Quarta-feira, 22 de setembro de 2021 - 15h06
Em 2010, quando dela pouco se falava, o Brasil
aprovou uma lei criando a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, que é
um marco que trouxe e instituiu os princípios e instrumentos para uma revolução
na forma de lidar com o lixo que é produzido no país. Os princípios como a Ecoeficiência
foram incluídos em função da necessidade de repensarmos como sociedade sobre nossa
forma de produzir e consumir. Outros instrumentos a exemplo da responsabilidade
pelo ciclo de vida do bem, a logística reversa, além dos acordos multissetoriais
que envolvem a reciclagem e destino final do lixo em espaços controlados e ambientalmente
adequados receberam a atenção do PNRS. Tudo era muito novo naquela época, mas
rapidamente os princípios foram consolidados até por ser uma lei moderna,
lógica e ambientalmente além de socialmente ser bem aceita.
Dos instrumentos disponibilizados pela PNRS, existe
um que é aquele que mais dialoga com a economia circular. É a logística
reversa, uma vez que há uma clara determinação de as empresas se tornarem cada
vez mais responsáveis pelo ciclo de vida de seus produtos e serviços desde a
produção ambientalmente responsável e correta, tempo de vida útil previsto,
destinação e tratamento além da reciclagem de itens como pneus, baterias, pilhas,
garrafas pet, vidros, embalagens de pesticidas, outras embalagens de isopor e de
plástico, até os populares copos e canudos descartáveis de plástico. Não por
acaso tramitam no Congresso Nacional projetos de lei voltados ao incentivo e
fomento da indústria de reciclagem. Contudo os entraves de toda ordem existem e
o maior deles seguramente é a falta de uma política de incentivo à circularidade
e sem surpresa acredito que talvez este seja um mal da própria PNRS: a falta de
uma ferramenta econômica que funciona para girar a chave da máquina e iniciar o
processo. E de nada vai adiantar a recém criada Frente Parlamentar da Economia Verde,
se funcionar apenas como uma câmara de debates se as ações não saírem do papel
em Brasília em direção aos mais de cinco mil municípios espalhados pelo Brasil.
Saídas existem. Uma ideia simples e que por
certo funciona é a utilização da política tributária para que os preços dos
bens e serviços reflitam os custos ambientais agregados levando assim o produto
que foi produzido dentro de operações ou de processos que respeitaram o meio
ambiente, a ser reconhecido, incentivado e ganhando uma espécie de prêmio por bom
comportamento socioambiental.
Isso poderia/deveria ocorrer no futuro, mas já
aconteceu aqui em Porto Velho, capital de Rondônia, na última fronteira
agrícola do pais, no dia de ontem, 21de setembro e sob o guarda-chuva da FIERO,
CNI, Prefeitura Municipal e apoio da classe produtiva, de vários bancos,
associações, governo e empresários em especial do agronegócio. Ontem foi
plantado o Instituto Amazônia+21, uma espécie de fórum permanente, usina de ideias,
sala de projetos ou incubadora de empresas. O Instituto Amazônia + 21 já nasceu
grande e com dois projetos prontos na área da ecobiologia, aguardando
investidores locais e/ou externos, mas servirá a todos os propósitos que
busquem desenvolver a Região Norte do Brasil e nossa Região Amazônica, aí
inclusos os nove estados da federação e os nove países que a integram.
Mas infelizmente o Brasil tem o cacoete de
tutelar políticas. Nossa legislação é uma das mais modernas do mundo, mas mira tão
somente comando e controle e o que precisamos é de políticas que valorizem a
geração das externalidades ambientais positivas a exemplo da Política Nacional de
Pagamento por Serviços Ambientais-PSA, e a Política Nacional de Biocombustível-RENOVABIO.
Basta seguir a trilha.
A semente do Instituto Amazônia+21 coincidentemente
plantada ontem no dia da árvore, irá precisar como toda semente, de adubo, de água
e de cuidados para crescer e frutificar. Um trabalho para todos.
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