Quarta-feira, 3 de dezembro de 2008 - 19h17
Frase do dia:
“O Rio de Janeiro não tem nenhuma chance de vencer esse pleito. Por que os R$ 80 milhões não são gastos para investir no esporte? Só vamos fazer uma olimpíada no Brasil quando o país tiver mentalidade olímpica. Isso ainda não temos” – Alberto Nurray Neto, membro da Assembléia Geral do Comitê Olímpico Internacional e da Corte Arbitral do Esporte, detonando Nizan Guzman diretor do Comitê Olimpíco do Brasil, que escapou da raia.
01 – Pilantropia – a conta que todos pagam
Uma MP – sempre elas – abriu o caminho para o perdão dos picaretas que fazem graça com o dinheiro público e que, além de tudo, fazem maracutaias tributárias depois das gracinhas. Deu zebra. Um irado Garibaldi, presidente do Senado, devolveu para aquele lugar – não esse que você pensou – de onde nunca deveria ter saído. A coisa era tão indecente que a própria base governista foi contra. Mas a MP, acolhida ou não, votada ou não, tem força de lei e as fundações de pilantropia pegaram carona e foram anistiadas. Aí o Romero Jucá, líder do governo – sempre ele – deu um jeitinho: apresentou um projeto de lei que dá benefícios e deixa com a Receita Federal a incumbência de lançar os débitos das “pilantrópicas”. Detalhe importante: só pagarão o tributo, depois de decisão final da justiça. Já viu no que vai dar né?
02 – Pilantropia – nossa fábrica de votos
Um cursinho de informática, de costura, o remédio para pressão – que é de graça pelo SUS –ajuda para o TFD – outro direito – e em troca, o nome no cadastro, com o número do título de eleitor. Ao benfeitor, grana do governo para manter a estrutura da patifaria, pois como esperar que o carcará ainda enfie a mão no bolso? Em linhas gerais funciona assim e se mantém pela ignorância do “pobre diabo” que não conhece leis, direitos, ou os caminhos da burocracia. Presas fáceis das aves de rapina, principalmente quando atendidos nos momentos de aflição, nada é mais natural que o voto a quem o ajudou. Deuses para o povo pobre, acabam crendo nisso e se pondo acima da lei. Imposto, tributo? Uma anistia numa MP e pronto. Todo mundo sabe que é assim que funciona. Somos sócios compulsórios e assim será para sempre amém.
03 – Reforma política
Vem aí mais um campeão de polêmica: a reforma política. Absolutamente necessária, parece que agora vai, até porque interessa ao presidente Lula que as regras estejam definidas, de forma que o sonho da volta em 2014 possa acontecer sem o pesadelo do TSE e suas regras. Vi algumas propostas e gostei. Clicando aqui você vai direto ao infográfico com as propostas e a partir daí está aberto o caminho para formar a sua opinião. No site do Congresso estão os endereços e e-mails dos deputados e senadores. Faça valer a sua vontade enviando cartas, e-mails ou outro tipo de comunicação, com suas críticas e sugestões. Afinal é com a reforma política – a mãe de todas as reformas – que estaremos regulamentando as próximas eleições e a atividade político-partidária no país. Eu estou fazendo a minha parte. Agora só falta você.
04 – E agora Gilmar?
Pronto. A PF reinvestigou Daniel Dantas, o ínclito Protógenes, a ABIN, releu tudo o que já havia sido apurado, fez um novo relatório e, de novo, o mesmo juiz federal Fausto di Santics sentenciou o “Senhor Encrenca”, Daniel Dantas. Para o Ministério Público Federal, a pena foi branda e já estuda entrar com recurso para o regime fechado - prisão mesmo. “E agora José?...e agora você? Você que é sem nome, que zomba dos outros...e agora você?” A festa acabou mas, os recursos, estripulias, chicanas, tudo isso vai continuar pelos escaninhos dos tribunais. Daniel pode recorrer em liberdade, disse o juiz Fausto. Melhor assim. Poupa a si e a todos de outro vexame. Como disse o Zé de Nana, “Já tá até de bom tamanho. Deixa quieto”.
05 – Estilo reativo
Não consigo me surpreender com algumas reações para lá de previsíveis. Aperta um botão e um braço se move, outro e é a vez da perna, um outro e haja impropérios. Bem ao seu estilo, o deputado Miguel Sena desancou a nota oficial – também reativa – do PT e pôs o Zé Dirceu no meio. Aí ficaram algumas perguntas martelando meu juízo e potencializando a minha paranóia: Se o deputado sabia de alguma coisa errada nas contratações da Prefeitura, porque não denunciou antes, como seria o certo? Porque a denúncia agora, numa ação reativa típica de contra-ataque? E será que além dessa denúncia sobre o Zé Dirceu existem outras? E se existem, porque não por a boca no trombone e que o impede, com a imunidade parlamentar? Por fim: quem é a autoridade que quer “explodir” a Caerd? Fico assim ó... pensando e nada.
06 – Pagando o pato
A notícia em detalhes está no site www.rondoniaovivo.com.br e para quem acompanha os bastidores do caso, faz todo o sentido. O piloto Wender Fabrício Nunes Rodrigues, pode ter sido envolvido na trama que culminou com a prisão de um pequeno avião Cessna com uma carga de quase 300 kg de maconha aqui em Porto Velho. Acredito que as investigações sobre o fato ainda estão em andamento e que muita coisa pode ainda ser revelada. E se a PF entrar no meio da parada, aí é que o “bicho vai pegar”. Há um cheiro forte de alguma coisa além da própria “canabis sativa”. Aliás, não é bem um cheiro. Está mais para “fumus” e se as pipiras do meu amigo Zé estiverem certas, vai “feder carbureto”. É esperar para ver.
07 – Segredo de Polichinello
Em reunião secreta ontem pela manhã, a Comissão de Fiscalizaçao da ALE decidiu que o segredo será mantido durante as investigações. Traduzindo: Salvo o fato de que a comissão foi reativada e que a deputada Daniela Amorim pediu para “ser incluída fora dessa”, ninguém ficará sabendo quem estará sendo investigado, o que estará sendo investigado ou mesmo se a investigação estará ocorrendo. Tudo assim, “no maior breu”. É o que se apregoa mas, não o que se crê. A reunião secreta que decidiu pela investigação secreta, me faz pensar que tanto segredo será levado às últimas conseqüências com a apresentação final, em “petit comitê”, de um extenso relatório que será criptografado e enviado ao arquivo secreto. Aí eu digo: vixi!
08 – Reflexões a partir de um artigo
Li o artigo publicado no site www.rondoniagora.com da lavra do advogado Tadeu Fernandes. Interessante e instigante, dele retirei uma frase para reflexão: “Que prevaleça o bom senso e o inafastável respeito à ordem e à lei” (grifo meu). Se divergimos sobre a alteração proposta, concordamos em outros pontos e em dois específicos: é urgente e imperiosa a necessidade da construção da usina de Jirau; que se respeitem os parâmetros que nortearam a concessão da licença que deu origem ao leilão. Ora, ora, se a obra se pretende, seja feita “um pouco distante do local que havia sido definido”, porque não executá-la no ponto definido após estudos pagos por nós, e que fizeram parte do objeto da obra leiloada? Volto ao meu grifo, parabenizo o amigo Tadeu pelo belo artigo e reafirmo meu protesto pela legalidade. Que saia a obra mas, “um pouco distante do local” que a empresa pretende. Ali onde a licença indicou.
09 – FeBeACon
Com tanta coisa grande por fazer e o Congresso se apequena. Não é que um grupos de senadores de diversos matizes mas, participantes do mesmo grupo que usa antolhos continua no piquenique de vigília pró-aposentados? A matéria é importante e até poderia ter sido feita há muito mais tempo. No momento porém em que o Brasil assiste a entrada e a instalação da crise, imaginar que se possa resolver a situação na pressão, beira à irresponsabilidade com as contas públicas. Além de Paulo Paim, autor do projeto, participam da vigília, entre outros, os senadores Cristovam Buarque, Rosalba Ciarlini, Pedro Simon, Mão Santa, Mário Couto, José Nery, Wellington Salgado, Sérgio Zambiasi, Romeu Tuma, Papaléo Paes e Jefferson Praia. O assunto não passará, os aposentados poderiam estar recebendo uma reforma da previdência saudável mas, o que importa é o palanque eletrônico. 2010 é logo ali. Tenha dó.
10 – Agora vai. Ora se vai
Fechava a coluna – depois de horas sem internet e sem contato com o mundo – quando fui alertado por uma alteração profunda na Comissão de Fiscalização da ALE. Como explicar a ocorrência de “dejá vu”? Confesso que fiquei surpreso quando a Comissão de Fiscalização foi ressuscitada sem que o deputado Alexandre Brito estivesse entre os integrantes. Agora está e o grupo ganha uma feição mais conhecida, mais de acordo com a propositura e reforça minha crença de que a coisa tem origem, meio e fim conhecidos e previsíveis. Se a lambança fosse nomeada com um nome de livro, eu escolheria “Nada de novo no front”, com o perdão do Erich Maria. É só um empréstimo para titular uma outra obra.
Fonte: Léo Ladeia
leoladeia@hotmail.com
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