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Francisco Matias

BRASIL – QUE PODER É ESSE? PARTE V


 BRASIL – QUE PODER É ESSE? PARTE V - Gente de Opinião

A foto que ilustra este artigo faz parte do acervo da memória política do Brasil. Durante a campanha eleitoral 2014 prevaleceu o “Nós” e o “Eles” uma divisão política e cultural imposta pelo PT.

1. Em 2015, passados 30 anos da redemocratização e vinte e seis da queda do muro de Berlim,aqueles jovens ativistas e comunistas das décadas de 1970/1980, hoje vetustos senhores e senhoras, ainda lutam para implantar uma república socialista no Brasil, aos moldes da extinta URSS e do decadente regime cubano. As universidades federais continuam a propagar falsas benesses dos regimes comunistas, sem se importar com os fatos amplamente divulgados em todo o mundo que negam seus ensinamentos. O PT está à frente desse propósito do qual jamais abrirá mão. É a causa socialista que se espalha pela América do Sul pela via de grupos terroristas armados, a exemplo das FARC, na Colômbia, e do Sendero Luminoso, no Peru, ou pela ação de governantes eleitos democraticamente que, após assumirem seus mandatos, revelam seus verdadeiros projetos totalitários como é o caso da Venezuela, da Bolívia, do Equador, da Argentina e do Brasil lulo/dilmista.

2. Ao perder a luta armada na década de 1980, a esquerda radical brasileira mudou de estratégia e passou a ocupar pacificamente importantes espaços na sociedade civil, por meio de eleições democráticas. Mas jamais abandonou seu projeto de perpetuar-se no poder pela via de uma ditadura comunista em pleno século XXI. A despeito dos exemplos históricos da própria União Soviética, de Cuba, de Angola, da Coreia do Norte, da China e de outras ditaduras menos cotadas, a esquerda pretende manter-se no poder custe o que custar, e, para isso, conforme falou a presidenta, “o PT faz o Diabo para ganhar eleições”. Não se pode dimensionar quais os limites desse fazer o Diabo para ganhar eleições, mas pode-se concluir que mesmo que seja a custo de vidas de milhares de brasileiros que ousem fazer oposição. Isto ficou claro no discurso do presidente nacional da CUT, Walter Meira, em julho, diante da presidente Dilma Rousseff.

3.Sem o menor pudor ou respeito ao povo e às liberdades democráticas, o petista exortouà militância a “formar trincheiras e pegar em armas para  defender o governo”. Não há limites. O PT, pela fala do presidente nacional da CUT, demonstrou ter armamento e gente disposta a matar e morrer para defender a causa do comunismo e, de resto, o governo Dilma. Cabe uma pergunta às autoridades civis “desse país”: não seria este um caso de incitamento à violência por parte de uma autoridade partidária e sindical bem na frente da maior autoridade política da nação?

3.Em pleno regime democrático, a mídia nacional, no limiar e meados da redemocratização,por compra ou pressão ideológica, de certo modo aliou-se a esses posicionamentos contra a liberdade de expressão. Somente a partir de 2005, com o escândalo do Mensalão, a grande imprensa começou a atuar – ainda que timidamente - distanciada das orientações da esquerda e do PT. Todavia, várias publicações tiveram de enfrentar a reação do mundo petista e de seus órgãos imprensa. Nesse contexto, ficou uma frase proferida pelo superpresidente Lula: “A REVISTA VEJA ODEIA O PT”. Não é verdade. E não foi sempre esta a posição do “superpresidente”. A revista VEJA, em muitos momentos, ajudou o PT a desconstruir biografias e a destruir carreiras políticas, às vezes injustamente. Na época, a revista VEJA divulgava o político Lula como o salvador da nação e a reserva moral do país, no que se enganava deliberadamente.

4. Ao assumir o mandato em 2003, o presidente Lula autoproclamou-se o arauto da democracia, mas de fato isso  era outra inverdade. Na verdade, o político Lula é comprometido ideologicamente com o que foi deliberado no Foro de São Paulo, o congresso que reuniu comunistas do mundo todo dispostos a implantar ditaduras de esquerda. Eleito democraticamente, Lula ficou entre dois compromissos: o programa democrático que prometeu implantar e o projeto que firmou com o pensamento revolucionário incluso nas propostas do “Foro de São Paulo”. Agora, quando a crise ameaça tragar a presidente Dilma Rousseff, também comprometida com a revolução socialista, Lula busca um diálogo que sempre renegou e a “presidenta” fala de um certo “Partido Brasil”, como se realmente acreditasse nessa unificação nacional, sendo ela própria seguidora e orientadora do “Nós” e do “Eles”, a maior divisão política e cultural que “esse país” teve em todos os tempos. Isso é GOLPE!

Historiador e Analista Político*

Membro da Academia Rondoniense de Letras, ARL

Porto Velho, 23.09.2015

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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