Quinta-feira, 24 de maio de 2007 - 14h26
POLÍTICA & MURUPI
FRASE DO DIA
Agora se sabe que os bagres do Ibama estavam pagando sozinhos o pato do atraso das obras do PAC. A coisa estava empacada era nos poços de traíras e piranhas, na negociação dos contratos e liberação de verbas.- Cláudio Humberto, Jornalista
Pauta política de 01 a 10
01-CIDADANIA Terceiro setor:
No terceiro setor existem 12 milhões de pessoas, entre gestores, voluntários, doadores e beneficiados de entidades beneficentes, além dos 45 milhões de jovens que vêem como sua missão ajudar o terceiro setor. Recente pesquisa feita revelou alguns números das 400 maiores entidades do Brasil no ano de 2000. Segundo esta pesquisa, o dispêndio social das 400 maiores entidades foi de R$ 1.971.000,00. Ao todo, elas possuem 86.894 funcionários, 400.933 voluntários. Amanhã nós vamos abordar o tema entidades beneficentes.
02-Choro na aldeia:
A Folha de Rondônia extrapolou ao fazer a defesa do mandato do senador Expedito Jr, Faltou senso crítico ou advogado para pentear a matéria e formular aquela pergunta impertinente: Resta saber por que o TRE de Rondônia não impôs a mesma alucinante velocidade nesse processo, como o fez no caso do Senador Expedito Júnior. Acir não era para ter sido diplomado, pois já deveria estar cassado, questiona a Folha. A pergunta carece de isenção e verdade. Quase oito meses já se passaram desde as primeiras investigações sobre a suposta compra de voto. Alucinante velocidade é uma forçada de barra.
03-Berreiro geral:
Reclamações gerais estão saindo do Congresso e até do Poder Judiciário contra a atuação da Polícia Federal. Mais uma vez a reclamação é do espetáculo teatral das prisões que existe sim e das algemas desnecessárias na maioria das vezes. Prefiro seguir na contramão e falar do espetáculo dos crimes e dos criminosos. Quando um homem público é pego com a boca na botija, não desejo outra coisa que não seja sua punição exemplar para inibir futuros feitos e a devolução do produto do roubo. A prisão espetacular entra como parte da punição que se quer. Quanto ao choro, deixa chorar. O choro é livre e, se não repara, conforta.
04-Descendo o porrete:
O secretário do Desenvolvimento Ambiental Augustinho Pastore fechou 88 madeireiras que funcionavam como piratas da floresta, praticando crimes ambientais de forma direta com o desmatamento irregular e intermediando e vendendo guias florestais inclusive falsificadas. Em dia de descer o porrete, Pastore foi bem crático e sobrou para o Ibama: Não quero falar sobre esse assunto, mas o Ibama não cumpriu nada conosco, cutucou sobre a cooperação técnica prevista no acordo do Conama. Pastore estava mais para aroeira.
05-Aplaudindo a si mesmos:
Era fim da sessão ontem á noite e os deputados derramando elogios à postura do presidente Arlindo Chinaglia. Falavam sobre a reubião na residência oficial do Arlindo. Líderes partidários decidiram criar uma comissão para combater a corrupção nos três poderes da República. È a decisão de quem acaba de colocar um cadeado na casa que foi roubada. Chinaglia, em pronunciamento da Mesa, elogiou a postura de todos os partidos, sejam do governo ou da oposição, com o comprometimento para se mudar a imagem do Congresso, tão manchada por sucessivos escândalos. Mas basta a polícia arrefecer e tudo volta a ser como antes.
06-Atenção câmera dois: gravando:
Parece um set de filmagem. Ao comando do diretor, desliga-se uma câmera, liga-se a outra e a história muda. No governo funciona assim. Filmava-se a cena da operação Furacão e de repente ouve-se um corta e começam as gravações das cenas da CPI do Apagão. A gravação é rápida pois as cenas não precisam ser detalhadas. Um outro corta e os atores ainda se movimentando fora de cena começam a se juntar para cenas de suspense de Operação Navalha. O ritmo de gravação é frenético. O filme porem, vai demorar. Depende de edição, tem ainda as cenas nos tribunais, e as adaptações do roteiro.
07-Intolerância:
A violência organizada explodiu ontem em vários pontos. Uma hidrelétrica no Para, as pontes de Floripa, 39 rodovias em nove estados, enfim o caos. Os protestos se espalharam pelo país com movimentos sociais, sindicalistas, políticos a maioria sem mandato e estudantes, no que foi chamado de "Dia de Luta Unificada por Nenhum Direito a Menos". O nome é pomposo, porém inapropriado. Minorias que reclamam direitos esqueceram os direitos das maiorias. Foi a panfletagem. Cópia de quinta um filme francês que fala sobre a manutenção de privilégios.
08-Limpeza total:
O líder do governo no Senado, Romero Jucá, destinou, quando era relator do Orçamento, R$ 94,3 milhões em emendas para a construtora Gautama a tal da Operação Navalha ou seja: mais da metade do valor reservado à empreiteira por todas as emendas de bancada. Jucá o desmemoriado só se lembra de R$ 64,3 milhões, e por ter seguido orientação do Ministério do Planejamento. A assessoria do ministério nega a versão do senador. Jucá vem a ser aquele que se afastou do Ministério da Previdência, no primeiro mandato de Lula, depois de ser acusado de oferecer fazendas fantasmas como garantia de um empréstimo bancário.
09-Os quintos infernais:
Os brasileiros terão de trabalhar até sábado, dia 26 deste mês, somente para o pagamento de tributos neste ano, para o governo no nível federal, estadual e municipal. Desde 1º de janeiro, em média serão 146 dias de trabalho -um dia a mais do que o tempo gasto em 2006. A carga tributária no ano será de 40,01% sobre a renda desses trabalhadores. A história registra que em Minas há muito tempo, um cidadão foi esquartejado por reclamar da derrama que era de 20% - o famoso quinto dos infernos. A lição não foi esquecida mesmo atingindo já dois quintos
10-Regulando os bebuns:
A proibição da veiculação de comerciais de bebidas alcoólicas das 8h às 20h, uma das medidas em estudo pela Anvisa, é a que mais desagrada às agências de publicidade, que a consideram desnecessária. Decreto assinado ontem pelo presidente Lula muda a definição de bebida alcoólica, que passa a englobar aquelas com concentração igual ou superior a 0,5º Gay Lussac (GL). Antes o limite mínimo era 13º. Bola branca. Nossa juventude começa a beber cada dia mais cedo e o incentivo da propaganda é quase compulsório
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