Quinta-feira, 25 de junho de 2009 - 07h18
Frase do dia:
“Meu querido e bom amigo presidente Sarney tem direito a se afastar. Ele não vai se afastar no sentido de que nós estamos impondo. Ele vai se afastar no sentido de que ele deve se afastar para que as coisas sejam conduzidas ao natural.” – Pedro Simon pondo pressão no Sarney.
01-Quanto pior, melhor
Certo dia, antes mesmo do boom de construções, da licença para a construção das usinas, um cidadão resolveu construir um hotel perto das Caixas D’água e logo apareceu um “lua preta” para embaçar idéia e pior, quando a obra já havia iniciada. O buraco está lá até hoje, mais feio que o hotel que seria erguido. A vez agora é da ponte sobre o Rio Madeira no bairro da Balsa, velha aspiração da cidade. Depois de muita celeuma o projeto ficou pronto mas, um bando de “luas pretas” resolveu embaçar novamente. E dê-lhe tiro e dê-lhe grito contra a ponte e já apareceram os caçadores de bandeiras políticas que, para juntarem uns votos, se alugam a qualquer causa. Tomara que a obra comece e que eles consigam deixar apenas os pilares erguidos como monumento à burrice.
02-Cirurgia plástica na BR
O Deputado Valverde quer atenção para as obras de recuperação, manutenção e adequação da BR-364 que será transformada na rodovia do Pacífico, ligando Peru-Brasil-Bolívia. O alerta é para que cidades ao longo da rodovia precisam ter crescimento compatível com sua importância. O ministro Nascimento partilha da mesma opinião e diz que é preciso pensar no contexto geral da BR e o que ela vai representar para a região, reparando os gargalos existentes e ajustando o projeto enquanto ainda está no início. “Precisamos melhorar as condições de interligação de Rondônia com os demais estados do Norte, pois essa medida vai reduzir os custos de transporte de cargas”. Olho vivo. “Lua preta” se multiplica como mosquito da dengue. Ô raça, como diz o Zé Carlos.
03-Balanço do Pró Rondônia
O movimento Pró Rondônia – segundo dizem os otimistas – paralisou o estado ontem. Mas há controvérsias inclusive sobre o número total de participantes na “muvuca”. Em Porto Velho centenas para alguns e milhares para outros, pouco importa. Como a cidade não parou de vera, quem estava no trânsito foi contado como participante. Quem deve ter ganho uma grana foram os mototaxistas. Até parecia enxame de gafanhotos com seus coloridos uniformes. E como ninguém trabalha de graça, os empresários devem ter soltado a grana. Agora deve estar na bica a segunda etapa da operação. Sugiro uma marcha para Brasília. A pé...
04-(In)segurança pública
Diz Sérgio Pires: “Camionetes, carros e motos continuam sendo roubadas em Rondônia e levadas para a Bolívia, na maior moleza, para serem trocadas por drogas. No último final de semana, a polícia militar de Guajará conseguiu prender dois bandidos que tentavam atravessar com uma camioneta que fora roubada num assalto em Ariquemes. Pegaram um mas, na verdade passam dezenas para o lado de lá, todos os meses.” Diz Carlos Sperança: “Dois papos surrados na audiência sobre segurança pública, realizada na Câmara de Vereadores, na segunda-feira: Do secretário de Segurança Evilásio Sena, que atribui à criminalidade nos bairros as ruas esburacadas, impedindo ações da sua pasta e da comandante da PM Angelina Muniz que atribui os elevados índices ao desemprego. Será que ambos sofrem de miopia?” Satiriza Zé Carlos Sá: “é culpa dazusina”. E Zé de Nana vai na ferida: “Esse povin é ruin de jogo”.
05-Na ferida
Decididamente a relação Cassol x Fátima Cleide é conflituosa. Durante a visita da Dilma Roussef, Cassol chegou a “esquecer de citar seu nome” quando fazia seu discurso e nominava autoridades presentes. Fátima está sempre em visita ao interior do estado, reduto do Cassol e é bem provável que tenha descoberto o jeito para provocar sua ira. Se Cassol faz questão de esquece-la, Fátima faz questão de lembrá-lo. A última vez ocorreu com a entrevista que ela concedeu à Rádio Alvorada de Jiparaná. Desceu a lenha e prometeu acionar Cassol no MP. Obstinada, Fátima puxa para a si a ira cassolista e contrapõe o discurso w, num ambiente majoritariamente masculino, sua voz consegue fazer estragos.
06-Falando nisso...
Paulo Queiroz, a fera, deu um tempo, voltou com força total e traz uma coluna que dá o que pensar. O tema é Fátima Cleide e Cassol numa abordagem sobre os subterrâneos da política rondoniense. De um lado temos o Pró Rondônia, um movimento com características de palanque eleitoral mas, revelador de que para o lado do Cassol no âmbito da justiça a coisa não é “aquela Brastemp”. O Paulo pega a ponta do novelo, vai desfiando para entender o que faz o PT e, aí entra a Fátima Cleide. Paulo não abre a porta mas mostra a chave e arremata: “Em suma: o que se quer dizer é que essa gente, cujo partido está no poder, não faz adivinhações, não atira no escuro e não bate prego sem estopa. Lida com informações de bastidores e de primeira qualidade.” Paulo, a fera, voltou.
07-Senado: cada dia uma nova agonia I
Empurrado para o córner do tablado, o abatido senhor José Sarney era a cara da derrota ontem à tarde ao presidir a reunião do Senado. Mas, nada como um dia após o outro e principalmente quando se tem a noite para dividir os dois e promover acordos. O gongo bateu no último segundo e Sarney saiu das cordas e com um handicap: uma blindagem de 51 senadores para manutenção do seu cargo de presidente. Mas, nem a blindagem conseguiu parar a avassaladora onda de denúncias que caem como golpes na cabeça do Marimbondo de Fogo. O gongo anunciou o novo round e um cruzado fez Sarney dobrar os joelhos.
08- Senado: cada dia uma nova agonia II
A tática da oposição era aproveitar a blindagem que se construiu em torno do Sarney para abrir o flanco e instalar a CPI da Petrobrás. Fácil, era só minar a resistência mas, eis que de repente o queixo do Sarney estava ali desprotegido e o senador Renato Casagrande não se fez de rogado para infligir mais um castigo e soltou o cruzado: o Senado possui contas paralelas em banco. Não foi uma novidade. Apenas mais lama na pocilga que se transformou o Senado. A resposta ao novo escândalo é uma “investigação rigorosa para apurar autor ou autores da façanha”. A coisa é nebulosa. Se certa, é obrigação. Se errada, Agaciel o peixe dourado do aquário do Sarney vai de “bode expiatório”. É a lei.
09-Senado: cada dia uma nova agonia III
Se em algum momento passar um mínimo de lucidez pela cabeça do Sarney – o que é pouco provável – a renúncia ao cargo de presidente pode acontecer. A renúncia porém, não está nos seus planos, nem nos do Planalto. Entregar de bandeja a Marcondes Perilo do PSDB, nem pensar. Ruim com Sarney, pior sem ele e melhor para Renan que age como presidente de fato do Senado. Aí é levar a luta para o final evitando o nocaute. É muito azar para um homem que teve a sorte como madrinha a vida toda. Sarney perdeu a luta, a credibilidade e se tinha algum desvelo por sua biografia, maculou-a de vez. Entre abandonar a luta ou sair com o rosto desfigurado, não há opção possível. Já quebrou a cara.
10-Onde estão todos? Onde está Wally?
The day after pós Pró Rondônia é hora de fazer o inventário, contar apoios e de identificar faltosos. Foi aí que me dei conta da falta dos 24 deputados estaduais alinhados de todas as horas do governador Ivo Cassol. Claro que olhando aqui e ali entre uma foto e um vídeo, aparece um deputado assim mais chegado ao governador mas, aquele apoio maciço da instituição não se viu. Quedei-me a imaginar as razões sem conseguir me firmar numa só. Minha velha paranóia me empurrou para teorias conspiratórias mas deve ser só mesmo paranóia. Tudo deve estar como d’antes. A “tchurma” só esqueceu de fazer o manifesto.
Fonte: Léo Ladeia / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br
leoladeia@hotmail.com
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