Quarta-feira, 23 de agosto de 2017 - 19h42
Utilizado na recuperação de solos ácidos com baixa capacidade produtiva, o calcário rondoniense possibilitou nos últimos anos a recuperação de cerca de 1 milhão de hectares de área degradadas (capoeiras) do Estado, que hoje produzem soja, milho, café e pastagem para alimentar um dos maiores rebanhos bovinos do País, de cerca de 14 milhões de cabeças.
De acordo com o presidente da Companhia de Mineração de Rondônia (CMR), Jonassi Antonio Dalmasio, a implantação da usina de calcário tem de ser vista como uma medida de Estado, uma política pública para o setor da agropecuária, que exigiu investimentos de mais de R$ 6 milhões, e que está promovendo uma importante revolução também na política ambiental rondoniense, já que com a recuperação de áreas encapoeiradas e abandonadas, o Estado deixou de abrir novas frentes (derrubar) para formação de lavouras e a pastagens.
Dalmasio lembrou também que este mesmo calcário atualmente é utilizado na execução do projeto de Florestas Plantadas, criado e incentivado diretamente pelo governador Confúcio Moura, e que está se transformando numa importante alternativa de negócio no campo, trocando culturas tradicionais como a própria criação de gado pelo projeto de florestas plantadas, com a certeza de ser mais lucrativo, segundo afirma Elieser Oliveira, assessor técnico ambiental da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam).
Desde que foi implantada, a usina de calcário produziu e distribuiu cerca de 350 mil toneladas deste insumo, que vem socorrendo milhares de famílias de pequenas propriedades, realizando verdadeiros milagres na reprodução e produtividade de peixes, lavouras e pastagens nessas pequenas propriedades, disse o presidente da CMR, destacando também a venda para grandes propriedades produtoras de soja, arroz, feijão, milho, café e até grandes fazendas de gado, que realizam suas compra diretas por meio do endereço eletrônico vendascalcariocmr@gmail.com e ainda pelo telefone (WhatsApp) 99933-3673.
180 MIL FAMÍLIAS NO MAIS CALCÁRIO
Para se ter ideia, o programa Mais Calcário criado pelo Governo em 2015, e que distribui calcário gratuitamente às pequenas propriedades rurais, contabiliza o atendimento de mais de 180 mil famílias de pequenos produtores. O Governo doa o calcário aos 52 municípios do Estado, que se responsabilizam pelo carregamento e distribuição nas propriedades cadastradas de suas respectivas regiões. Além disso, milhares de outras pequenas propriedades vinculadas a associações de produtores rurais estão sendo atendidas gratuitamente pelo Governo, com a interveniência da Secretaria da Agricultura (Seagri) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), por meio de emendas parlamentares.
Segundo o presidente Dalmasio, a companhia começou a trabalhar tarde este ano (2017), ante a necessidade de recuperação e manutenção do parque de máquinas e até pelo adiantamento do período chuvoso. Mesmo assim, segundo ele, a CMR já entregou este ano um total de 25 mil toneladas calcário, que atenderam toda a rede de pequenos produtores rurais cadastrados nos municípios, as associações e, ainda, a rede de produtores particulares.
CALCÁRIO NO PROLEITE
O dirigente da Companhia de Mineração de Rondônia anunciou para os próximos meses o início da distribuição de calcário para atender ao projeto do Fundo de Investimento e Apoio ao Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira do Estado (Proleite), que pretende expandir a fronteira do leite e dominar o setor na Amazônia, com revitalização da estrutura produtiva estadual, prevendo dobrar a produção em 667 pequenas propriedades familiares, para começar, entre as que produzem de 80 a 100 litros de leite por dia.
O entendimento de técnicos e autoridades dos órgãos ligados a agropecuária rondoniense, este é o momento do leite. Segundo previsão do setor, serão mais de R$ 4 milhões destinados pelo Governo como subsídio ao programa que atenderá a 670 pequenos produtores nos 52 municípios de Rondônia, que atuarão como parceiros do Estado neste projeto, através de suas secretarias da agricultura.
Leia mais:
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Fonte
Texto: Cleuber Rodrigues Pereira
Fotos: Dhiony Costa e Silva e Emater
Secom - Governo de Rondônia
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