Segunda-feira, 7 de julho de 2008 - 21h14
Frase do Dia
“Para que serve a Justiça Eleitoral, instância esdrúxula e onerosa que, para justificar sua existência, tem de produzir alguma coisa mesmo que violando direitos individuais?”- Roberto Jefferson irado com a proibição do uso da internet em campanhas eleitorais.
Pauta Política de 01a 10
01-Na mão dos gringos:
A pesquisa na Amazônia está nas mãos de gringos, disse o presidente do (Inpa) Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Adalberto Luiz Val, ao deputado Fernando Melo do Acre, membro da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e tem visitado centros de ciência e tecnologia, em busca de apoio ao resgate à mandiocultura no Acre e Amazônia.Val também forneceu dados importantes, segundo os quais o País não dá o valor que a Amazônia merece. 70% das informações que se têm da região são resultantes de pesquisas feitas por gringos. A Amazônia produz 10% do PIB do Brasil, mas só recebe 2% das riquezas que produz para investimentos em pesquisa. Gringo tem a ver com ONG. Quem tem a informação detém o poder. Aí é só juntar as pontas.Fácil assim.
02-Ingrid em Três Tempos:
No primeiro tempo, a ex-refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Ingrid Betancourt pediu para que o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e outros líderes sul-americanos diminuam o tom "radical, a linguagem extremista do ódio" contra os rebeldes da guerrilha. No segundo, questionada sobre a possibilidade de Uribe tentar um terceiro mandato, Ingrid disse "por que não?" Terceiro tempo: Ingrid voltou a evitar falar sobre seu futuro político e reafirmou que lutará pela libertação dos seqüestrados em poder do grupo. Puro samba do crioulo doido. Em três tempos só o mestre Paulo Queiroz. Quem se arrisca acaba se atrapalhando. Vôte...
03-Caçambada cutuba:
O tempo sempre nos cobra. Zola era menino de Porto Velho e, claro, ouviu falar do caso. Cresceu e um dia, sem mais nem menos, o tempo lhe apresentou a cobrança. Mexe daqui, anda p’ra lá e p’ra cá ouvindo gente que viu, gente que sabia, que não sabia, que não quis se envolver, que queria falar e fez nessas suas andanças duas descobertas. A caçambada não foi invenção da cabeça de um menino. E a segunda: Che Guevara esteve em Porto Velho. Os dois assuntos vão virar livro e um filme-documentário. Claro que isso não vai ficar barato. Uma nova polêmica entre peles curtas e cutubas é esperada, enquanto o velho Dió se revira de alegria na tumba com as peripécias do seu rebento. Zola saiu melhor que a receita do farmacêutico.
04-Guarda pretoriana carioca:
Cláudio Humberto informa na sua coluna que, pela segunda vez, foi cancelado o concurso da Guarda Municipal do Rio que trazia uma exigência esdrúxula: impedia concursados com cicatrizes. Da primeira vez, em setembro, o edital exigia que os concursados possuíssem pelo menos vinte dentes e excluía aqueles que estivessem muito magros ou muito gordos. Num país de banguelas, famintos e desempregados buscam a exceção que inexiste A guarda pretoriana criada por Otávio, perenizada por Tibério e entronizada por Augusto acabou se envolvendo no assassinato de Calígula. O Rio já tem sua política que mata, trafica ou se organiza em bandos com o nome de milicianos. Não precisa de mais nada, por mais perfeito que seja o sorriso, a forma física e a pele.
05-De lingüiças, cães e eleições:
A cada dois anos, uma nova lei ou uma nova interpretação. A cada dois anos a velha insegurança jurídica para candidatos e principalmente para as empresas de comunicação. Eleições batendo à porta e de novo as regras de proibição de alguma coisa. E, como é mais fácil controlar o que é estável ou o que já está instalado, fica de fora o controle sobre os candidatos com a ficha suja a compra de voto, o caixa dois, o financiamento de empreiteiras, etc. No país do faz de conta, se a imprensa estiver domada, tudo o mais estará em paz. A multa funciona como a campainha para o cão do Pavlov. Cachorro mordido de cobra tem medo até de lingüiça. Puro reflexo condicionado.
06-Menino levado:
A indicação de Arthur Badin para a presidência do Cade está ameaçada por pressões de empresas que tiveram interesses contrariados por decisões do órgão. Badin foi indicado pelo presidente Lula, mas na semana passada, senadores do governo e da oposição foram procurados por lobistas de empresas que sofreram revezes no Cade,como a Vale, Votorantim, Ambev, Nestlé e Cutrale. Badin é o atual procurador-geral do Cade e tem obtido vitórias importantes contra essas empresas na Justiça. Para o senador Mercadante, há "preocupação com a natureza do trabalho" de Badin como procurador do Cade e "questionamentos" em relação ao fato de ele ter apenas 32 anos.
07-Libera geral:
“Uma coisa é a suspeita sobre desvio administrativo, outra é ter o candidato processado, julgado, já sem nenhuma possibilidade de apelação, por conta de um crime de corrupção. Esses deveriam ser proibidos, desde que não tenham cumprido a pena. Mas a questão toda reflete interesses diferentes. Um setor da magistratura e da sociedade está muito preocupado com os direitos individuais e a presunção de inocência. Outro setor da sociedade e da magistratura está orientado pela transparência, pela necessidade de termos eleições limpas, para quem as questões sociais são mais relevantes”, diz a cientista política Maria Tereza Sadek. Da minha parte, sou favorável à divulgação do teor dos processos. Nos tribunais de júri, o juiz determina a sentença com base no julgamento da culpa ou inocência de leigos que atuam como jurados. A analogia me é permitida.
08-Alguma coisa está fora da órbita:
Advogados dos mensaleiros estão com um nó na cabeça, pois alguma coisa mudou lá no Supremo, sem prévio aviso. Depois que o STF negou de uma tacada todos os embargos de declaração interpostos pelos réus do mensalão, os advogados têm certeza: não será fácil para nenhum dos acusados de pertencer à "quadrilha" escapar ileso quando o caso voltar ao plenário da Corte.Aliás, o melhor para a defesa é que o desfecho seja mesmo em 2011, como previu o ministro Joaquim Barbosa. "Ninguém vai querer ser julgado em 2010, com uma eleição presidencial imprevisível", diz um advogado da tchurma. Para eles, fora da órbita. Para nós, é a roda girando de forma certa.
09-Financiamento público de campanha:
Não. Não é aquele. É outro. Meio que público, meio que privado. Meio que oficial, meio que trambique. Os deputados federais candidatos nas eleições municipais gastaram, entre janeiro e junho deste ano, R$ 6.402.652,62 com a verba indenizatória. O levantamento do site Congresso em Foco revela que apenas dois dos 89 deputados – Paulo Maluf e Rômulo Gouveia – deixaram de usar o recurso que pode ter turbinado suas campanhas. É que apesar da aparente transparência, com a publicação dos dados no seu portal, a Câmara não permite o acesso às notas fiscais apresentadas para as despesas. Para denúncias sobre o uso irregular, a explicação é a de que as contas são auditadas pelo TCU, que, na prática, não faz um controle detalhado das despesas. “É humanamente impossível o tribunal auditar estas contas”, diz um procurador do órgão.
10-Oxigênio para o gás:
Sinto muito. Não há nada de novo, salvo a promessa de que uma MP será editada sobre o assunto, fruto do esforço do Senador Raupp, e já costurada com a ministra Dilma e o ministro Lobão. Como sou daqueles que não desistem nunca, vou continuar me repetindo e trazendo sempre que possível alguma informação. Em tempo de eleições, e como o assunto não consegue empolgar, vou continuar berrando daqui: Gasoduto Já!
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