Sexta-feira, 8 de dezembro de 2017 - 05h03
Parece mentira ou gozação, mas é só desprezo.
686.608,00 é o que o prefeito tucano pretende ‘investir’ na promoção de eventos artísticos e culturais no próximo ano na capital.
Se com os 832 mil do orçamento de 2017 a prefeitura não fez nada relevante, imagine com menos.
Não houve apoio para os blocos carnavalescos e o desfile das escolas de samba foi cancelado.
Curioso é que com remuneração de pessoal e encargos, a perspectiva é gastar o dobro, 1.674.588,00.
Mas, o que torna a notícia ainda mais chocante é o valor destinado à construção e reformas de espaços culturais, pouco mais de 58 mil reais.
O Mercado Cultural é mantido aberto sem iluminação, com goteiras, banheiros sem condições de uso e só dois espaços ocupados. É mais um símbolo de descaso com patrimônio histórico que abriga eventos culturais.
A promessa de parcerias público-privadas para estimular a cultura se converteu em paliativos sem grande valor.
A iniciativa mais robusta é o Tacacá Musical, evento que acontece toda quarta-feira em frente ao Mercado abandonado.
Bem diferente do investimento em cultura, o gasto com publicidade institucional saltará de 5 para quase 6 milhões.
As informações estão no resumo da Comissão Permanente de Finanças e Acompanhamento da Execução, presidida pelo vereador Marcelo Reis e que será levado ao plenário.
Quando candidato, o PSDB chegou a divulgar que Hildon iria investir parte dos royalties das usinas na cultura em Porto Velho. E só fez isso, após críticas por não incluir a cultura nos 12 eixos estratégicos de seu plano de governo.
Lembre aqui:
E o partido garantiu: “O tucano disse que sua gestão fará um calendário fixo para que a tradição das manifestações culturais tenham previsão de recursos financeiros para ajudar em suas realizações.”
Com pouco mais de 600 mil? Impossível manter as tradições vivas e nas datas certas.
Muitas se apagarão como as luzes do Mercado Cultural.
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