Segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 - 11h09
Frase do dia:
“A partir do momento em que nós estamos vendo um holocausto e para não ter que pedir um perdão daqui a 50 anos, medidas drásticas deveriam ser tomadas agora”. – Deputado Mauro Nazif, filho de palestino, sobre o massacre na faixa de Gaza.
01 – Pulando mais que saci em chapa quente
Não quero pegar no pé mas, não entendo a liminar impetrada pelo Sinduscon contra o edital de licitação para as obras de saneamento – esgoto e água – sob a alegação de que nenhuma empresa de Rondônia reúne condições de preencher os requisitos exigidos. Nem a CAERD. E agora o que fazer, se a justiça conceder a liminar? Interrompe-se o processo e altera-se o nível de exigências, de forma que as empresas de Rondônia participem ou radicaliza-se duma vez e o povo “sifu” até que as empresas daqui consigam o upgrade técnico e financeiro e fiquem em pé de igualdade com as outras que irão participar? Suspeita de direcionamento ou só uma questão de competência? Para o direcionamento, investigação. Para a competência, lembrete: “quem não tem competência não se estabelece”. Postava a coluna quando recebi a informação que a liminar não foi concedida. Meno male. Agora é correr com a obra.
02 – Descendo o Madeirão
O Comissariado de Menores anuncia que vai intensificar a fiscalizações em Porto Velho e nos distritos do Baixo Madeira. Louvável a iniciativa e a atuação que vem sendo feita por aqui. O braço da lei tem que estar presente em todos os espaços mas a percepção não bate com a notícia. Domingo pela manhã entrei numa Lan House perto do Mercado do 1. Quatro ou cinco crianças estavam por ali e perguntei pelo proprietário. Um dos garotos se apresentou e se disse responsável pelo negócio. Na periferia meninas com o corpo ainda em formação se prostituem. No centro da cidade, ao lado da Rodoviária viceja a “cracolândia” de Porto Velho com meninos e meninas usando e traficando a “mela” sem serem incomodados. O trabalho do Juizado não pode ficar restrito às fiscalizações no interior de festas e bares, enquanto do lado de fora menores miseráveis e maltrapilhos recolhem latinhas, roubam ou vendem o corpo.
03 – E mais sobre crianças
A Secretaria Especial dos Direitos Humanos apresentou novos e alarmantes dados sobre uma chaga brasileira, o número de denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil mais que triplicou nos últimos dois anos. A soma das denúncias de turismo sexual no Brasil em 2007 e 2008 foi 11.365 casos, contra 3.551 em 2005 e 2006. Puxando a fila estão o Nordeste e Rio de Janeiro, destino preferido pelos agentes de viagens da Europa para seus clientes. No meio destes chega a fina flor da baixa canalha formada por pedófilos e tarados de todos os matizes. Apesar da legislação rigorosa que prevê condenações de até 30 anos, uma fiscalização eficiente não existe e está bem longe de ser implantada. Como a política pública é frouxa, a súcia externa aproveita. Vem aí uma nova leva de “galeguin do zói azul”. É triste.
04 – Monólogo econômico
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, elevou o tom e disparou: "Não dá! Ou essas empresas assumem compromisso de não demitir ou o governo brasileiro terá que refazer essas linhas de financiamento”. Referia-se ao fato do governo ter ajudado as montadoras de veículos e os patrões terem demitido seus empregados. Do outro lado os empresários fizeram ouvido de mercador – só ouvem o mercado – e nem tchuns para Lupi. Em paralelo o presidente do BC, Henrique Meireles garantiu que o governo vai criar linhas de financiamento para todas as empresas que tiveram prejuízos com o dólar em função da crise internacional. Até parece um cabo-de-guerra, mas está longe disso. Meireles ganha a discussão que nem irá existir, como já ganhou a questão dos juros altos, mesmo com pedidos do Lula. É sempre do jeito dele.
05 – Gripe oportuna
O presidente Lula terá uma segunda cheia de compromissos. Recebe o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Yang Jiechi, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, o presidente Mundial do Grupo Santander, o ministro Lupi e os representantes das centrais sindicais que vão apresentar uma série de propostas para aliviar os efeitos da crise mundial sobre o país e evitar as demissões. Com tanta coisa a fazer, Lula ainda deixou uma brecha para falar com Sarney, o marimbondo de fogo, sobre a presidência do Senado. Sarney foge da conversa com Lula como o diabo da cruz e nem divulga sua agenda. O marimbondo tem essa característica:
Só vai na certa e com o ferrão envenenado. Para segunda feira, com certeza vai continuar com “aquela gripe” e tomando Doril com leite e dando o “chá” para o presidente. Sacomé: tomou Doril e sumiu. A gripe e o “gripado”.
06 – Discutindo a relação
Quando um casal moderno e civilizado está em crise, “discute a relação”. Nas camadas mais pobres, “quebra o pau” ou “lava roupa suja”. Na crise que se estabeleceu entre o PT e PMDB, o papo tem algo de casal em crise, mas a coisa é mais profunda até porque, fidelidade política envolve interesses pessoais, grupais e partidários. No caso em questão – eleição das mesas do Congresso – os três tipos de interesse estão em jogo, se conflitam e há ainda um terceiro fator – Serra 2010 – para complicar. Lula precisa do gás do PMDB para inflar a candidatura de Dilma Roussef e o PMDB morde a corda. É pule de dez que o PMDB não apresentará um nome para presidente. Pule de dez também que apoiará quem tiver mais chances de vencer. E pode cercar o bicho do primeiro ao quinto, dezena centena e milhar: Lula não tem como dar uma de capitão Nascimento e berrar: “Pode sair “seo” PMDB. Pode sair”. Isso é só p’ra filme.
07 – Pede ao Genro que ele dá
O jornalista iraquiano que atirou um sapato contra o presidente dos EUA, George W. Bush, durante uma coletiva de imprensa em Bagdá está pedindo asilo na Suíça, informou o jornal suíço "Tribune de Genève". Muntadar Al-Zaidi está preso no Iraque, aguardando julgamento, desde o incidente do sapato e segundo seu irmão, ele apanhou na prisão e teve as costelas quebradas. Seu advogado diz que o jornalista não poderá exercer sua profissão no Iraque, mesmo que seja absolvido. Cá pra nós, não entendo a razão da escolha pela Suíça. Aqui no Brasil seria muito mais fácil. É só escrever para o Itamaraty ou pedir a Tarso Genro. Como o jornalista não é cubano nem lutador de boxe, a coisa é bem assim... “quick and easy”.
08 – FeBeACon
Com tanta coisa grande por fazer e o Congresso se apequena. Não é que um velho deputado mineiro, – o Juvenil – resolveu enveredar pelo Código Penal reclassificando a agressão? Pois é. O Juvenil que o aumento da pena e a tipificação criminal quando a agressão for contra um atleta, árbitro, torcedor, treinador, dirigente esportivo ou jornalista por causa de resultado esportivo. O texto, que altera o Código Penal, determina ainda que a prisão não dará direito ao pagamento de fiança, e a punição valerá mesmo para agressões fora dos estádios. Para Juvenil, o rigor é necessário porque esse tipo de crime vem crescendo no País e cita o caso do técnico Luxemburgo. E agora? Xingar a mãe do juiz é uma instituição nacional. É cultural.
09 – Vamos abrir as portas da esperança
Dia desses ouvi a conversa de um empresário varejista sobre o novo shopping: “Inventaram uma cidade, construíram o shopping, mas não inventaram consumidores”. Maldade do cara. De outro empresário que apostou no shopping, ouvi a lamentação: “Agora estão chegando as faturas e o Natal já foi”. Da Miriam Leitão colho a informação: “as vendas no varejo caíram pelo segundo mês consecutivo. Em novembro, um recuo de 0,7% frente outubro, que havia caido 0,9% frente a setembro”. Do IBGE, "há uma inversão de tendência no setor". E o Estadão de SP: “a renda do produtor com a safra de arroz, feijão, milho, soja, trigo e outros grãos, motor da economia de 70% dos municípios, deve minguar em R$ 10,4 bilhões. Menos dinheiro para comprar carros, máquinas, e eletrodomésticos. É... parece que é mesmo a crise.
Fonte: Léo Ladeia / www.gentedeopiniao.com
leoladeia@hotmail.com
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