Quinta-feira, 6 de novembro de 2008 - 20h07
1. Alô, alô São Paulo, Manaus, Goiânia, Fortaleza, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba, aqui Porto Velho agora tem um Shopping Center. Nós, aqui da terrinha, não precisamos mais viajar para estas e outras cidades só para ter o gostinho de entrar em um Shopping e fazer compras em lojas como a C&A, Renner, Americanas, ou lanchar no Bob´s, no Girafa ou Mac Donald´s, pelo simples motivo de que estas lojas e lanchonetes de renome internacional estão bem aqui pertinho, na cidade de Porto Velho. Tem praça de alimentação. Aquelas nas quais a gente se sentava com aquele jeitão de cidadão-do-mundo, só pra um lanchinho e depois matar de inveja os amigos que, por um ou outro motivo, não podiam estar numa dessas praças que só tem em shopping.
2. Porto Velho é uma cidade diferente e põe diferente nisso. Localizada no meio da floresta amazônica, tem uma estação ferroviária como mito fundante, mas não dá muita atenção a isto. Tem duas rodovias federais a cortar-lhe na metade, uma população, que, em sua grande maioria é oriunda dos mais diversos rincões deste país e do mundo, e, depois de mais de 90 anos de fundada, ainda busca seu caminho e sua história. É, no entanto, uma cidade mergulhada na História, passada e presente. A cidade cresce dentro de si mesma, sem saber onde vai parar. È crescimento ou desenvolvimento? Para alguns estudiosos, a cidade cresceu muito, além da conta. Para outros, ainda tem espaço para crescer pra todos os lados. O comércio é intenso, diversificado, está em franca expansão espalha por seus principais distritos ou zonas urbanas. Mas, estão surgindo as indústrias que implantarão um novo modelo econômico na cidade e no município como um todo.
3. As ruas e avenidas constituem-se em um verdadeiro caos para o trânsito e o tráfego. Para complicar, puseram uma rodovia federal bem no meio da cidade e tem outra que lhe penetra abertamente de leste a sudoeste, fazendo com que a cidade funcione como um entreposto comercial, entre outras cositas más. Milhares de veículos cortam as ruas da cidade de ponta a ponta. Não tem mais hora do rush, toda hora é hora, seja na 7 de setembro, sua principal rua de comércio, seja na Carlos Gomes, na Jatuarana ou na Amador do Reis, tudo é a mesma coisa: um caos. È, a cidade cresceu muito sobre si mesma. Não houve expansão de sua área urbana no último quinquëniio. Portanto, todo o crescimento de trânsito e tráfego, ocorre nas mesmas ruas sem estrutura para isto.
4. Lojas, ruas, avenidas, carros, condomínios verticais, terrenos baldios que da noite para o dia passam a abrigar grandes edificações, milhares de pessoas que aportam todo dia, hotéis sem vagas, faculdades várias, enfim, toda esta transformação geopolítica só foi notada de fato com a abertura do Shopping Center. È como se fosse um divisor de águas entre aquela Porto Velho provinciana, meio que ferroviária e pública, que muitos administradores públicos, - e até alguns dos seus cidadãos - consideravam apenas uma grande cidadezinha, e uma nova cidade que está surgindo, para ser o que realmente deve ser: uma grande cidade. Afinal é a terceira maior capital da região Norte e a quarta cidade em níveis populacionais desta mesma região. Portanto, o Shopping Center veio para dizer ao Brasil que Porto Velho é uma cidade grande, cuja população pode andar de escada rolante pra cima e pra baixo, sentar em uma praça de alimentação e fazer compras, ainda com um misto de surpresa de admiração. Entretanto, o Shopping não beneficiou somente aos portovelhenses, mas a todos os rondonienses dos outros 51 municípios, e ainda aos amazonenses aqui vizinhos, aos acreanos, e, aos manauaras, goianos, cariocas, candangos, paulistanos, curitibanos e outros brasileiros deste Brasil de meu Deus. Venham conhecer nossa cidade. È Porto Velho, que agora tem um Shopping Center.
Fonte: Francisco Matias/Historiador e escritor regional.
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