CONTAMINANDO A NATUREZA E ENSINANDO A PRÁTICA SEXUAL

 
Cochá News
Por Cleuber Rodrigues Pereira

Poucos conseguem mensurar o tamanho do dano ao meio ambiente causado pelo uso de herbicidas e defensivos agrícolas (agrotóxicos) para limpeza e combate a pragas das lavouras no Brasil. Por desconhecimento, muitos pensam que os males se revelam apenas e restritamente no local da aplicação, ou seja, sobre as pastagens ou sobre as lavouras.

Mas os efeitos resultantes do uso de agrotóxicos manifestam-se de forma devastadora principalmente sobre os consumidores dos alimentos cultivados com cargas cada vez maiores de defensivos e herbicidas, que vão minando a resistência humana, debilitando suas faculdades e matando em larga escala, eis que a maioria dos produtos aplicados em nossas lavouras, além de extremamente nocivos à saúde e ao meio ambiente, têm efeito cumulativo e duração quase que “ad aeternum”, e praticamente não respondem a tratamentos convencionais.

O Governo tem uma legislação rigorosa que regula o uso e controla a produção, comercialização e até a aplicação de agrotóxicos nas lavouras, e de quebra, ainda proíbe o uso de herbicidas nas áreas urbanas para a limpeza de quintal, por exemplo. Ora, quantas vezes a gente se depara com alguém, no portão de nossa casa, oferecendo trabalho de limpeza de quintal com glifosato e até tordon (cujo resíduos se mantêm para sempre na área aplicada), um produto proibido no Brasil, mas que até hoje, procurando, acha. É igual ao chumbinho para matar rato.

O agricultor, grande ou pequeno, ancorado em suas razões, defende o uso dos agrotóxicos como única alternativa para produzir e tornar possível sua permanência no campo, eis que seu uso propicia uma diminuição de seus custos e maior eficiência da lavoura, aumentando a produtividade e a qualidade “visível” de sua produção.

O que é preciso esclarecer é que esses resíduos lançados nessas áreas, além dos danos diretos aos consumidores de desses alimentos contaminados, se expandem pelos mananciais de água (rios, igarapés, lagos, regos, poços), pelo solo, pela flora e pela fauna, contaminando tudo, tornando cada vez mais difícil a vida no planeta terra.

Os cidadãos de bom senso, todos nós, na verdade, devemos ter em mente que após nossa passagem a vida vai continuar, e o que será de nossos descendentes? – Ou será que não pensamos neles?

Não é possível que não vemos os problemas causados pelo desequilíbrio ambiental ao redor do mundo, que vão alterando a temperatura de terra com o degelo das calotas polares que vão se derretendo, colocando em risco a vida no ártico, ou a onda de calor que só esta semana matou nada menos de 1.233 pessoas em Karachi, no Paquistão.

O discurso do Poder Público é bonito, indefectível. Mas qualquer um do povo pode, sem qualquer controle, comprar um ou 10 litros de glifosato (roundup) em várias casas de produtos agrícolas, sem maiores dificuldades.

Isso quer dizer que o cidadão não pode baixar a guarda, e deixar tudo sob a responsabilidade do Poder Público. Cada um, por isso, deve cuidar e zelar para a conservação da natureza (recursos naturais) que é um bem coletivo, nosso e de toda humanidade.

Zelar do meio ambiente deveria ser cadeira obrigatória no ensino público, desde a tenra idade, ao contrário do ensino sobre sexo e diversidade sexual, que o Governo Federal institucionalizou.

Contato: cleuber57@gmail.com