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Gente de Opinião

Cleuber Pereira

Cochá News 25/09/09


 

CONSTRUINDO O CAMINHO

O senador Expedito Júnior, bem assessorado durante esse tempo de mandato no Senado, inclusive por alguns amigos bem próximos, foi o político rondoniense que melhor soube aproveitar seu tempo dentro Cochá News 25/09/09 - Gente de Opiniãoe fora do Congresso Nacional. Apresentou um bom trabalho, em que pese sua profunda ligação com a direção suprema da Casa – é preciso dizer que sem essa ligação tudo seria mais difícil -, e tirou proveito (político) da ação de outros congressistas poucos devotados à causa. Mérito.

HABILIDADE DO HOMEM

Esse dinamismo e sutileza no trato de questões que envolvem segmentos populares de expressão, e a capacidade de antecipar acontecimentos importantes, credenciaram o senador a postular cadeira e voos ainda mais altos no âmbito da política local. E de quebra, neste momento, o que menos importa é o que decidirá o STF sobre a questão do seu mandato no Senado, mesmo porque a esta altura – decida o que decidir – deverá ser uma sentença inócua.

HABILIDADE DO HOMEM

A habilidade do senador Expedito Júnior realmente é admirável. Ele se envolve com gente de toda espécie – vai de xiitas do PT a Sarney -, com ligações profundas e ao mesmo tempo superficiais, capazes de dar a cor de sua personalidade como cidadão e como costureiro político. Mas, por incrível que pareça, nem tudo é sapé nesta terra ácida, e o senador ainda tem de apagar alguns focos de fogo nesse sapezal.

ESPECULAÇÕES PERTINENTES

As especulações são muitas, e tem gente apostando que toda essa situação, cujo epicentro é Expedito Júnior, foi cuidadosamente planejada pelo governador Ivo Cassol, para, entre outras coisas, acomodar todos os seus seguidores – principalmente Cahula e Neodi. É certo que o governador tem todo esse prestígio, e que ninguém ouse desconsiderar este fato, mas, na verdade, só a engenharia política será capaz de dar uma explicação lógica para tudo isso, sem muita clareza, naturalmente.

BRILHO NO PSDB

Por fim, Expedito Júnior terá de ser ainda muito mais “sábio”. Ele tem o apoio do PSDB nacional que vê nele uma solução para tirar o partido do marasmo que vive em Rondônia. Por outro lado, o senador deverá ter muita maleabilidade no trato de suas relações locais. Ninguém pode nem deve creditar a Cassol o teor de toda essa reviravolta. Pelo contrário, o senador agora, e de novo, peessedebista, vai ter de consolar alguns, melhorar as relações com outros e, por fim, abrir fogo contra outros. “Para se ganhar algo sempre se perde alguma coisa também importante”. É a inexorável lei de causa e efeito.

CANDIDATO AO GOVERNO

O certo agora é que o PSDB tem um candidato ao Governo de Rondônia – Expedito Júnior.

TELEFONE NO IDARON

Representantes das comunidades adjacentes ao Posto de Fiscalização do IDARON (Km 42 da BR-319) deverão pedir ao governador Ivo Cassol, sua intercessão junto às empresas de telecomunicações, para instalar ali um telefone público, a exemplo do que foi instalado na Vila Assuãnópolis, Vila da Palha ou Vila Preguiça – km 70.

SALA DE PARTO NO IDARON

De acordo com a comunidade (núcleo urbano do Km 46), o Posto do IDARON passou a ser um ponto de referência para todo tipo de atendimento e ocorrência. Na semana passada, por exemplo, o sargento João Josué Fernandes manteve um preso por todo o dia dentro das instalações do posto, dada a falta de viatura e de um serviço de comunicação. Muito respeitado e querido na região, o sargento Josué é o mesmo que acerca de um mês realizou um parto dentro das instalações do IDARON no Km 42. A criança que veio ao mundo por suas mãos recebeu o nome de VITÓRIA, nome dado por ele com anuência da mãe, para marcar sua luta para chegar a este mundo.

RECORRENDO AOS FAZENDEIROS

É preciso lembrar que as autoridades policiais do posto sempre recorrem aos fazendeiros da região, para se comunicarem, o que nem sempre é possível por vários motivos, inclusive por falta de sinal. O posto do IDARON, leitor, fica a 42 quilômetros de Porto Velho.

OBRA DA FARQUHAR

De impressionar!!! As chuvas estão chegando e a obra de aterro da Avenida Farquhar ficou mesmo para o ano que vem. Mais uma vez a comunidade do Bairro Nacional foi colocada em segundo plano, não merecendo a solidariedade das autoridades municipais, já que querer respeito parece coisa fora da realidade. Pobre povo do Nacional!!!

POVO ISOLADO
(2010 será um ano eleitoral)

Em junho do ano que vem (2010) a história vai se repetir. A área do prolongamento da Farquhar ainda vai estar alagada, a Expovel vai interditar a Lauro Sodré e Estrada do Belmont, e a comunidade do Bairro Nacional, como sempre ocorre, vai ficar isolada do resto da cidade. Veja leitor, se não é de impressionar.

PONTE SOBRE O RIO MADEIRA
(compartilhando o ideal, a verdade)

Durante meses esta coluna abordou o tema da ponte sobre o Rio Madeira, na BR-319, contestando vozes poderosas que desejam manter o serviço de balsa, contrariando todo o planejamento do projeto de desenvolvimento da região, que foi minuciosamente planejado e projetado pelo Governo Federal e suas instituições. Um pequeno empresário foi contratado para “melar” a licitação da obra da ponte – como já ocorreu outras vezes -, e este foi o motivo do embate desta coluna. E a luta só continuou porque percebemos que não estávamos sós, e que este sentimento estava sendo compartilhado por personalidades do Estado, que preferiam não aparecer, mas estimulavam a oposição. Esta semana, contudo, uma importante voz ocoou na imprensa local, e nesta edição desta Cochá News, temos o prazer de republicar o artigo do jornalista Carlos Henrique Angelo, assessor e porta-voz do DNIT em Rondônia, que, creio, será uma pá de cal no projeto de tantos quanto desejam o pior, a manutenção desse péssimo serviço de balsa, contrariando os interesses do povo, de Rondônia e do Brasil. 



Eis o artigo do porta-voz do DNIT:

PONTE DA BR-319: A QUEM
INTERESSA ESSA DEMORA?
COM A PALAVRA O TCU 

Cochá News 25/09/09 - Gente de Opinião(Parte I)
Carlos H. Angelo

Abstive-me, embora indignado, de comentar o assunto que tem ocupado espaço indevido na mídia, posto que dos editores espera-se um mínimo de discernimento, para que o público não seja equivocadamente conduzido a imaginar alguma seriedade na discussão. Falo do esforço (e certamente muito dinheiro) dos proprietários das balsas que fazem a travessia do Madeira em Porto Velho, na BR-319, na região antigamente conhecida como Vila Miséria, para bloquear a qualquer custo a construção da ponte projetada pelo DNIT.
Enquanto a questão estava limitada à divulgação de “releases” e manifestações da Associação Comercial preferi deixar sem resposta. Afinal, acredito que cada um tem todo o direito de submeter-se democraticamente ao ridículo – estão aí alguns dignos representantes da classe política para comprovar isso – tamanho era o absurdo da sugestão de mudar a ponte de lugar. Agora, porém, o ridículo deu lugar à desfaçatez, à sem-cerimônia, à falta de pudor e de respeito à condição humana dos moradores daquela área.
Os defensores da mudança estão usando a esperança dos moradores da Vila Miséria com promessas de dela saírem, literalmente, com gordas indenizações do Governo Federal e, ainda, com casas novinhas em folha em algum conjunto habitacional. Mas ao mesmo tempo em que iludem os moradores com a gorda expectativa, pregam a mudança da ponte, como se não fossem propostas excludentes: é claro que, se a ponte não sai, não sai também qualquer indenização. E os moradores permanecem na vila e na miséria.
É importante esclarecer alguns pontos:
1 - A ponte vai, definitivamente, ficar exatamente no lugar assinalado no projeto de engenharia: na BR-319, bairro da Balsa, antiga Vila Miséria.
2 - Qualquer mudança implicaria em mudar também a rodovia de lugar.
3 – Todo o licenciamento ambiental está concluído pelo Ibama. Da mesma forma, estão concluídos os estudos técnicos e de engenharia.
4 – Falta apenas a liberação do processo de licitação pelo TCU, cujas dúvidas em relação aos custos já foram esclarecidas pelo DNIT. Foram inclusive detalhados todos os custos. Mas o TCU ainda não liberou o processo. Não se sabe porque. Com a palavra, o TCU.
5 – As indenizações a serem pagas aos moradores instalados irregularmente em área pertencente à União, na faixa de domínio da rodovia abrangem apenas as benfeitorias existentes, já que o Governo não pode pagar por uma coisa que já lhe pertence.
6 – Ainda que ocupados há mais de 30 anos, os terrenos continuam pertencendo ao Governo Federal, pois não existe usucapião em terras públicas.
7 – Todas as tentativas de tumultuar o processo da ponte objetivam tão somente beneficiar os proprietários das balsas, que continuam faturando com qualquer retardamento.
Carece também de fundamento a conversa que envolve o tráfego de caminhões em Porto Velho, já que serão poucos os veículos com destino a Manaus, se comparados ao número dos que se dirigem ao porto, ao terminal graneleiro e aos diversos terminais de gás e de derivados de petróleo.
Como não existe hoje estrada para Manaus, absolutamente todas as mais de 1.500 carretas e bi-trens que passam diariamente pela zona central de Porto Velho dirigem-se ao porto e terminais agregados. Porque, então, ninguém fala em mudança do porto? Porque não interessa, pois a questão de verdade é balsas contra ponte.
É absurdo. É ridículo. É imoral, mas é a verdade. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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