Segunda-feira, 10 de outubro de 2022 - 06h10
Bagé, 10.10.2022
Em entrevista, no dia 10.05.2008, à rádio CBN, no programa “Fato em Foco”, debati a “A questão indígena no Brasil” com Joênia
Batista de Carvalho, assessora jurídica do CIR, na oportunidade, afirmei que o
indígena integrado precisava ser de fato, reconhecido como cidadão brasileiro.
Joênia foi totalmente contrária à minha afirmativa, apelando para a preservação
da cultura e outros tantos chavões, criados pelas ONGs indígenas. Joênia e o
CIR consideram que a cidadania é um óbice às suas pretensões dando claras
demonstrações que do “Brasil” o CIR
só se interessa pelo suado dinheiro do cidadão brasileiro, as terras e seus
direitos, mas, em contrapartida, não assumem nenhuma obrigação ou dever para
com o Estado. Os membros do CIR, definitivamente, não se consideram brasileiros. As ações terroristas do CIR, conforme
relatos que constam dos autos, apresentados mais adiante, continuam contando o
total apoio de membros da Igreja Católica e funcionários da FUNAI. O caos
instalado exige que sejam tomadas medidas coercitivas que preservem a segurança
e a integridade física dos membros da Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do
Norte de Roraima (SODIURR) que, ao contrário dos facínoras do CIR, se
consideram cidadãos brasileiros.
CIR, Diocese e FUNAI ‒ Cel Denuncia Instituições
Do extremo
Meridional (“Apartheid” em Bagé e na
TIRSS), vamos passar para o extremo Setentrional. A repercussão dos meus
últimos artigos parece demonstrar que grande parte da sociedade roraimense
desconhece a gravidade dos fatos que estão ocorrendo na “Terra Indígena Raposa e Serra do Sol” (TIRSS).
O CIR que, anteriormente, direcionava sua ira contra centenas de
fazendeiros que ocupavam legitimamente aquelas terras, depois da demarcação
transferiu sua campanha de terror contra os membros da SODIURR. Reproduzo,
abaixo, trecho de um artigo da jornalista Kátia Bezerra, publicado pelo jornal
“Roraima Hoje”, referindo-se à minha
denúncia.
Uma grave denúncia envolvendo o Conselho Indígena de Roraima [CIR], a
Fundação Nacional do índio [FUNAI] e a Igreja Católica está provocando
indignação em parte dos povos indígenas da Raposa Serra do Sol. O Jornal
Roraima Hoje recebeu a informação de que os componentes do CIR “fazem valer
a sua vontade pela força e pela coação” em detrimento de outras Comunidades
indígenas da região. As acusações foram feitas pelo Coronel de Engenharia do Exército
Brasileiro, Hiram Reis e Silva. Segundo
ele, os líderes do CIR “declararam guerra
aos membros da Sociedade dos Índios Unidos do Norte de Roraima [SODIURR]”.
A denúncia vai além. Hiram classifica de “facinorosas”
as ações do CIR e afirma que os índios da entidade agem com truculência e têm o
apoio veemente da Igreja Católica e da FUNAI.
Para dar mais
embasamento em sua denúncia, Hiram divulga na íntegra três Termos de
Declarações, documento emitido pela Corregedoria da Secretaria de Segurança
Pública de Roraima, preservando o nome do declarante, o que, segundo o Coronel,
evitaria retaliação por parte do CIR. No documento, o declarante afirma que uma
irmã de caridade e “um Padre bem moreno”
estariam apoiando as Comunidades do Conselho Indígena em ações ilícitas e
incitando ameaças contra os índios da SODIURR. A equipe do Roraima Hoje
procurou o representante da Diocese de Roraima, Padre Wantuir Neto para
comentar a denúncia.
Muito
irritado com a pergunta, o Padre afirma que desconhece tal fato e que defende
as causas indígenas, porém, “a Igreja não
tem nenhuma relação com o CIR”. O CIR informou por meio de sua assessoria
de imprensa que não vai se posicionar sobre “denúncias infundadas”. “Este
tipo de denúncia vem se repetindo com frequência na mídia”, diz a
assessoria. Segundo a assessoria, não existe nenhum tipo de atrito com as
Comunidades da SODIURR.
Índios do CIR Estupram Jovem
para Submeter Comunidade
Eu
sou anti ONG picareta como o CIR. Isto eu não tenho dúvida de dizer, pois o CIR
comprovadamente é uma entidade, uma instituição desonesta, comprovado
pela Controladoria Geral da União.
(Senador Mozarildo Cavalcanti)
“Recebi a denúncia de uma pessoa
fidedigna e nunca tive dúvida de que o CIR ia mudar este esquema de domínio.
Apenas lamento que o Procurador da FUNAI, ao invés de procurar averiguar a
denúncia, ele vem com a história de me interpelar. O Procurador não tem
autoridade para me interpelar”, afirmou o Senador Mozarildo Cavalcanti,
referindo-se a qualquer ação que venha a ser protocolada pelo Procurador da
FUNAI, Wilson Précoma, sobre a denúncia que o Senador fez de estupro de uma
indígena na Maloca do Contão por índios do CIR. O Senador afirmou:
[...] a ninguém
é permitido cometer delitos porque está numa reserva indígena, se baseando ou
se escudando na questão de usos e costumes. Na realidade, o que aconteceu lá no
Contão foi um estupro contra uma jovem índia, contra uma pessoa humana com a
finalidade de amedrontar uma Comunidade, para se submeter ao comando do CIR.
GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA
SECRETARIA DE
ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
“AMAZÔNIA: PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
Termo de Declaração I
Aos dezenove dias do mês de março do ano de dois mil e dez, na Ouvidoria
da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Roraima, na presença da
Delegada de Polícia Civil Eliane de Lima, comparece o nacional JOÃO VIANA DE
ALMEIDA, brasileiro, Indígena da Comunidade Reforma – SODIURR, casado, portador
do RG 68.612 SSP/RR, CPF 201.134.202-34, filho de Bernardo de Almeida e
Colombina Viana de Almeida, nascido aos 10.09.1966, sabendo ler e escrever,
declarou QUE:
Nasceu na
Comunidade acima citada, é casado e pai de 4 [quatro] filhos, todos menores de
idade; Que a Igreja Católica, por meio da IRMÃ AUGUSTA e um PADRE BEM MORENO,
têm apoiado as Comunidades do CIR, incentivando-os a ficarem com as fazendas
melhores, a praticarem delitos como furtos e ameaças contra os indígenas da
SODIURR; que isso acontece porque o CIR apoiou a Igreja Católica na luta pela
Homologação das Terras Indígenas; que o CIR diz que foram eles quem mais
brigaram pela Homologação das Terras, então eles que têm o direito de ficar com
o melhor.
Que foi feito um acordo entre todos os indígenas do Estado de Roraima,
que os religiosos que não são indígenas, não poderiam residir nas Comunidades,
mas a IRMÃ AUGUSTA, não está respeitando o acordo e afronta os demais
indígenas, e reside próximo ao Lago Caracaranã; que depois da homologação das
terras Indígenas RAPOSA SERRA DO SOL, o problema entre os indígenas aumentou.
Que o CIR e a SODIURR começaram a se desentender devido à repartição das
terras; que o CIR quer ficar com todas as fazendas, inclusive aquela que ficou
para a SODIURR, a Fazenda Mangabrava; que, atualmente, há duas famílias da
SODIURR residindo na Fazenda Mangabrava; que o Declarante é o TUXAUA da
Comunidade que está residindo na Fazenda Mangabrava; que os pais de família que
moram na Mangabrava são EDSON ESBEL e KENIS; que são aproximadamente 16 [dezesseis]
indígenas que compõem a família que está morando na Mangabrava; que a Avó de
EDSON, a Indígena ERNESTINA, a qual reside próxima a Mangabrava, possui 26
[vinte e seis] cabeças de gado; que os Indígenas que pertencem ao CIR estão
furtando o gado de ERNESTINA, tendo ele registrado o Boletim de Ocorrência n°
191/2009, em 10.09.2009; que o Declarante é o Tuxaua que representa a
Comunidade onde reside ERNESTINA.
Que o Declarante também foi vítima de furto de gado, crime este praticado
pelos indígenas do CIR, tendo registrado o BO n° 031/2010, em 24.02.2010; que
foram furtados 03 [três] cavalos e 01 [uma] vaca; que no dia que sumiu a
primeira vaca, outra vaca voltou para casa com uma flecha no pescoço; que os
indígenas do CIR é que estão utilizando tais flechas.
Que vários outros animais voltaram pra sede à noite com flechas; que os
integrantes do CIR já furtaram do Declarante 14 [quatorze] cabras, 06 [seis]
porcos, 03 [três] cavalos e 01 [uma] vaca; que isso está prejudicando na
manutenção e alimentação da Comunidade, pois esses animais são criados para
manterem a alimentação dos integrantes da Comunidade; que apresentou as flechas
ao Secretário de Segurança Pública Eliéser Girão Monteiro, o qual determinou
que o Delegado Douglas Gabriel as apreendesse e tomasse as providências
cabíveis a fim de esclarecer os fatos.
Que a Comunidade da Reforma retirou madeira para construir casa na
Comunidade; que JACY BARNABÉ DE ALMEIDA FILHO, integrante da Comunidade do
Lamero, e integrante do CIR, ameaçou JOSÉ VIANA DE ALMEIDA, dizendo que “SE TE PEGO NO RIO, TRANSPORTANDO MADEIRA,
VOU AFUNDAR O BARCO E QUEM TIVER NELE”; que JOSÉ VIANA, é irmão do
Declarante e mora na Comunidade em que o Declarante é Tuxaua.
Que já tentaram conversar com os representantes da Comunidade do Lamero
para tentar negociar e resolver o problema dos furtos de animais e da ameaça,
mas não tiveram entendimento porque o ex-Tuxaua do Lamero, JACY BARNABÉ, disse
que com ele não tinha acordo e as coisas lá seriam do jeito que ele queria.
Que desde então não se falaram mais; que o CIR destruiu 02 [duas] casas
na Comunidade da Reforma, pertencente à SODIURR; que o CIR quer retirar a força
os indígenas de lá, destruindo suas casas e matando seus animais.
Que os integrantes do CIR que destruíram as casas são TUXAUA DELÉSIA,
DIEIMIS, LEONARDO, AFONSO, JACY, BARNABÉ, RAIMUNDO, CAUBÍ e MADRE TEREZA; que
RAIMUNDO é Professor da Comunidade do CIR e tem sido um “dos cabeças” do movimento contrário a SODIURR.
Que chegaram, por volta das 16h00, do dia 03.03.2010, derrubaram as duas
casas; que a TUXAUA DELÉSIA disse que aquela área pertence ao CIR, o Declarante
não tem Declaração de Tuxaua, não mandava nada lá e quem mandava era ela; que
DELÉSIA é Tuxaua da Comunidade LAMERO.
Que o Declarante já solicitou da FUNAI por várias vezes a Declaração de
Tuxaua, mas a FUNAI está fazendo discriminação e não está dando a Declaração
aos TUXAUAS que pertencem à SODIURR. Que já foram com GONÇALO várias vezes, mas
ele não dá as declarações e não toma providências. Que o Presidente da SODIURR,
SILVIO DA SILVA, tem acompanhado os problemas de perto e vai junto com os
indígenas na FUNAI e nos postos, mas nem assim estão sendo atendidos.
Que este problema é enfrentado somente pelos integrantes da SODIURR, pois
os integrantes do CIR estão recebendo a Declaração na hora, que isso tem
causado revolta nos indígenas que já não suportam mais tanta humilhação. Que a
FUNAI e o CIR tem recebido dinheiro FEDERAL para suprir as necessidades das
Comunidades Indígenas, mas não estão repassando remédios, alimentação,
transporte, escola etc., não dão nada e não assistem as Comunidades que
pertencem à SODIURR.
Que muitas crianças estão sem alimentação, desnutridas; que os indígenas
da SODIURR estão tão revoltados que já falam em confronto se não resolverem o
problema, não vão mais correr ou se calar, agora vão lutar.
E nada mais
disse nem lhe foi perguntado.
Termo de Declaração II
Aos dezenove dias do mês de março do ano de dois mil e dez, na Ouvidoria
da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Roraima, na presença da
Ouvidora da SESP/RR e Delegada de Polícia Civil Eliane de Lima, comparece o
Indígena MARIO FRANCISCO SIMIÃO ONÓRIO, brasileiro, casado, portador do RG
92.395, e CPF 447.067.902-04, filho de João Pedro Onório e Dorinha Simeão,
nascido aos 09.03.1966 em Bonfim/RR, sabendo ler e escrever declarou que:
É indígena da Comunidade Reforma e integrante do SODIURR; Que é membro da
Comunidade onde tem como Tuxaua o Indígena JOÃO VIANA DE ALMEIDA; Que é pai de
04 [quatro] filhos, sendo destes 03 [três] menores.
Que já residiu na Comunidade PATATIVA; Que é o proprietário de uma das
casas que os membros do CIR destruíram no dia 03.03.2010; Que a casa foi
derrubada, pois o CIR quer retirar a Comunidade Reforma de lá, expulsá-los pra
ficar com as terras; Que a casa foi destruída por TUXAUA DELÉSIA e O ESPOSO
DELA DIEIMIS, Professor RAIMUNDO, ALENCAR, LEONARDO, AFONSO, JACY, BARNABÉ,
CAUBÍ; Que a MADRE AUGUSTA foi uma das cabeças e quem mandou destruir as casas.
Que o CIR levou várias crianças e adolescentes junto, os quais assistiram
a tudo, ficaram olhando enquanto a casa era destruída; Que RAIMUNDO esteve no
local, determinou aos demais que colocassem a casa no chão e saiu.
Que os integrantes da Comunidade não reagiram por medo, pois eles estavam
muito valentes; Que JACY ameaçou o Declarante dizendo “SE VOCÊ CONSTRUIR DE NOVO CASA AQUI VOU TE AMARRAR NA ESTACA E TE DAR
UMA SURRA”; Que falou isso na presença de todos; Que o Declarante sentiu-se
humilhado na frente de seus familiares e preocupado com sua vida. Que depois de
destruir as casas, foram até a sede da Comunidade Reforma e falaram para a
indígena e ERNESTINA a qual tá morando na sede da fazenda, que ela não tem
direito a nada de lá, nem nas frutas que tão dando, pois quem manda lá é o CIR
e não o SODIURR.
Que a Comunidade Reforma tem uns dezoito indígenas morando; Que a Igreja
Católica tá incentivando esses movimentos há muito tempo; Que o CIR apoiou a
Igreja Católica nos movimentos pela homologação das terras indígenas, agora que
aconteceu querem ficar com tudo, expulsando o SODIURR, não estão deixando os
Indígenas que pertencem à SODIURR trabalhar, plantar, construir.
Que foi feito um acordo que nenhum religioso residiria nas terras
indígenas, foram todos retirados, mas a MADRE AUGUSTA não está respeitando o
acordo e reside na FAZENDA ARATANÃ, próximo ao Lago Caracanã.
Que MADRE AUGUSTA, é um problema para os indígenas que não pertencem ao
CIR, pois ela incita as desavenças e a desunião; Que tem um PADRE que anda
pelas terras indígenas, inclusive à noite; Que não sabe informar o nome desse
Padre, pois ele vive entre os indígenas do CIR.
Que ERNESTINA e o TUXAUA JOÃO tiveram animais furtados e flechados pelos
indígenas integrantes do CIR; Que a FUNAI está negando a Expedição de
documentos aos indígenas que são da SODIURR, e também a Declaração de Tuxauas
para as Comunidades da SODIURR.
Que já requereu há mais de um ano, mas até agora não deram o documento ao
Declarante e seus familiares; Que isso tá revoltando os indígenas, pois essa
discriminação é com todos os integrantes do SODIURR; Pros integrantes do CIR
expedem os documentos na hora. Que estão sem atendimento de saúde, educação,
transporte, etc., porém o CIR recebe todo esse tratamento; Que a área onde o
Declarante reside pertence à Raposa Serra do Sol, é tudo dos índios, mas não
sabem por que o CIR quer expulsá-los; Que não suportam mais tanta discriminação
e os índios estão prestes a se enfrentarem. E nada mais disse nem lhe foi
perguntado.
Termo de Declaração III
Aos dezenove dias do mês de março do ano de dois mil e dez, na Ouvidoria
da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Roraima, na presença da
Ouvidora da SESP/RR e Delegada de Polícia Civil Eliane de Lima, comparece o
Indígena e Presidente da SODIURR, SILVIO DA SILVA, brasileiro, casado, portador
do RG n° 170.773 SSP/RR e CPF 661.099.812-49, filho de Dionides da Silva e
Terezinha da Silva, nascido aos 08.05.1970 em Normandia/RR, residente na Rua
Princesa Isabel, n° 953, Caimbé, Boa Vista/RR, sabendo ler e escrever,
respondeu que:
É o Presidente do SODIURR, desde o ano de 2007; Que tem atuado em defesa
dos direitos dos indígenas em Roraima; Que os indígenas que fazem parte do
SODIURR estão sendo discriminados há muito tempo pelos Indígenas que fazem
parte do CIR. Que após a demarcação das Terras Indígenas em Roraima, não
tiveram qualquer benefício, pelo contrário estão com muitos problemas e estes estão
aumentando; Que estão tentando evitar um confronto armado. Que o CIR está
ameaçando, dizendo que a próxima vez que o Declarante for até as Comunidades da
região de Normandia vão amarrá-lo.
Que o desentendimento do CIR e o SODIURR está acontecendo, pois o CIR diz
que a SODIURR nunca brigou por terras, não derramou sangue e quem tem que
comandar é o CIR e ficar com as melhores fazendas e determinar como as coisas
vão ser feitas e distribuídas; Que a maioria dos Indígenas da SODIURR residem
nas terras indígenas da Raposa Serra do Sol; Que a Igreja Católica, por meio
das MADRES e PADRES, está incentivando a divisão, a luta, as brigas e os furtos
do gado e animais na região.
Que a MADRE AUGUSTA e um PADRE de que não sabe informar o nome estão
aconselhando os indígenas do CIR a praticarem os crimes; Que foi feito um
acordo que religiosos que não são indígenas não podem residir nas Comunidades
indígenas, mas a MADRE AUGUSTA está morando nas Terras, próximo ao Lago
Caracaranã; Que a MADRE AUGUSTA sempre troca de carro.
Que querem que a Igreja Católica respeite os indígenas e parem de usá-los
para provocar brigas e desentendimentos; Que estão sem paz nas Comunidades e
muito revoltados. Que a FUNAI, por meio do GONÇALO TEIXEIRA e a antiga
Presidenta da Federação PIERLANGE e atual Presidente IDAEL, até o momento nada
foi feito para evitar a continuidade dos problemas. Que o dinheiro Federal que
vem para a FUNAI não está sendo investido nas Comunidades da SODIURR, a qual
está com falta atendimento na saúde, educação, transporte, recursos mínimos.
Que quatro TUXAUAS já requereram por várias vezes da FUNAI, a declaração
de TUXAUA, mas a FUNAI não dá a autorização, assim não tem dado o documento de
indígena para os integrantes da SODIURR; Que quando o indígena que pertence ao
CIR requer, é atendido na hora.
Que muitos indígenas estão passando fome e desnutridos; Que não estão
tendo de desenvolver a terra; Que, ao invés de se unirem, os índios do CIR
estão sendo incentivados a furtarem os gados, animais, flecharem, queimando
madeira, derribando casas e madeiras.
Que a Comunidade Reforma é perseguida pelo CIR, tendo sido duas casa
derrubadas; Que a Tuxaua do LAMERO e o povo dela destruíram as casas da
Comunidade Reforma; Que o Professor RAIMUNDO o qual é indígena, leva os alunos
menores de idade junto pra assistir, enquanto os crimes acontecem.
Que isso está atrasando a Comunidade, não vão mais aguentar; Que as
Comunidades estão prestes a se enfrentarem em luta armada. Que o Declarante já
não está mais conseguindo acalmá-los, e vê que, caso não for feito algo logo,
vão acabar em guerra.
Que por esse fato que a SODIURR não queria a demarcação em área contínua
e o problema está aí hoje, com um tantão de terras sem poder desenvolver nada,
uma demarcação errada, porque os indígenas dentro da Raposa Serra do Sol não
podem plantar pra comercialização, só para o consumo e nem isso tá sendo feito,
os arrozeiros e pecuaristas de lá saíram e tá tudo deserto, sem nada.
Quando os pecuaristas, as Comunidades trabalhavam, tinham o dinheiro, emprego,
transporte, agora acabou-se tudo; viviam bem e em harmonia, agora tão passando
falta de tudo; Que os coordenadores do CIR, o DIONITO, o sobrinho dele JÚLIO
MACUXI, o JACY antigo Coordenador Geral, foram quem criaram os problemas para
os Indígenas e estes que estão por trás e incentivando essa discriminação e
desunião entre os índios, apoiados pela Igreja Católica. Que o PADRE JORGE fez
uma reunião na Comunidade Canavial e falou para todos os índios que “MATEM O GADO DO BRANCO, FILHOS, PRA VOCÊS
COMEREM E QUANDO ELES VIREM RECLAMAR VÃO FICAR BRABO E VÃO EMBORA DAQUI”;
Que percebe que os índios estão sendo manipulados não tem visão da realidade
que está acontecendo; Que pede providências por parte das autoridades
responsáveis.
(*)
Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas,
Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do
Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia
Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia
(ACLER – RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H