Sábado, 13 de outubro de 2007 - 07h42
Cleuber Rodrigues Pereira
De um modo geral, os pequenos e médios produtores rurais de Rondônia e do Brasil, contrariando da literatura especializada e a própria assistência técnica disponível, vêm ao longo de muitos anos adotando a solução mais adequada (lucrativa), segundo eles, no processo da pecuária, promovendo sempre o cruzamento de vacas cruzadas (mestiças leiteiras) com touros da raça nelore. O resultado é sempre bezerros fortes e troncudos (pesados).
Os grandes pecuaristas nem querem ouvir falar em boi que não seja branco, e estão cobertos de razão, haja vista os investimentos que eles fazem na melhoria dos seus plantéis, aplicando tecnologias que influem na qualidade e produtividade do rebanho. Mas do ponto de vista dos pequenos também há razão, visto que desta mistura nascem bezerros mais espertos (de manejo fácil), mais pesados, e de porte avantajado, que facilita a venda, o que assim se justifica.
Esta opinião, pelo menos parcialmente, é compartilhada pelo técnico Héder Santos Pereira (Idaron) e pelo médico veterinário Manoel Francisco de Oliveira (vigilância sanitária), ambos convencidos de que o pequeno produtor, pela experiência que carrega, acabou se tornando um "expert" em driblar dificuldades, e por conseqüência adota sempre medidas que, do seu ponto de vista, são mais adequadas, lucrativas. Eles concordam que o cruzamento do nelore com o leiteiro certamente produzirá animais bem mais pesados, o que realmente significa maior lucratividade. Entretanto, o leite vai diminuir na geração futura, já que o nelore historicamente não é leiteiro, tampouco é de manejo semelhante.
A Fazenda Porto Seguro, na BR 319, no Município de Porto Velho, é um exemplo de pequena propriedade, de criação ainda incipiente, mas que já descobriu a importância da cruza do nelore com o leiteiro. "É um gado manso, pesado e muito fácil de lidar", informa Welton Cardoso de Araújo, lembrando que sozinho cuida do rebanho e das outras atividades da propriedade.
Há de se concluir que, promover a mistura entre as raças ressalte-se que esta é a característica marcante da cultura brasileira -, nelore com leiteiro, não é de todo um desastre e tampouco um negócio da China. Na verdade, há perdas e ganhos. Se de um lado vai diminuir a produção de leite na geração futura do rebanho, por outro lado o pequeno produtor rural negocia melhor sua produção (bezerros), com maior lucratividade. "E depois não há dificuldade em negociar fêmeas desmamadas por fêmeas mestiças da mesma idade", garante Araújo.
Como se vê, é um negócio, uma estratégia de produção no campo arraigado na cultura produtiva brasileira. Há quem condene e quem defenda, mas o Brasil (Rondônia) se destaca hoje como grande exportador de carne por que há gente trabalhando nesses dois pólos. Por isso todos são dignos de reconhecimento e respeito.
Contatos e sugestões: cleuber57@gmail.com
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