Sexta-feira, 14 de setembro de 2007 - 18h24
POLÍTICA & MURUPI
FRASE DO DIA
Botaram o homem na forca e não tiraram o banquinho. Ele continua pendurado. Senador Romeu Tuma.
Pauta política de 01 a 10
01-Chico Paraíba o alvo:
Se Chico Paraíba renunciar ao mandato de deputado e alguma providência jurídica impedi-lo de assumir o cargo de conselheiro do TC como é que fica? A possibilidade é real, vez que ações estão sendo interpostas na justiça. Renunciando, assumiria o suplente Rover, mais afinado com o governador Cassol. Tudo isso é conjectura, mas tem gente apostando na realização. Em caso positivo, assume o suplente Rover, a indicação de outro conselheiro volta à estaca zero e a ALE tem outra oportunidade de continuar mostrando independência. Para Cassol é como tirar a sorte grande, mesmo que não venha indicar um seu afilhado.
02-O bode bolchevique volta à sala:
O governo acionou o trator e, numa sessão que varou a madrugada, a Câmara dos Deputados aprovou a prorrogação da CPMF de acordo com o texto do relator Palocci, rejeitando todas as medidas apresentadas pela oposição. Pelo relatório, a CPMF deve seguir tungando o bolso de todos em 0,38% até 2011. Foi a primeira batalha. A prorrogação ainda precisa ser aprovada por mais duas vezes na Câmara antes de seguir para o Senado. Ali com relações envenenadas, vai ser preciso apelar para trator, a retirada do bode, verbo e verba. Muita verba. É de praxe.
03-Só sei que nada sei:
A turma da abstenção virou bode de bicheira. Não dá para entender como alguém não consegue formar uma opinião depois de tanta investigação, de tantos dados apurados. É muito ruim a abstenção numa votação dessa, avaliou Tião Viana do PT. Do outro lado, Artur Virgílio reforça o coro: Abstenção? Quer dizer, o sujeito não sabe, não tem opinião formada depois de tudo que leu, que ouviu e de tudo que falaram? É um voto duplamente covarde. Escudado no voto secreto e na abstenção. São pessoas que acanalharam seus votos numa covardia dupla. Separados por origem, unidos ao final.
04-Chama o Gabeira:
No auge da crise na Câmara, Gabeira berrou para o Severino Cavalcante: Ou o senhor sai ou nós vamos tirá-lo daí. No Senado é consenso que Renan deve deixar a presidência, até para o Sancho Pança, Wellington Salgado. Renan diz que não sai, a oposição diz que não vota nada com ele presidindo a sessão e o Planalto se desespera. Seria esse o acordo, com o alto custo das abstenções e estaria o Renan descumprindo? No Senado há reservas morais para berrar, mas faltam coragem e indignação iguais. Só se aparecer o Gabeira a berrar durante uma sessão conjunta do Congresso.
05-Cizânia:
Aos poucos os Senadores governistas, oposicionistas e absenteístas vão-se dando conta de que caíram na própria armadilha. Num autêntico clima de caça às bruxas, petistas cobram de governistas, cobram o Mercadante pela revelação pública do voto, cobram a saída do Renan. Pedro Simon cobra respeito a quem ousou duvidar do seu voto. Uma vilania. A oposição cobra tudo e o desmentido de ter sido fundamental para a absolvição. Renan, cobra a permanência na amada cadeira de presidente. O STF cobra sessões abertas, Lula cobra votações. A sociedade nada cobra por uma questão de segregação de funções. Afinal, quem paga não cobra.
06-Realismo fantástico:
Perdemos apenas cinco votos depois dessa campanha nunca vista contra mim. Se eu não tiver condição de presidir o Senado, quem vai ter? A frase do Renan é de uma lógica kafkiana. Para ele o que houve foi apenas uma nova votação para presidir o Senado. Na linha de negar o que é real e sabido de todos, Renan disse que não recebeu emissários do Planalto para conversas que objetivam seu afastamento do cargo. Renan reiterou que o seu processo era esquizofrênico e se colocou como vítima perseguida por todos. Um caso típico de paranóia, uma outra doença. O paciente porém é o mesmo. Renan Calheiros.
07-Dividindo a carga:
Uma enorme quantidade de e-mails, a absoluta maioria, de protesto contra a absolvição de Renan Calheiros, foi enviada ao Senado. Ontem o site do Senado saiu do ar por quase sete horas. Claro que para tudo ali existe uma explicação principalmente em tempos de Renan e veio rápida, como um processo de cassação. Oficialmente, houve apenas "falha de contato com a empresa de telefonia". Tradução: jogaram nas costas da operadora. Ontem a Brasiltelecom negou que tenha havido problemas com o Senado ou quaisquer clientes de porte. Errar é humano. Persistir é burrice. Encontrar um burro para levar a carga, é divino.
08-Duas faces da mesma moeda:
Quando se fala menores no Brasil, duas coisas vêm logo à mente. As crianças que trabalham e as que estão no crime. Para as primeiras, estudos e pesquisas são feitos para que o governo acabe com a chaga. Para as segundas, não existem pesquisas sobre o perfil, quantidade e providências para que o governo atue para acabar com a chaga. ECA, mais presídios e a eterna discussão sobre a redução da maioridade funcionam como pauta. Ontem saiu mais uma pesquisa. Quase 6 milhões trabalham. Para as outras, no crime, apenas as estatísticas de morte violenta.
09-Partido político procura-se:
O bruxo Carlos Sperança, sempre muito bem informado, revela na sua coluna sem papas na língua: O presidente regional do PSDB, ex-deputado federal Hamilton Casara saiu fortalecido da tentativa de golpe armada pelos deputados cassolistas. Devem tentar tomar goela abaixo outra legenda nos próximos dias. Já tem dirigente fazendo as contas. Sem o PSDB, os partidos nanicos subiram de preço. É que a coisa não é bem goela abaixo. É mais bolso a dentro, pois um minuto de TV na campanha vale ouro, se é que me fiz entender.
10-Oxigênio para o gasoduto:
O presidente do Basa aporta em Porto Velho, cheio de grana, segunda feira, na companhia do Senador Valdir Raupp. O Basa quer participar do financiamento da usinas do Madeira. Viabilizar recursos para as usinas pode ser o caminho para brigar também por algum para o gasoduto. Ontem o Senador Raupp deu longa entrevista à TV Senado e abordou o tema, relembrando o compromisso assumido pelo governo e cobrando providências. Uma boa hora para entrarmos na parada. Vamos lá destemidos.
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