Quarta-feira, 14 de abril de 2021 - 06h00
Bagé, 14.04.2021
Navegando o Tapajós ‒ Parte XII
Revolta de Jacaré-Acanga III
Os rebeldes estariam à espera, prontos para derramar gasolina no Rio,
atear fogo e dormir na pontaria dos rifles e metralhadoras para caçar os
infelizes que conseguissem escapar do braseiro. (CARNEIRO)
MOREIRA: Jim das Selvas, no entanto, é
vítima de seu próprio plano. Ele e mais 12 homens a bordo de uma voadeira,
barco a motor muito utilizado na Amazônia, vão a Itaituba, cidade próxima, em
busca de gasolina. Dois desses homens são enviados na frente, como batedores,
para ver se o campo está livre. Não está: o TCel Delayte, com sua tropa de 300
soldados, já domina a cidade e os batedores caem prisioneiros. Daí para a
prisão de Veloso foi um pulo.
Ele estava sentado em uma cadeira de
balanço, na varanda da casa do tabelião Lauro Mendonça, na beira do Rio, quando
recebeu voz de prisão do Capitão Milton Castro, comandante de urna patrulha de
Sargentos e Cabos da Aeronáutica. Luciano Carneiro, repórter de “O Cruzeiro”, testemunhou a prisão e
anotou o seguinte diálogo:
– Renda-se, Major, para
não morrer! – avisou o Capitão.
– Tantos homens para
dominar um só? – respondeu o rebelde, com uma ponta de sorriso e muita ironia.
Veloso foi imediatamente levado à presença
do Brigadeiro Antônio Alves Cabral, que comandava em Itaituba a contraofensiva
aos rebeldes.
O repórter Luciano Carneiro também estava
lá e registrou o diálogo:
– Mas logo você, Veloso?
Você, Paulo Victor e Lameirão, todos meus amigos... – começou a falar o
Brigadeiro, manifestando o seu desapontamento com a ação desleal dos
subordinados.
Sabem o que Veloso respondeu?
– Há gente que presta,
Brigadeiro!
Oficiais do Estado-Maior do Brigadeiro Cabral
intervêm na conversa para chamar Veloso às falas, enquadrá-lo, lembrando-lhe a
condição de transgressor da lei.
Jim das Selvas não se cala facilmente.
– A lei para mim só
existiu até o 11 de novembro! – responde Veloso, referindo-se ao dia em que o
Ministro da Guerra, General Teixeira Lott, depôs, em 1955, o Presidente
interino da República, Carlos Luz, e em seguida o titular, Café Filho, sob a
acusação, comprovada, de que ambos tramavam o golpe para não dar posse ao
eleito Juscelino Kubitschek.
Mesmo diante da impertinência de Veloso, o
Brigadeiro Cabral não revida, não se altera. Dirige-se aos oficiais legalistas
e, num gesto de genuína generosidade, traça a melhor biografia do rebelde,
ainda segundo as palavras do repórter Luciano Carneiro:
– Creio que sei o que se
passou com Veloso, começa o Brigadeiro Cabral. – Este homem trabalhava,
patrioticamente, na tarefa árdua de abrir pousos dentro da mata. Aí estão
Jacareacanga e Cachimbo como monumentos a esse rapaz extraordinário.
No entanto, o que acontecia
no Ministério? Havia sempre gente a intrigá-lo no Gabinete do Ministro. Veloso
foi sempre um homem de trabalho, um homem sério. Sentiu como uma ferroada as
injustiças. Ficou recalcado. Quando surgiu a contrarrevolução, da qual ele
discordava, seu espírito já estava preparado para a revolta. E aí ele fez essa
bobagem...
O Major Veloso não foi nem um pouco
sensível ao depoimento favorável de seu superior. Interrompe o Brigadeiro para
mais uma ousadia:
– Não considero uma
bobagem o que fiz – protesta, emprestando a sua fala um tom altaneiro.
Naquele mesmo dia, no Palácio do Catete,
Juscelino recebe os repórteres da imprensa estrangeira e declara:
– Vamos virar a página,
passar uma esponja em todos os acontecimentos e começar vida nova, porque o
País deseja paz para trabalhar.
No dia seguinte, 01.03.1956, o Presidente
envia ao Congresso Nacional mensagem propondo a anistia a todos os que se
rebelaram contra ele, desde os golpistas que se refugiaram no Cruzador
Tamandaré em novembro de 55, na tentativa de impedir a posse dele, até os
atuais sediciosos de Jacareacanga. Vamos virar esta página.
O B-25
cavalheiresco e seu piloto que não era John Wayne
A rebeldia de Jacareacanga vai completar
cinquenta anos e, até agora, a única fonte de informação sobre o acontecimento
é o noticiário da imprensa, especialmente os relatos dos repórteres Arlindo
Silva e Luciano Carneiro, da revista “O
Cruzeiro”.
Os historiadores que se debruçaram sobre o
assunto, como Glauco Carneiro em “História
das Revoluções Brasileiras”, e Hélio Silva na sua “História da República brasileira”, valeram-se única e
exclusivamente das informações jornalísticas. Em 1956, a imprensa do Rio de
Janeiro e de São Paulo, cidades em que até hoje se concentram os mais prestigiosos
jornais e revistas do país, era maciçamente “eduardista” ou “antijuscelinista”.
Juscelino havia perdido as eleições em ambas as capitais. Portanto, a posição
da imprensa, de simpatia ao movimento de Jacareacanga, refletia a simpatia de
cariocas e paulistas pelos aviadores rebeldes.
As reportagens da dupla de jornalistas de “O Cruzeiro” são francamente favoráveis a
Veloso, Paulo Victor e Lameirão. Os jornais “glamourizam” os rebeldes. Glauco Carneiro, ao sistematizar essas
informações em seu livro, edulcorou-as [tornou-as mais suaves, abrandou-as,
amenizou-as] mais ainda. As ações dos três mosqueteiros ganham uma narrativa
quase épica.
A fuga do Paulo Victor e de Lameirão é a
descrição de um filme de aventura. Eles retiram da selva o Douglas Dakota convenientemente
camuflado e decolam de Jacareacanga com destino ao exílio na Bolívia. “Um B-25 ainda tentou interceptá-lo, mas o
Douglas desapareceu nas nuvens exatamente às 14h15 do dia 29 de fevereiro”,
descreve o historiador com uma exatidão de relógio suíço.
Ao empregar o verbo interceptar, o texto
sugere uma ação de combate. Na guerra aérea, intercepta-se um avião hostil para
fazê-lo retroceder; para apresá-lo; ou para abatê-lo. Quem é esse John Wayne
que pilotava o B-25 e tentou interceptar o Douglas C-47 em que estavam William
Holden e Humphrey Bogart? O que pretendia seu piloto?
Fazer o avião rebelde retroceder ao campo
de Jacareacanga, para aprisioná-lo, ou queria abatê-lo em pleno voo sobre a
floresta amazônica? O piloto do B-25 chamava-se Ivan Zanoni Hausen. O redator
deste folhetim o conheceu em Brasília, em 2001. Era gaúcho. Lembrava mesmo John
Wayne: era alto e forte como o ator de Hollywood – foi atleta olímpico, aliás,
o único atleta olímpico da Força Aérea Brasileira, tendo participado das Olimpíadas
de Londres em 1948. Preferiu sempre a aviação de caça e de bombardeio à de
transporte.
As semelhanças com o arquétipo do cowboy
americano acabam aqui. Zanoni foi treinado para ser de Esparta, mas sempre foi
de Atenas. Intelectual, autor de livros e formulador de doutrinas no
Estado-Maior da FAB e na Escola Superior de Guerra.
Naquela tarde de 29.02.1956, o então
Capitão-aviador Zanoni jamais tentou interceptar o C-47 do rebelde Paulo
Victor. Nem mesmo o avistou. E se o tivesse visto, jamais faria uso da torre de
sua metralhadora, pois a instrução que recebera do Ministro da Aeronáutica,
Brigadeiro Alves Seco, era curta e grossa, e emanada do próprio Presidente da
República: nenhum dano a pessoas, instalações ou aeronaves. A missão do B-25 era
apenas de persuasão.
Zanoni viveu intensamente os bastidores da
revolta de Jacareacanga no centro do poder político, na posição privilegiada de
Ajudante-de-ordens do Ministro. Depois, foi vivê-la no front. E pagou um preço
enorme por isso, reconhecem seus contemporâneos, como o Major-engenheiro Sinval
Dantas da Rocha, autor de “A FAB e a
política nacional na década 50” [tese para a Escola de Comando e
Estado-Maior da Aeronáutica, de 1975].
O oficial legalista de Jacareacanga não
recebeu uma só promoção por merecimento, só por antiguidade; jamais foi alçado
a uma posição de comando; e, sendo reconhecidamente um oficial de alto padrão
intelectual e moral, não alcançou o posto de Brigadeiro. Tudo isso porque
ficara ao lado da lei em 1956.
A história vivida pelo Capitão Zanoni
ilustra bem como os rebeldes de Jacareacanga mereceram na FAB a simpatia de
escalões superiores e, sobretudo de escalões intermediários, muito importantes
porque são os operacionais. Se Veloso não teve o apoio direto de armas, aviões e
pessoal, ele contou com vasto apoio moral.
Naqueles dias em que o governo procurava
acabar com a revolta, esse apoio moral, quando não era explicitado no
descumprimento de ordens, traduzia-se em omissão, corpo mole ou inércia, no Rio
e nas diversas bases aéreas envolvidas nas operações para sufocar a sedição.
Em Belém, por exemplo, logo nos primeiros
dias da Rebelião, os pilotos da esquadrilha de Catalinas, todos Capitães e
Tenentes, recusam-se a cumprir missões de atemorização contra o aeroporto de
Santarém, onde estão entrincheirados Veloso e Lameirão, e contra o de
Jacareacanga, onde Paulo Victor escondeu seu C-47 que estava com uma Pane no
motor esquerdo.
O comandante da 1ª Zona Aérea, Brigadeiro
Cabral, pede ajuda ao Rio para enfrentar os atos de rebeldia em seu comando, o
Ministro envia como observador e conselheiro o então Major Celso Resende Neves,
ele mesmo, um dos pilotos que conduz o Presidente Juscelino no meu folhetim “Bela noite para voar”.
Naquela época, Celso era professor na
Escola de Comando e Estado-Maior. Ele é reconhecidamente um oficial
equilibrado, de qualquer ponto de vista que se analise, especialmente o
político. Celso reuniu todos aqueles jovens aviadores de Belém e lhes mostrou o
mal que estavam fazendo contra a sua própria carreira, ao recusarem o
cumprimento de missões ordenadas por seus superiores. Os argumentos do
representante da legalidade convenceram os pilotos a não aderirem à rebeldia.
– Está bem, Major, nós
voltaremos a voar – assentiu o Capitão Burlamarque Barreira.
Mas como todo bom oficial, o Capitão quer
preservar o espírito de camaradagem com os colegas rebelados. E pergunta a
Celso:
– Se Paulo Victor
precisar de uma peça para o C-47, nós poderemos ajudá-lo?
Responde, cavalheirescamente, o Major
Celso:
– Belo gesto de sua
parte, desde que eu não fique sabendo.
No Rio, o panorama da rebeldia não era
diferente. O próprio Ministro da Aeronáutica encontra dificuldades de
arregimentar pessoal e aviões para deslocar ao front. Temia pelos dois lados:
que lhe aparecessem falsos legalistas capazes de aderir aos rebeldes, ou doidos
varridos que acabariam fazendo o sangue correr no Tapajós. Duas semanas após o
início da Rebelião, vendo as seguidas dificuldades do Ministro, o
Ajudante-de-ordens Ivan Zanoni Hausen se apresenta como voluntário para ir ao
front. A primeira reação do chefe foi de recusa. Tarimbado nos embates
políticos, o Ministro queria proteger seu subordinado daquilo que sabia viria a
acontecer fatalmente: a perseguição.
No entanto, como se tratasse de
voluntariado, Zanoni bateu o pé, para ir.
A missão organizada pelo Ministro previa o
emprego de três bombardeiros North American B-25 J: dois decolariam do Parque
Aeronáutico do Campo de Marte, em São Paulo, e o outro da Base Aérea de
Fortaleza. Na madrugada do dia 26 de fevereiro, no Campo de Marte, Zanoni está
desconfiado. Os B-25 se encontram em revisão. Por que não escalaram aviões em
condições de voo? Essa dificuldade, entretanto, é café pequeno, para usar uma
gíria da época; não é tão grave diante do que vem pela frente. Susto grande
mesmo é quando o Capitão Zanoni, descansando no alojamento da base, atende a um
telefonema anônimo; do outro lado vem a ameaça:
– Te cuida, Capitão. O
B-25 está sabotado!
Era terrorismo puro. Só mesmo o ardor da
juventude [ou a chama da legalidade] para fazer o voluntário Ivan Zanoni Hausen
levantar voo naquela madrugada de densa neblina, portadora dos mais infaustos
augúrios na mente de um Capitão-aviador. Bastou, porém, o avião, subir menos de
500 metros e furar a camada tenebrosa, para Zanoni deslumbrar-se com um céu
estreladíssimo, desses que o Presidente Juscelino Kubitschek gosta de apreciar
em suas constantes viagens pelo Brasil.
A visão encantadora da noite espantou os
maus pensamentos de Zanoni, mas ele não fez um voo confortável. O B-25 que lhe
deram não tinha o acolchoado dos assentos. Foi retirado pelos simpatizantes dos
rebeldes, de modo que ele e seu copiloto, o Capitão José Carvalho Pereira
[outro voluntário], para não machucarem o traseiro no ferro da cadeira,
sentaram-se em cima de seus paraquedas.
Os dois B-25 fizeram escala em Barreiras,
na Bahia, para reabastecimento. Oficiais simpatizantes dos rebeldes tentaram
retê-los, sob pretextos diversos. Mas Zanoni estava decidido “a levar a mensagem a Garcia”, bordão
muito usado na época para caracterizar, isto mesmo: cumprir missões, custe o
que custar, como fez o Tenente americano na guerra dos Estados Unidos contra
Cuba, retratado no famoso folhetim “Mensagem
a Garcia”.
Enquanto Zanoni enfrentava esses obstáculos,
o B-25, que decolou de Fortaleza, fazia um pouso de emergência em São Luís do
Maranhão. Pane? Não. Ah, para reabastecer? Nada disso. É que um dos pilotos, o
Tenente Adair Geraldo Ribeiro, precisava urgentemente... ser operado de
apendicite!
Quando, finalmente, o B-25 recebe novo
tripulante e chega a Belém, os Tenentes-aviadores Flávio M. Santos e Octávio
Ramos de Figueiredo se recusam a cumprir missão contra os rebeldes e recebem
voz de prisão. Também o segundo B-25, enviado do Campo de Marte, não chega a
ser empregado contra os rebeldes, informa o citado autor de “A FAB e a política nacional na década de 50”,
sem no entanto explicar a causa.
Desse modo, apenas o bombardeiro pilotado
por Zanoni, o de matrícula 5123, vai cumprir missões na área conflagrada. Ele
fica baseado em Santarém, já então em poder do governo, e realiza três
sobrevoos em Jacareacanga, um a cada dia, até 29 de fevereiro, quando Veloso é
preso e Paulo Victor e Lameirão fogem para a Bolívia. Mas sua ação é um doce de
coco. Nem de longe representa qualquer ameaça. Veja por quê: o B-25 Mitchell é
um avião de grande poder de fogo. Na Segunda Guerra Mundial, o inimigo morria
de medo ao vê-lo.
Certa vez, no Saara, um B-25 da Real Força
Aérea inglesa pousou em emergência numa das muitas pistas abertas pelo Marechal
Rommel no deserto, para garantir suprimentos ao seu poderoso exército de
tanques. Guarneciam a pista um oficial e 12 soldados, cujos armamentos iam da
pistola até metralhadoras. Pois os nazistas afinaram. Ficaram quietinhos.
Olhavam de longe o mecânico inglês sanar a
pane do B-25, dotado de 14 – eu disse 14 – torres de metralhadora ponto 50,
distribuídas pelo nariz, dorso, pelas laterais e cauda, noves fora as quatro
bombas de 250 quilos que carregava em seu intestino. O oficial alemão foi
absolvido no conselho de guerra e, ainda, elogiado pela sua prudência.
O B-25 de Zanoni estava equipado apenas com
uma torre de artilharia, na bolha do nariz. Nem levava artilheiro. Além de dois
pilotos, fazia parte da tripulação apenas o Sargento-mecânico, o que demonstra
a falta de ânimo bélico dos legalistas, seguindo, aliás, recomendação do
próprio Presidente da República: nada de tiros contra pessoas, prédios ou
aviões.
Zanoni deu uns tirinhos, sim senhor: nas
águas do Tapajós, para calibrar a mira; e nuns tambores de combustível,
colocados pelos rebeldes na pista de Jacareacanga para impedir tentativas de
desembarque de tropas legalistas. Num desses reides [incursões rápidas],
suspendeu o fogo para não atingir uns jegues que invadiram a pista.
As outras missões foram para atirar
mensagens manuscritas concitando os rebeldes a se entregarem, e de patrulhar o
Tapajós, já que naquela altura subiam o Rio as barcaças com tropas da
Aeronáutica comandadas pelo Coronel Delayte.
Zanoni faz parte de uma geração de
oficiais-aviadores em cujas veias corre o sangue da guerra cavalheiresca,
aquela que faz o Major Celso Resende Neves fechar os olhos diante do gesto de
solidariedade de seu subordinado, o Capitão do Catalina legalista que ajudou o
rebelde Paulo Victor a consertar seu avião. O caçador Zanoni, se avistasse o
desamparado C-47 em fuga, vestiria a armadura do guerreiro da gesta medieval e
talvez até balançasse as asas do seu B-25, a dizer ao rebelde Paulo Victor:
livre para voar, Major. A derradeira missão do B-25 legalista no Tapajós foi o
voo da vitória sobre o campo antes espetado pelas fincas ([1])
pontiagudas dos Índios Mundurucu, destinadas a empalar os paraquedistas que se
aventurassem a saltar.
Os homens do destacamento da FAB, feitos
prisioneiros pelo Major Veloso, finalmente se veem livres dos rebeldes após a
decolagem de Paulo Victor. Zanoni dá ordem pelo rádio para que o Sargento e
seus soldados se formem diante da estação. O aviador legalista pretende
formalizar a reintegração do destacamento à Força Aérea.
O B-25 faz uma passagem lenta e a baixa
altitude sobre a pista, os homens em terra prestam continência a Zanoni e ele
retribui com um balançar de asa, significando que a vida daqueles homens
voltava à normalidade. Missão cumprida. O jovem piloto legalista entregara a
Mensagem a Garcia. Quando os paraquedistas do Exército chegam a Jacareacanga, a
paz Já vigorava. E o Capitão-aviador Ivan Zanoni Hausen voa de regresso ao Rio,
na direção das agruras da vida militar, num Brasil dividido entre os
partidários do Brigadeiro Eduardo Gomes, os “eduardistas”, e a turma do xerife Lott.
A audaz missão de Zanoni em Jacareacanga,
em defesa da democracia, irá marcá-lo de modo negativo na FAB, onde os “antijuscelinistas” foram sempre a
maioria. Ele fez todos os cursos a que são obrigados os oficiais que almejam
atingir o generalato, mas só atingiu o posto de Tenente-Coronel. Nunca foi
promovido por merecimento – sempre por antiguidade. Poucos meses depois de dar
seu depoimento para este folhetim, o aviador Zanoni foi vencido por um câncer,
aos 74 anos. (MOREIRA)
Bibliografia
MOREIRA, Pedro Rogério. JK, Bela Noite Para Voar: um Folhetim Estrelado por JK – Brasil –
Rio de Janeiro, RJ – Editora Relume Ltdª, 2006.
Solicito Publicação
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de
Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
· Campeão do II
Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
· Ex-Professor
do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) (2000 a 2012);
· Ex-Pesquisador
do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
· Ex-Presidente
do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
· Ex-Membro do
4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
· Presidente da
Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
· Membro da
Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
· Membro do
Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
· Membro da
Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
· Membro da
Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
· Comendador da
Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
· Colaborador Emérito
da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
· Colaborador
Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
· E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H