Cochá News 03/04/09

DESPRESTIGIADO 

Ninguém conseguiu entender a passagem meteórica de Edson Silveira pela EMDUR. Ele teria se afastado para tratamento de saúde, mas como dizem os gaúchos – “Silveira é um baita macho, saudável” -, e por isso as especulações surgiram. Ele estaria sem prestígio junto ao prefeito – que o teria atendido apenas por pressão partidária -, e a empresa municipal estaria sem dinheiro. De resto ninguém sabe ao certo o que aconteceu, mas sem dinheiro e sem prestígio não há político que resista. 

SEM ELEGÂNCIA 

Não deve ser nada fácil para o gestor municipal ver a cidade como está, especialmente quando se começa a discutir as eleições de 2010, quando o PT pretende, definitivamente arrebatar o Governo do Estado, já que as duas vagas para o Senado Federal já têm dono, segundo os especialistas de plantão. O prefeito Roberto Sobrinho não é mais aquela elegância que sempre foi, tamanha é sua responsabilidade e pouca sua experiência. Mesmo com dificuldade para gerenciar tantos interesses, de tantos, ele continua demonstrando que tem boas intenções e bom senso, tanto que teve “companheiro” que não conseguiu emplacar. 

TEMPO PARA TRABALHAR

Para sua sorte, o prefeito vai ter, a partir do final de abril, cerca de oito meses para ajeitar a cidade, e basta exigir de seus auxiliares, mais dinamismo e lisura nos atos. A educação, por exemplo, não pode ser um negócio, e o prefeito que é um especialista na área sabe muito bem disto. A saúde e as estradas melhoraram, mas precisam melhorar muito mais, assim como a agricultura merece uma atenção especial pra não ficar apoiada apenas por programas federais (como o Pronaf), que não atendem a tantos quanto precisam.

PESQUISANDO A CIDADE

Um aspecto importante da gestão de Roberto Sobrinho – nunca valorizado por outros gestores – é o trabalho de pesquisa (bem parecido com o de indicadores sociais), de levantamento de dados, para subsidiar o planejamento das ações municipais. Este trabalho não deve apenas continuar, como deve ganhar um reforço, haja vista a expansão súbita que a Capital experimentou em todos os sentidos, decorrente do movimento que as grandes obras do PAC geraram.

VAGAS DO SENADO 

Mas, voltando ao assunto das vagas no Senado, segundo os especialistas, seus donos são Raupp e Cassol, isto é, se ambos sobreviverem às tempestades que as aproximam. Contam que no Senado da República, o PMDB está unido para desarmar no STF qualquer decisão que “desmoralize” o blindado Raupp. Da mesma forma, mas sem uma tropa de choque política – a dele é de advogados caríssimos -, o governador Cassol aguarda o momento para dizer que em Rondônia tem quem faça a diferença, tem quem faça o dever de casa.

RAUPP E CASSOL
(se o STF deixar)

Na verdade, nem carecia de pesquisa para se saber quem tem chance em Rondônia. O senador Raupp, durante todo o seu mandato – até por falta de liderança no PMDB em Brasília -, soube aproveitar bem os espaços que lhe foram dados ou que lhe sobraram, e inteligentemente os ocupou e certamente não terá dificuldade para se reeleger ao Senado. Já o governador Cassol não só soube aproveitar os espaços que ele mesmo criou, como trouxe para seu lado àqueles que poderiam lhe atrapalhar ou somar (de alguma forma) e passou com um D8 sobre todos os seus opositores, de modo que, se não lhe segurarem no STF, sua vaga está mais que garantida.

PRESIDENTE DE ROLIM
(ele ainda vai nascer)

Dizem que de Rolim de Moura vai sair um presidente do Brasil. Mas por enquanto o leitor pode se acalmar. Nada de ansiedade para saber quem será, pois ele ainda nem nasceu, e segundo um vidente que fará muito sucesso nas próximas eleições, ele só vai nascer em setembro de 2011. Mas por isso ninguém precisa correr para se mudar para a zona da mata (Rolim), pois quem será já está marcado. Brincadeira, gente, mas pode ser verdade.

AGROPECUÁRIA INVIABILIZADA 

E os agricultores e pecuaristas de Rondônia acabaram sem fôlego e inviabilizados, sem condições e tempo para recuperar as áreas de proteção que foram desmatadas – margem de rios, topo de montanhas e várzeas -, ante a fiscalização e punição com multa imposta pelo IBAMA. Ao contrário, os agropecuaristas do Estado do Mato Grosso conseguiram do ministro Carlos Minc, até quatro anos para adotar essas providências (recuperação das áreas), sem parar de trabalhar e sem serem multados. O acordo foi fechado durante o lançamento do programa MT Legal, pelo governador do Estado, Blairo Maggi, com a benção do ministro Minc. Os produtores rurais de Rondônia vão ter que esperar até que alguma autoridade da área apresente algum projeto neste sentido e convença o ministro, como fez o governador do Mato Grosso. Vamos aguardar.

RESPONSABILIDADE

Sobre esta questão dos produtores rurais, os entendidos de plantão responsabilizam diretamente o governador Cassol (de fato ele é a autoridade máxima do Estado), mas na Secretaria de Agricultura, de Desenvolvimento, ou de Planejamento, sei lá, alguém teria que estar trabalhando para subsidiar o governador com projeto acabados, prontos, competentemente elaborados para responder a essas necessidades da lei, o que pouparia o Governo de desgaste. Este é um trabalho para assessores, que têm a obrigação de prever os acontecimentos, e para isso não precisa de bola de cristal, não, basta ficar antenado.

GRACIAS A LA BOLÍVIA

Não sei por que motivo fiquei extasiado, muito feliz assistindo ao jogo da seleção boliviana quarta-feira (1º de abril), quando bateu seu adversário por 6 X 1, talvez pela proximidade com nossos irmãos bolivianos (Rondônia faz fronteira com a província de Beni). Foi um jogo lindo, como diria Caetano Veloso, e rápido e rasteiro, como quer ser o Atlético Mineiro. No mesmo dia o Brasil também jogou contra a República do Peru, a quem derrotou por 3 X 0, num jogo sem tanto entusiasmo como foi o da Bolívia. Gracias a los hermanos bolivianos.

Fonte: Cleuber Rodrigues Pereira / www.gentedeopiniao.com.br  / www.opiniaotv.com.br   
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