Terça-feira, 15 de julho de 2014 - 11h51
Quando eu era criança, sonhava em ser astronauta. Também, pudera: a corrida espacial estava no auge e até LP com gravação das vozes dos membros da Apollo 11 a gente ouvia naquela época. Se você não sabe o que é um LP e tem vaga lembrança sobre do que se trata a Apollo 11 e corrida espacial, um de nós dois está no texto errado ou fora de órbita. Possivelmente eu, com altas doses de nostalgia e mundo da lua hoje.
Mais tarde descobri que precisaria demais da matemática. E ela sempre foi para mim um universo distante. A fobia que sinto à beira de qualquer sacada possivelmente teria também me reprovado em algum teste da Nasa ou na Agência Espacial Russa.
Mesmo assim, o fascínio pelas estrelas, pelo infinito, pela imensidão do que vemos e pouco sabemos ainda permanece. A ficção nos filmes sobre viagens intergalácticas sempre me ajudou a manter o sonho em dia. Jornada nas Estrelas, 2001 - Uma Odisséia no Espaço, Star Treck e tantos outros, exibem mundos irreais para as crianças reais e sonhadoras que existem dentro dos fãs.
Também sou daqueles que acredita na Eternidade. Não a da religião, que limita o Divino a uma prateleira, altar, tribuna ou biblioteca. Mas sim a da mente humana. Criada para sonhar e enxergar depois do sempre. Nela me apego para um dia virar mesmo um astronauta. Um viajante do infinito e além, como diria o simpático Buzz Lightyear.
Só que não me vejo desenhado, tipo o inesquecível e solitário Astronauta de Maurício de Sousa, ou produzido para uma sessão de cinema. Contemplo mesmo uma possibilidade de que a Universo será uma casa de todos nós. Como escrevi numa postagem que chamo de #frasedomingueira: “Quem nos embarcou na viagem da vida deve estar nos esperando em algum lugar. Não pode, simplesmente, ter no lançado no espaço e no tempo sem retorno.”
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