Sexta-feira, 7 de julho de 2006 - 16h11
Diante dos fatos que hoje nos acercam em relação aos problemas ambientais, em uma análise sucinta verificamos que as injustiças sociais e econômicas, a má distribuição das riquezas e o mau uso dos recursos são causas geradoras de dois pólos da degradação ambiental: que são a pobreza e o mau uso da riqueza. Os pobres são compelidos a destruir, em curto prazo, precisamente os recursos nos quais se baseiam as suas perspectivas de subsistência a longo prazo, enquanto a maioria rica provoca demandas a base de recursos que em último instante são insustentáveis, transferindo os custos uma vez mais aos pobres. O Brasil enfrenta não somente situações de degradação ambiental, associadas com excesso de desenvolvimento (poluição e desperdício de recursos), como situações caracterizadas por condições de ausência de desenvolvimento, ou de desenvolvimento perverso (pobreza e desigualdade sócio-econômica). Essa relação consumo-pobreza-riqueza com o ambiente é conseqüência dos equívocos de um modelo que nos parece fracassado. O equilíbrio sócio-econômico contemporâneo está distribuído de modo diferenciado no planeta: a maioria da população do primeiro mundo tem consumo suntuário, já do segundo mundo é moderado, ainda que insuficiente; e a do terceiro mundo é miserável. A depredação dos recursos naturais e a poluição tendem cada vez mais a concentrar-se no terceiro mundo. No primeiro mundo concentra-se a poluição da riqueza: usinas nucleares, chuva ácida, montanhas de lixo, doenças por excesso de alimentos, álcool, drogas e medicamentos. No terceiro mundo concentra-se a poluição da miséria, ausência de água potável e esgotos, lixões a céu aberto ou simplesmente jogados nas ruas, ausência de atenção médica e de medicamentos, consumo de álcool e de drogas. No primeiro mundo há uma perda progressiva do sentido da vida, provocada por uma concepção unilateralmente materialista de vida humana; no terceiro há uma degradação generalizada do sentido da vida, provocada por uma concentração extrema da riqueza, que deixa sem horizontes os miseráveis (violência social generalizada, ausência de espaço público e de capacidade de auto-regulação democrática). Josenildo Jacinto do Nascimento – Maj PM
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