Sexta-feira, 18 de outubro de 2013 - 19h08
Por Francisco Matias(*)
1.O GIGANTE FOI NOCAUTEADO! Os black blocs, a serviço de interesses inconfessáveis, nocautearam o país. E não se vê análises política a respeito, salvo raríssimas exceções. Apesar dos fatos, não se vê na mídia posicionamentos de intelectuais de esquerda, como nos tempos da ditadura militar, e nos governos civis dos presidentes Sarney, Collor, Itamar Franco e FHC. Bons tempos aqueles em que intelectuais de esquerda sabiam como encantar as pessoas com entrevistas, livros, palestras, colunas em jornais e músicas tais como “Apesar de Você” e “Kid Maravilha”, de Chico Buarque de Hollanda; “Pra não dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré, “Não Chore Mais”, de Gilberto Gil.
2.Nota-se a ausência de personagens fictícios, mas verdadeiros, como a “Velhinha de Taubaté”, criado por Luís Fernando Veríssimo, e outras e outras grandes linhas de pensamento que, simplesmente, feneceram a partir da posse do presidente Lula, e foram enterrados no governo Dilma Rousseff. O Brasil silenciou. A CAUSA assumiu o poder. Não como gostariam os ideólogos, sem ter uma Sierra Maestra para lutar e derrubar ditaduras de direita, mas, felizmente, através de processos democráticos, pluripartidários e em nome de um estado democrático de direito.
3.O que está ocorrendo no país, representado pelos black blocs, pelo silêncio intelectual, pelas ações revanchista dos patrulheiros ideológicos, pela gama de dossiês que amedronta e encurrala a classe política não petista, que empareda juízes, promotores, ministros do STF, órgãos de imprensa, lideranças políticas, partidárias e sindicais, etc., não é típico de um país democrático e libertário, mas de um país que está a caminho do bolivarianismo, do socialismo retrógrado e totalitário e tenta reerguer o Muro de Berlim. Em governos totalitários ou autoritários, sejam de esquerda ou de direita, a primeira vítima é a verdade. “Nesse país”, a esquerda empurra a direita contra a parede, quando não lhe captura para suas hostes mediante dinheiro, cargos, negociatas e, em última instância, dossiês ou influência no judiciário.
4.A esquerda nega-se a ser protagonista de suas próprias atitudes e esconde seus principais projetos de poder. A direita, acovardada, esconde-se de si mesmo e, qualquer um que escreva, pense, fale e posicione-se contrário ao atual sistema, é taxado de anticomunista, antilula, antipovo, e arrisca-se a ser demonizado nas redes sociais. Se a verdade é a primeira e desaparecer ou ser domesticada, um dos exemplos é a Comissão da Verdade. Quando foi criada, o governo anunciou que esta Comissão da Verdade iria investigar crimes de estado e contra o estado, da ditadura Vargas até a ditadura militar. Crimes praticados por agentes do Estado ou por elementos da esquerda. E o distinto público, sem representação nem oposição, aceitou calado.
5.O distinto público calou-se quando, uma vez instalada, a presidente da Comissão da Verdade veio a público afirmar que somente seriam investigados crimes praticados por agentes da ditadura militar (1964-1985), pois, como afirmou, “a esquerda não cometeu crime algum”. É a história recente do Brasil levada ao povo com apenas um lado ativo, poderoso, criminoso e cruel: a direita. O outro, é apresentado como vítima, perseguido, ingênua, que lutou para derrubar a ditadura e implantar a democracia “nesse país”. A esquerda não matou, não roubou, não assaltou, não amedrontou, não seqüestrou, nem expropriou. Suas armas eram de brinquedo e suas balas de mel.
6.É a história dos vencidos tão negativa quanto a dos vencedores. Por que a Comissão da Verdade tem o poder de negar os crimes da esquerda e afirmar os da direita? Que força é essa que avança sobre a democracia e pretende argentinizar o Brasil? Que história se pode contar às gerações atuais e futuras, se for disseminada com o viés ideológico. Como foi dito, a esquerda, com o poder que tem, poderia escrever a história “desse país”, de forma isenta, mostrando o que realmente ocorreu de ambos os lados. Poderia mostrar que, desde a Era Vargas (1930-1945), a disputa ideológica vem sendo travada com armas e tentativas de golpes de Estado ou revoluções. Poderia mostrar as repúblicas socialistas fundadas no Brasil, a exemplo da República Socialista do Guaporé, na década de 1950, na cidade de Porto Velho, a República Socialista de Trombo, no início da década de 1960, em Goiás, e a República Socialista de Xambioá, na década de 1970, em Goiás.
7.Mas isso não acontece. E Deus guarde quem se atrever a revelar esses fatos históricos. Será logo perseguido pelos patrulheiros das redes sociais ou coisa pior. Deus nos livre e guarde, pois o Brasil está vivenciando “pontos de pressão” do mesmo modo que nos anos 1950, 1960, 1970. Nós, o distinto público, temos de torcer para que a democracia plena, representativa e social se imponha, para que não tenhamos por aqui nada alem de simpatizantes do comunismo, do socialismo e do bolivarianismo.
Historiador e analista político(*)
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