Sexta-feira, 9 de maio de 2008 - 10h59
GUERRA NO CAMPO
Tenho acompanhado e até fiz juízo de valor sobre o método e a classificação das pessoas que agem nas ocupações de propriedades e órgãos públicos e nos conflitos gerados pelas invasões irregulares. A situação é grave, e a primeira impressão que dá é que o Governo que tem a obrigação zelar pelas instituições e pela segurança do cidadão não tem qualquer responsabilidade, passando ao largo do problema, mantendo-se completamente omisso.
SITUAÇÃO CRÔNICA
A guerra no campo não é algo isolado em Rondônia. Ela é ainda mais grave nas profundezas (interior) da Amazônia, especialmente no Pará, onde a indústria do latifúndio vive num confronto crônico com o Movimento dos Sem Terra (MST) e seus seguidores. Nesta região não há lei, infelizmente, a não ser a das armas de grosso calibre que tem feito vítima justamente as pessoas que tentam a paz por meio do poder da palavra.
DOM MOACIR
Neste ponto é importante ressaltar o importante papel do arcebispo de Porto Velho, Dom Moacir Grechi, cuja voz ecoa por toda a Amazônia, em defesa dos pobres, buscando a justiça para esta injusta relação entre o Latifúndio e a Miséria. Na Amazônia Ocidental o arcebispo é considerado um guardião da paz e da justiça, uma espécie de porto seguro de todas as comunidades pobres, no combate aos jagunços e pistoleiros comandados por gente poderosa.
OS AFOITOS
Esta situação, contudo, seria muito diferente se no âmbito do MST ou dos outros movimentos houvesse uma distinção entre os integrantes que têm aptidão para trabalhar a terra e aqueles que estão ali apenas para engrossar o movimento. Esses são os mais afoitos, que acabam incitando à baderna e à desordem. Esses são os desocupados de funções especiais que geram os conflitos e que levam pais de famílias, mulheres e crianças ao confronto e à morte. É lamentável que eles continuem à frente desses movimentos, que são justos e necessários.
RESPONSABILIDADE
Na verdade, o maior e único responsável por tudo isso é o próprio Governo que, apesar de contestar, não tem uma política definida e verdadeira para a reforma agrária, assim como não tem competência para impedir os conflitos no campo, que são favorecidos por sua inércia. O Brasil não é uma província sem vocação própria, e não pode existir sob a tutela de tiranos, que se intitulam democratas, mas que seguem orientação pouco recomendável, capaz de importar a guerrilha para sua cultura. O Brasil é um País grande em todos os aspectos, solidário e muito amado, e não suporta em si o que é espúrio em todo lugar sensato e livre do mundo.
AS AUTORIDADES
Toda essa repulsa, caro leitor, é uma resposta às notícias que têm circulado ultimamente. Ora, ninguém é de ferro. Pude ler aqui mesmo neste Gente de Opinião, uma entrevista da maior autoridade da Polícia Civil de Rondônia, o delegado Carlos Eduardo Ferreira, que não só admitiu a situação de guerrilha nos campos de Rondônia, como falou das dificuldades das polícias Federal e estadual. Na mesma entrevista, ao relatar a gravidade da situação e o envolvimento das FARC, o delegado afirmou que é uma situação séria e que a sociedade tem que estar consciente, cobrar soluções e apontar responsáveis por tudo isso. Temos que ter seriedade nessas coisas, nós estamos falando de vidas humanas, do estado de direito, da propriedade, disse. Da mesma forma li também entrevista do Secretário adjunto da Segurança Pública de Rondônia, o respeitado delegado Cezar Pizzano, que igualmente admitiu a situação. Ora, se as autoridades têm consciência dos fatos, é imprescindível que o Governo haja e não espere que as próprias pessoas se armem para defender aquilo que custou muito conquistar, ao mesmo tempo em que evite o transplante da cultura da guerrilha.
O IBAMA E AS MOTOSSERRAS
Como miséria pouca é bobagem, o Gabinete de Gestão Integrada Ministério Público Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ambiental e Ministério Público Estadual convocou o Superintendente do IBAMA, Oswaldo Pitaluga, para explicar os motivos que o levaram a autorizar a entrada de equipamentos de serraria e de pelo menos 36 motosserras na área invadida pelo Movimento Camponês Corumbiara (MCC) no Projeto Jequitibá (Usina de Samuel). É lamentável. O que esperar do resto?
Contatos: cleuber57@gmail.com
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