Em algum lugar do passado, quando o homem decidiu sair da caverna, estava falando para ele mesmo que era hora de combater o medo. Certamente já dominava o fogo. Possivelmente tinha algumas armas rústicas, teoricamente prontas para a defesa, a caça e até as guerras...
Aquele homem pode ser comparado a você? A mim?
Acredito plenamente que SIM!!
Em determinado momento da vida, a caverna, lugar de medo e isolamento, já não nos serve mais. É o lá fora que tem sentido. Onde estão o alimento fresco, o ar puro, o sol, o horizonte, os novos caminhos.
Sim, lá também está o perigo, o desconhecido, o frio, as tempestades, as armadilhas.
Daí a razão pela qual muitos de nós ainda permanecemos na caverna. Ou ficamos o mais próximo possível dela, em caso de ataque de medo, dúvida ou pânico.
Romper o terreno da caverna e buscar o campo aberto rumo ao alto da montanha, de outras montanhas maiores e melhores, requer coragem. Que nasce não por causa do domínio do fogo ou das armas que temos. Afinal, nem sabemos se são de fato suficientes.
Nós já criamos condições que podem nos fazer superar os limites lá de fora.
É tudo uma questão de decisão. De querer. De entender que a caverna não é o lugar seguro e definitivo que imaginamos.
E que a liberdade é muito mais que uma sensação. Não se resume ao vento no rosto, as emoções oriundas do novo ou a energia da rebeldia.
Ser livre é saber para onde estamos indo. É identificar que não fomos criados para uma existência de fuga, dor e medo. A caverna pode ser um local de abrigo, mas não de esconderijo dos sonhos.
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)