Segunda-feira, 21 de maio de 2007 - 19h40
POLÍTICA & MURUPI
FRASE DO DIA
"Eu o conheço, mas, se ele estiver envolvido, é problema dele. Não tenho compromisso com o erro." Renan Calheiros tentando não misturar os CPFs, sobre Zuleido Veras, seu amigo de mais de vinte anos.
Pauta política de 01 a 10
01-CIDADANIA Terceiro setor:
A partir de hoje, vamos conhecer o jeito de fazer serviços públicos não pelo governo, mas pela própria sociedade. O primeiro setor é o governo, responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, que responde às questões individuais. A ineficiência estatal fez com que o setor privado criasse inúmeras instituições assumindo responsabilidades para a solução de questões sociais. Em linhas gerais é isso o terceiro setor: uma rede de organizações sem fins lucrativos, não governamentais, com o objetivo de gerar serviços de caráter público. Amanhã tem mais.
02-A justiça cegando o fio da navalha:
Fim da primeira parte da Operação Navalha. Um caminhão de presos, outro caminhão de provas, mais um caminhão de desmentidos e depois, a volta da velha patifaria de sempre. HC na mão, grana na outra e o que vale a partir de agora é a capacidade financeira de cada gatuno em proliferar a coleção surreal dos recursos jurídicos. A possibilidade de uma pena que venha a desestimular a delinqüência é remota ou inexiste. Os bandidos de hoje serão substituídos por outros, e o roubo do dinheiro público apenas muda de mãos. Mudar mesmo, só o foro. Sai STJ entra STF, pois vai pintar parlamentar no rolo. Em off depois, se saberá quanto custou cada recurso e quem recebeu a bufunfa. Em sociedade tudo se sabe, mas sem provas, nem tudo se fala.
03-Uma proposta indecente:
Vem aí mais uma safadeza. A Câmara dos Deputados pode votar requerimento de urgência para um projeto de lei que institui a fidelidade partidária. O autor pretende tornar inelegível o candidato que mudar de partido nos quatro anos seguintes à sua diplomação no cargo para o qual foi eleito, a partir de janeiro de 2008, preservando-se os mandatos daqueles que já trocaram de legenda. Se a Câmara obtiver sucesso vai jogar no lixo a decisão do TSE que diz que o mandato pertence ao partido. Será a desmoralização pública do poder judiciário no geral e do sistema eleitoral no particular. Recuso-me a crer no que vejo, mas vejo. Sem crer.
04-Os donos dos bagres:
O Jornal O Estado de São Paulo traz extensa reportagem sobre a indecência que é o parecer do Ibama da dona Marina sobre a licença para construção das Usinas do Madeira. Está na íntegra em dois sites - o TudoRondônia e Rondoniagora - e vale a pena a leitura. Depois não esqueça de acessar o site Rondonotícias. Uma carta enviada ao Banco Mundial, revela quem são as entidades preocupadas com o financiamento dos estudos de viabilidade econômica para as usinas. São as famosas ONGs e uma dica: Siga os hiperlinks e pesquise cada nome que for aparecendo. Gente que nem sabe onde fica Rondônia, falando de bagres do Madeira sem a menor cerimônia. Gente que sabe por que ouviu alguém falar.
05-Seguindo as pegadas:
O jornal paraguaio ABC Color critica duramente o Brasil no editorial "Brasil, país imperialista e explorador", publicado domingo coincidindo com a visita do presidente Lula ao país. O texto que ocupa toda a primeira página, critica o acordo da usina hidrelétrica binacional de Itaipu e acusa o Brasil de explorar o Paraguai, por comprar energia da usina a preços abaixo do mercado. A usina pertence aos dois países, o Paraguai usa 6% da produção e vende o resto ao Brasil. Conversa estranha. Se o presidente Nicanor seguir as pegadas do hermano Evo Morales, o Brasil pode preparar o cachimbo que o fumo é certo.
06-Desculpem. Preciso falar sobre aborto:
Você pode ser contra ou a favor, mas não pode deixar de manifestar sobre o assunto ou agir como se não soubesse que no Brasil se faz aborto todos os dias. As complicações médicas de abortos ilegais resultaram na internação de mais de 1,2 milhões de mulheres nos hospitais da rede pública nos últimos cinco anos. Os dados são do SUS e mostram que o aborto já é a terceira causa de morte materna. Trata-se de uma questão de saúde pública que precisa ser avaliada sob diversos ângulos sem esquecer as causas e os efeitos. Os efeitos ainda que escamoteados já são visíveis. As causas... bem, é por aí que a conversa começa e vai longe.
07-Uma pausa para amolar a navalha:
A PF deve fazer greve por três dias a partir de amanhã mas, deixou tudo armado para o retorno: Renan Calheiros está na berlinda. A gravação de uma conversa telefônica joga-o no meio do rolo. Zé Sarney, que brindava à desgraça dos desafetos maranhenses, prova do fel que havia em sua taça e assiste seu afilhado Silas Rondeau subir no telhado de onde pode descer pela via rápida, com um empurrãozinho do seu assessor Ivo, que quer a delação premiada. A PF cheia de moral e serviços prestados entra em greve e assiste o desgaste da justiça soltando os bandidos que ela prendeu. Vive um bom momento a PF. Merece o aumento que pede.
08-Plano B de Josta:
O governo já trabalha com um Plano B para evitar o apagão de energia elétrica caso as licenças das usinas do Rio Madeira não sejam liberadas até o fim do mês. No próximo leilão, previsto para 26 de junho, haverá aumento de contratos de energia produzida com diversos combustíveis, como carvão mineral, óleo combustível, diesel e gás natural. Empresas do setor, especializadas em geração hídrica, já incluíram em seus portfólios os projetos de energia termoelétrica, mais cara e mais poluente. Ongueiros do atraso já fazem festa.
09-Esquizofrenia ambiental:
E por falar em plano B ou plano josta, atrasos de licenças ambientais para hidrelétricas e a crônica falta de planejamento do governo, dentre outros fatores, estão mudando o modelo energético do Brasil. A dependência pelas poluentes usinas termelétricas avança e o modelo já tem data marcada para se transformar. A partir de 2010, a previsão é de que 57% da energia produzida no país venham de fonte térmica poluente. Risível. Se um ET pintar por aqui vai perguntar: porque não aproveitaram os rios. A resposta é óbvia: Como? E os bagres.
10-Lá vem mais um golpe:
Se for aprovada a PEC de autoria de Renan Calheiros, União, Estados e municípios terão de trabalhar com mais uma parcela de verbas carimbadas para a segurança. O assunto já recebeu o sinal verde da CCJ e agora o caminho está livre. Por cinco anos o governo federal será obrigado a destinar 10% da receita de impostos para a área de segurança. Estados terão que aplicar 7%, o Distrito Federal 5% e os municípios 1%. Ao carimbar o dinheiro, o governo põe o orçamento numa camisa de força, como o Congresso gosta e a sociedade detesta.
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