Segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016 - 17h15
Com a expectativa de faturar R$ 500 milhões nesta safra, o setor pesqueiro de Rondônia se reinventa em metodologias e estratégias para colocar 81 mil toneladas de pescado no mercado este ano, principalmente do tambaqui, espécie que domina cerca de 90% de toda área produtiva de Rondônia.
Segundo o médico veterinário Carlindo Filho, que atua na Gerência de Piscicultura de Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), o setor recebeu muitos estímulos, e com conhecimento e adoção de tecnologias e boas práticas de manejo está apresentando a cada ano uma maior produtividade em praticamente todos os projetos, que melhoraram também a qualidade sanitária do pescado.
Otimista e especialista na produção em larga escala, o veterinário disse que o Estado de Rondônia tem hoje 13.371 hectares de áreas alagadas (tanques de produção de peixe), reservando ao município de Ariquemes o título de campeão, com mais de 1.800 hectares de tanques produtivos, que deverão produzir cerca de 12 mil toneladas de peixes nesta safra.
De acordo com Carlindo Filho, esses números devem ser bem maiores, tendo em vista que a Secretaria da Agricultura trabalha com dados oficiais, e segundo esses, ao todo são 3.909 propriedades licenciadas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam). Entretanto, conforme dados da Agência de Defesa Agrossilvopastaril de Rondônia (Idaron), que passou a cadastrar e fiscalizar a atividade pesqueira, na verdade, são 5.587 propriedades produtivas de peixes no Estado de Rondônia, o que justifica a assertiva do técnico.
A determinação de ampliar a fiscalização e de exigir maior qualidade sanitária em toda a cadeia produtiva do pescado é do governador Confúcio Moura, que tem destinado investimentos, por meio do próprio governo e da rede bancária, para vários empreendimentos, com objetivo de incentivar o setor, que vai respondendo com uma trajetória contínua de crescimento e produtividade, gerando emprego e renda no campo.
O preço de venda para quem produz, segundo Carlindo Filho, ainda é baixo em virtude da falta de estrutura para armazenamento e processamento local (rede de frigoríficos), destacando que grande parte da produção rondoniense está sendo vendida, in natura, para o Estado do Acre, que dispõe de meios para processar e armazenar o pescado que compra de Rondônia.
Fonte
Texto: Cleuber R Pereira
Fotos: Marco Aurélio Anconi
Secom - Governo de Rondônia
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