Em carta dirigida a acadêmicos e professores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), a ex-reitora Profa. Maria Berenice Alho da Costa Tourinho, anunciou que moveu Ação de Reparação de Danos contra três professores que a acusam de ter falsificado a revalidação do diploma de doutorado em ciências psicológicas na Universidade de Brasília (UnB), obtido em Cuba.
Di Tárique Barreto Crispim, Fabrício Moraes de Almeida e Izan Fabrício Neves Calderaro vão responder por danos morais.
Berenice Tourinho juntou provas da lisura do processo de revalidação e caso conquiste o direito à reparação promete converter parte do valor (50 mil reais) em doação para a UNIR, com aquisição de livros, bem como doar para o Hospital do Câncer de Rondônia.
Um dos que lançaram dúvidas sobre a revalidação do diploma da ex-reitora é o Doutor em física, Fabrício Moraes de Almeida, que processou a jornalista responsável por este blog ao ter seu discurso de ódio aos muçulmanos denunciado e que já foi condenado por calúnia contra o atual reitor em outra gestão.
Lembre o caso:
AVALIADOR DO INEP/MEC EM RONDÔNIA
DISSEMINA ÓDIO A MUÇULMANOS NAS REDES SOCIAIS
247: JORNALISTA PROCESSADA POR REPRODUZIR
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA DE PROFESSOR RECEBE SOLIDARIEDADE
Outro é Izan Fabrício Caldearo, que também moveu ação contra matéria deste blog, julgada improcedente em primeira instância.
Confira a carta da ex-reitora na íntegra:
Colegas, Alunos e Amigos!!
Escrevo a vocês para esclarecer e informar sobre as providências tomadas a respeito das calúnias que me impingem colegas da Unir. Com estas informações cumpro com dever de cidadã, servidora pública e com o respeito que devo aqueles que me prezam e reputam importância ao meu trabalho acadêmico.
Estes colegas não só me denunciaram como alardearam suspeitas, portanto sem provas, que o meu título de doutorado defendido em Cuba (Universidad de La Habana – UH) era inexistente assim como colocaram sob suspeição de fraude a revalidação do mesmo pela UnB. Além disso culminaram por afirmar que eu como servidora pública me beneficiei de tal “revalidação, inclusive assumiu o cargo de Reitora da Universidade Federal de Rondônia”.
É deveras lastimável, dolosa, própria para causar, como causou, dúvidas entre os professores técnicos e alunos da UNIR, além de amigos que souberam das infâmias. Destaco acima apenas um trechos da ação judicial de reparação de danos morais (em breve irei para as insinuações maliciosas e caluniosas propostas, dolosamente, por eles devem ser espancadas pela Justiça e que embora tentem enlamear a minha honra e a minha imagem, eles não conseguirão.
Ressalvei que a repetida postagem de uma mentira nas redes sociais é amplificada para além da comunidade de interesse, tornando-se, quiçá uma verdade. Somente agora se começa a compreender, na integralidade, o efeito das chamadas fake news (notícias falsas) na destruição de reputações duramente conquistadas.
Pedi, com base nas normas legais e, sobretudo, no preceito estabelecido no art. 5°, inciso X, da Constituição Federal, que sejam eles condenados a me indenizarem pelos danos decorrentes da violação. Registrei que o resultado do montante que eles venham ser condenados, reverterei parte em prol da aquisição de livros, para a nossa Biblioteca Central/UNIR, e parte doarei para o uma instituição de saúde que necessita atender a população, principalmente crianças, com enfermidades graves.
Todos vocês – colegas, alunos e amigos – sabem quanto às maledicências lançadas contra mim, por meio de Representações vazias, protocoladas na UNIR e no MEC (além de outros órgãos públicos, segundo os próprios), bem como a ampla divulgação nas redes sociais minaram o meu cotidiano acadêmico, geraram desgosto, mas, por outro lado, me revestiram de força porque “…hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás! Hasta la victória, siempre!
Entretanto, por orientação do meu advogado esperei, pacientemente, o momento próprio para a defesa, o que faço nesta oportunidade, bem como para o ataque, o que fiz no dia de hoje. A demora deu-se porque tínhamos que esperar as respostas quanto aos documentos solicitados de vários lugares, para calçar as afirmações e destronar os labéus lançados contra mim.
Estou, neste momento, feliz, respondendo por minhas atividades acadêmicas no meu estágio Pós-Doutoral, apoiada pelo meu Departamento Acadêmico; também me sinto contemplada com o dever de informar a todos os que me respeitam como profissional, as medidas que tomei em minha defesa, porque entendo que para além de superar este ataque pessoal a minha dignidade profissional, devo continuar honrando o nome da Universidade Federal de Rondônia. Renovo, encarecidamente, meus agradecimentos e atenção!
Profª. Maria Berenice Alho da Costa Tourinho.