Sexta-feira, 27 de janeiro de 2017 - 15h31
O grande barato da arte de rua é a liberdade com que ela se manifesta, seja através de murais de grafiteiros, esculturas ou qualquer tipo de instalação fora de padrões estéticos que surja para enviar uma mensagem à sociedade.
A beleza e a força dessas intervenções artísticas urbanas está na ausência de controle sobre onde, quando e como acontecem.
O que o prefeito João Doria propôs pra acabar com a guerra que começou como se não tivesse nada mais importante pra fazer, foi a burocratização da arte de rua.
Ao ver que não pode vencer no grito e com ameaças, anunciou que vai instalar uma comissão através da Secretaria Municipal de Cultura pra decidir a cada três meses onde será permitido e a quem será permitido grafitar.
Segundo o secretário de Cultura, André Sturm, “Eles serão escolhidos em função do currículo e do histórico. Mas a ideia é que seja um número grande (de artistas).”
Ah, vá!
Artistas de rua, às favas a proposta indecente de Doria!
O cinza que emporcalhou a cidade deve ter sido extraído da massa encefálica de baixíssima qualidade desse prefeito, só pode.
Ele ainda não compreendeu que a sua mensagem repressiva jamais será admitida.
Pelo contrário, serviu como inspiração a quem jamais teve intenção de desobedecer armado com spray, senso crítico e muita criatividade.
Falta pouco pra repetir em muros a travessura da eleição de 2012, quando eu meus filhos transformamos cavaletes com propaganda política em réplicas de Portinari, Bajado e Tarsila do Amaral. A cidade amanheceu com uma exposição de quadros de artistas até agora anônimos. Nossa ideia era provocar com o belo uma crítica ao que a cada eleição deixa a cidade feia.
Foi um protesto à poluição visual e à estupidez da ocupação de canteiros e calçadas com propagandas de candidatos.
A mensagem virou notícia em Rondônia, muita gente apoiou a censura à invasão dos cavaletes nos espaços destinados à pessoas.
Se Doria não compreendeu nenhum conceito político ou poético nos murais que mandou apagar, que siga a guerra.
Que que pintem, apaguem, pintem, apaguem, pintem, apaguem, pintem, apaguem…
Ruanda vai taxar igrejas e acusa pastores de enganarem fiéis
Proliferação de igrejas neopentecostais no país africano levou governo de Paul Kagame a acusar pastores de “espremerem dinheiro” de ruandeses mais pob
Levante feminista realiza encontro nacional para frear violência contra as mulheres
Luciana Oliveira, de Brasilia – Mais de 130 mulheres vindas de 20 estados do país participaram do evento em Brasília que durou três dias.Foram intensa
Quilombolas vencem eleição para prefeito em 17 cidades
Candidatos que se declararam quilombolas venceram as eleições para prefeito em 17 municípios, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).A ma
Incêndio criminoso eleva tensão em terra indígena Igarapé Lage
No 247 – A terra indígena Igarapé Lage, do povo Wari é uma ilha cercada por fazendas. Tem mais de 107 mil hectares e fica no Oeste do Estado, próxima