Segunda-feira, 10 de março de 2014 - 11h06
Por Francisco Matias*
1.Todo ano, após o carnaval, a Igreja Católica lança sua Campanha da Fraternidade, sempre com um tema humanista, um lema justo e uma oração cristã. Este ano não poderia ser diferente. O tema da campanha da fraternidade 2014 é FRATERNIDADE E TRÁFICO HUMANO, com o lema É PARA A LIBERDADE QUE CRISTO NOS LIBERTOU. A oração é muito cristã: “Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados. Fazei que experimentem a libertação da cruz e a ressurreição de Jesus. Nós vos pedimos que sofrem o flagelo do tráfico humano. Convertei-nos pela força do vosso espírito, e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos. Comprometidos na superação deste mal, vivamos como vossos filhos e filhas na liberdade e na paz. Por Cristo, nosso Senhor. AMÉM”.
2.Tráfico humano é uma chaga aberta no mundo, no Brasil e em Rondônia. A partir de 2008, com o advento das usinas do Madeira, esta atividade cruel foi intensificada e direcionada aos novos prostíbulos fundados em Porto Velho, com ênfase à vila de Jacy-Paraná. Não foram poucas as ações da Polícia Federal, da Polícia Civil e da Força Nacional naquele distrito fechando as casas de prostituição e apreendendo, inclusive, prostitutas menores de idade, submetidas a esta miserável condição humana. Mas não foi apenas nesse segmento que o tráfico humano ganhou força em Rondônia. Na área rural ocorreram várias operações conjuntas de policias e da Justiça do Trabalho, para conter o trabalho análogo ao escravismo em fazendas perdidas no meio do mato e, por isso mesmo, de difícil acesso e fácil de manter grupos de trabalhadores desesperados, famintos e sem receber pagamento por seu trabalho. É o Tráfico Humano atuando em todo o mundo, “nesse país” e em Rondônia. Mas sempre tendo o combate das forças do governo, muitas vezes com o auxílio da Igreja Católica.
3.Por isso, parece estranho que o lema da Campanha da Fraternidade “É PARA A LIBERDADE QUE CRISTO NOS LEBERTOU”, não alcance os médicos cubanos que no Brasil do PT trabalham em regime análogo ao escravismo, submetidos às leis de Cuba, vigiados por capatazes e oficiais políticos disfarçados. De repente, por trás de um vigoroso discurso ideológico de alcance popular, milhares de médicos cubanos foram iludidos e enviados “em missão” ao Brasil. Que missão é essa, “companheirada”? Os pobres médicos são tratados sob a tutela do comunismo de Havana. Não podem nem pensar em ir a algum lugar fora dos seus locais de trabalho e alojamento sem permissão do regime comunista de Cuba, aqui representado pelos oficiais políticos e, infelizmente, pelo governo da presidente Dilma Rousseff por meio do Ministério da Saúde, do Ministério de Justiça e, sobretudo, do PT.
4. Contudo, percebe-se que, além dessa poderosa força política e de Estado, vários segmentos da sociedade estão calados e amedrontados. Um desses segmentos é o Conselho Federal de Medicina, que esperneou o que pode, mas recolheu o flap diante da possibilidade de perder o controle sobre os registros dos demais médicos no país. Silente, o ex-operoso Conselho Federal de Medicina, e os Conselhos Regionais, convivem com médicos com CRM registrados, e outros nem tanto. Afinal, esses médicos cubanos terão maior capacidade clínica que os demais ou, a motoniveladora do governo passaria mesmo por cima dos CRM a ponto de esmagar o que ainda resta de poder de controle da profissão de médico?
5.Voltemos à Campanha da Fraternidade e à oração 2014, que pede a Deus para sempre ouvir o clamor do povo Dele, e para que se compadeça dos oprimidos e escravizados. Será que toda a Igreja Católica foi também aparelhada e virou petista? Esta coluna não acredita em tal coisa. Deve haver setores importantes que não atuam com ideologia, até porque, o comunismo em Cuba, e em qualquer lugar do mundo, inclusive “nesse país”, sempre perseguiu padres e as igrejas e suprimiu Deus, como se isso fosse possível. Sendo assim, os padres, bispos e cardeais poderiam dar uma palavrinha em favor desse povo de Deus, os médicos cubanos, tornando-se “sensíveis às dores destes nossos irmãos”, como diz a oração da Campanha deste ano. Pois não?
Historiador e escritor regional (*)
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