Segunda-feira, 11 de dezembro de 2017 - 14h12
Nem choro, nem vela, mas muitas vaias.
O Fora Aécio foi o momento mais emocionante da convenção nacional para eleger a nova executiva do PSDB.
Não adiantou contratar quem pranteasse sua morte política, demonstrando apoio com faixas e bonés.
O outrora líder foi tratado como quem provocou a morte da sigla partidária e apareceu para distribuir cumprimentos no velório.
Aécio que tantas vezes praguejou a morte do Partido dos Trabalhadores acabou assistindo ao próprio enterro, dentro de casa.
40 minutos foi o tempo em que suportou o desterro do ninho.
O sujeito que confessou a delator ter protocolado ação para anular uma eleição “só pra encher o saco do PT”, conseguiu mesmo foi causar arrependimento ao partido por apoiar o desatino.
Aécio alinhavou a mortalha do PSDB com discursos moralistas falsos. É muito por ele que o partido simboliza um ajuntamento de pessoas com maus desígnios, que cobram de outros o que são incapazes de fazer.
Só muito rabo preso justifica que o presidente que ameaçou mandar matar quem o delatasse não tenha sido expulso da sigla.
Aécio vai assombrar por muito tempo os tucanos que se alimentaram de fingimento.
O partido que tem o terceiro maior número de filiados, atrás do PMDB e PT, colhe desilusão popular com o golpe à democracia e revolta pelo apoio à destruição de direitos.
O PSBD comprou caixão, contratou carpideiras e até tinha pronto os santinhos de falecimento do PT.
E a pergunta que não cala é: qual líder foi enterrado politicamente com o golpe de 2016 e que partido tem cara de velório hoje?
A implosão da mentira é inequívoca.
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