Política contra as drogas e pela paz tem reconhecimento

Para o deputado Carimbão, praticamente toda violência tem tudo a ver com as drogas, seja ela o que for, inclusive o álcool.

Representado um grupo de parlamentares estaduais rondonienses o deputado Adelino Follador (DEM) enalteceu esta semana a iniciativa do Governo do Estado de dar um tratamento especial para a política de enfrentamento da questão das drogas no Estado, baseando toda estrutura no projeto da Secretaria da Paz, com a chancela e colaboração do deputado federal Givaldo Carimbão (PSB-AL), considerado a maior autoridade no assunto no País.

O deputado alagoano - que é médico com várias especialidades em vários países no mundo, nas áreas que envolvem o vício, os danos para a saúde, os danos para a sociedade, o acolhimento, a recuperação do dependente químico, e até sobre a produção das drogas, com dados estatísticos sobre os países produtores e taxas de consumo, morte e recuperação – foi o responsável pela implantação, com sucesso no Estado de Alagoas, de um projeto que revolucionou o modelo de enfrentamento das drogas, e se tornou exemplo para o Brasil, com reconhecimento internacional.

Em palestra para um grupo de deputados estaduais de Rondônia, o deputado Carimbão falou (Vídeo AQUI) de sua experiência e dos mais de 30 anos trabalhando nesta área e dos resultados obtidos. Citou a sensibilidade dos governantes de seu Estado que abraçaram a causa da vida, contra a cadeia e o cemitério, e passaram a acolher os dependentes químicos e lhes possibilitar um tratamento adequado e humano.

VISITA AO MODELO DE ALAGOAS

Segundo o deputado Adelino Follador, o governador Confúcio Moura esteve visitando o modelo de Alagoas, tendo ficado muito impressionado com o trabalho e com os resultados obtidos, e foi com base nele que deu início em Rondônia ao grande projeto contra as drogas e em favor da vida, criando a Secretaria da Paz, órgão que se incumbiu de toda a política de enfrentamento das drogas e do acolhimento e recuperação dos dependentes químicos do Estado.

Carimbão comparou dados nacionais com os dados de Rondônia, e este foi o motivo de sua deferência a Rondônia. O deputado, que foi contemporâneo de Confúcio Moura na Câmara dos Deputados, assustou as autoridades estaduais ao citar que a média carcerária nacional é de l.500 pessoas por cada l milhão e 500 mil habitantes, enquanto que em Rondônia está media carcerária é de 8 mil presos para o mesmo número de habitantes. Um quadro, segundo ele, estarrecedor, que decorre da violência gerada pelas drogas, que exige providências urgentes. “Precisamos formar uma cultura da paz, que pode levar mais de 15 anos, e definir se queremos construir mais cadeias e cemitérios, ou se vamos acolher essas pessoas de dar-lhes dignidade”, disse Givaldo Carimbão.

O deputado rondoniense Adelino Follador, que jantou com Carimbão na sexta-feira, disse ouviu atentamente a explanação sobre o modelo de Alagoas, e ficou igualmente impressionado com os resultados. Segundo ele, tudo começa na educação, inclusive com a mudança da grade curricular, com a convocação dos pais e comunidade, que passam a ser copartícipes, e estado passou a investir mais em educação, em reuniões com pais, no acolhimento de dependentes químicos do que investir em construção de cadeias. “Estou consciente de que investir em construção de cadeia não é a solução deste problema”, disse Follador que defende uma participação maior das igrejas neste projeto.

A exposição do deputado Carimbão chegou a ser chocante. Para ele, praticamente toda violência tem tudo a ver com as drogas, seja ela o que for, inclusive o álcool. A degradação nas grandes cidades, segundo ele, começou com a cola, evoluiu para a maconha, chegou à cocaína e está devastando a sociedade com o crack, que tem nos Estados Unidos e Brasil seu território principal de produção e consumo, cerca de 90% de tudo.

COMPROMISSO
DE RONDÔNIA

O deputado alagoano disse ao deputado Follador que se sentia animado com a criação da segunda Secretaria da Paz em todo o País (a 1ª em Alagoas e a 2ª em Rondônia), visto que se nada for feito, a tendência é que haverá uma explosão na escalada da violência. Segundo seus dados, a importância de implementar medidas como esta visa dar um sentimento de humanidade e solução adequada para esta questão, visto que há 40 anos a população carcerária brasileira crescia 111% anualmente, enquanto que hoje este índice é de 1.547%. Os dados disponíveis indicam que o hoje a população carcerária brasileira é de 540 mil pessoas, “o que é um absurdo para um país com outras grandes dificuldades, e que não tem uma política adequada e específica para este setor”, disse Follador.

Contrariando autoridades (viciadas) que defendem a legalização da maconha, deputado federal Givaldo Carimbão disse em Rondônia que está lançando em Alagoas um movimento nacional contra a legalização desta droga, e que vai levantar mais de um milhão de assinaturas, e que espera contar com todas as pessoas de bom senso.

Fonte: CRP - Cochá News.