações de Rondônia, que se contrapondo à situação de crise que assola o País, vem se superando a cada ano, tendo já em 2013 ultrapassado a barreira de 1 bilhão de dólares em sua balança comercial, destacando exatamente a carne como seu principal produto de exportação. Em 2014 o Estado registrou um aumento de mais e 42 milhões de dólares em suas exportações.
56,7 MILHÕES DE DÓLARES EM BUCHO E TRIPA DE BOI
(Incremento na balança comercial e lucro para os frigoríficos)
O leitor deve estar se perguntando, mas o que isso tem ver com o lucro dos frigoríficos. A resposta poderia ser: ora, os dólares estão entrando. Mas não é só isso. Aquele restante do boi que não é pesado, e que portanto o pecuarista perde já que fica de graça nos frigoríficos – bucho, tripa, miúdos -, na verdade, é exportado, principalmente para a China e só no ano passado gerou divisas da ordem de 56,7 milhões de dólares. As exportações de couro também representam muito para os frigoríficos, já que têm uma participação na balança comercial de Rondônia de mais de 1,3 milhão de dólares. Tudo isso é lucro dos matadouros.
O PODER DE UMA BELA BUCHADA
Portanto, para aqueles que desconhecem o poder de uma buchada, importa esclarecer que este prato de caldo encorpado e de sabor forte, embora rejeitado em algumas regiões do Brasil, faz muito bem à saúde, e se seu consumo for disseminado, é possível erradicar a falha alimentar interna (fome) e gerar saúde nos bolsões de pobreza do País.
A ESCOLA CHINESA
Maior importador de bucho, tripa e miúdos de boi produzidos em Rondônia, a República Popular da China, que ostenta uma tradição culinária milenar e exótica, é uma escola para o ocidente, e estimula o consumo dessas iguarias pelo seu valor nutricional, eis que são fontes de proteína e ricos em potássio, fósforo e sódio, elementos essenciais em qualquer estágio de uma dieta alimentar, inclusive como opção para substituição da carne.
(restaurante chinês)
Contato: cleuber57@gmail.com
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