Sexta-feira, 19 de janeiro de 2018 - 18h33
É prova de retidão de caráter protestar ao ver alguém que se odeia subir no cadafalso após um julgamento sujo.
Só quem atingiu ou persegue um grau elevado de honestidade é capaz de sobrepor a noção de justiça à raiva.
No presidente golpista personifico a indignação com todos que o ajudaram a destruir nossa tão jovem e delicada democracia e faço um exercício diário.
Me pergunto se seria capaz de defender Temer, caso fosse tratado como o ex-presidente Lula.
Temer se prestou a um plano sórdido de boicote que culminou na deposição da presidenta eleita – sem a qual jamais teria chegado ao Palácio do Jaburu – para sobreviver e salvar políticos como ele, do que viria pela frente com as investigações da Operação Lava Jato.
Tanto é, que sobrevivem.
Temer barrou duas denúncias por corrupção e a gangue que o apoia dorme e acorda pensando só em destruir direitos, entregar o país e ver a impunidade triunfar.
Com tudo isso, me pergunto se seria capaz de erguer a voz para defender Temer de um processo viciado, de sentença injusta, sem provas.
Digo que sim. Repito que sim.
Mesmo presidente ilegítimo, não aprovaria que deputados autorizassem a investigação de duas denúncias contra ele, sem provas.
Só que ocorreu exatamente o contrário.
Todos ouviram a conversa de Temer com o dono do frigorífico JBS-Friboi, Joesley Batista, sobre manter com muito dinheiro o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, o suborno de procuradores e a compra de informações privilegiadas.
Todos viram o assessor de Temer, Rocha Loures, receber uma mala com R$ 500 mil do executivo do grupo J&F, Ricardo Saud.
Todos viram as malas e caixas de propinas – mais de 51 milhões de reais – encontradas no ‘bunker’ mantido pelo ex-ministro de Temer, o Geddel Vieira Lima.
Infelizmente, esses fatos graves e flagrantemente associados a Temer, não chocaram os que agora torcem pra que Lula acabe preso.
Na internet rolou o meme: “Se a juíza penhorou o tríplex do Lula para receber uma dívida da OAS, então a OAS é do Lula?”
É evidente que o juiz Sérgio Moro que condenou Lula em primeira instância, não contava com a lealdade processual da juíza Luciana Corrêa Tôrres. A história o condenará por isso.
“O réu se verá condenado pelo crime de ter se deixado corromper por um triplex do edifício Salinas, no Condomínio Solaris, no Guarujá, que nunca lhe pertenceu, do qual jamais usufruiu e que poderá ir a leilão para ressarcimento de uma empresa da qual ele jamais deve ter ouvido falar.” Como explicar tal condenação?”, perguntou o jornalista Marcelo Auler.
É preciso ser ou querer ser honesto para enxergar que a condenação de Lula não tem nada a ver com combate à corrupção e menos ainda com justiça, mas visa tão somente impedir sua candidatura.
Uma marcha processual agalopada foi estabelecida só para Lula.
No lugar de Lula, você acharia justa a confirmação de uma condenação viciada por um juiz raivoso e invejoso?
Pergunte-se até o dia 24 de janeiro.
Encare seu grau de coerência e honestidade.
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