Sábado, 1 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Luciana Oliveira

Justiça de dois pesos e duas medidas - Por Luciana Oliveira


Blog da Luciana

Gente de Opinião

DCM, por Joaquim de Carvalho

O Supremo Tribunal Federal legitimou a queda de um presidente eleita com 54 milhões de votos, sem que o Senado apresentasse prova de crime de responsabilidade.

Dizer que pedalada fiscal justifica impeachment é uma piada.

A corte não reconheceu os argumentos da defesa de Dilma Rousseff e agora o ministro Marco Aurélio Mello diz que é preciso respeitar as prerrogativas de quem detém mandato.

“Mandato parlamentar é coisa séria”, observa ele em sua decisão de 16 páginas.

E mandato presidencial?

O que não valeu para a chefe do poder executivo, que conquistou o mandato pela maioria dos eleitores, vale para Aécio Neves, derrotado por Dilma Rousseff.

Diz Marco Aurélio:

“E mais que hora de a Suprema Corte restabelecer o respeito à Constituição, preservando as garantias do mandato parlamentar. Sejam quais forem as denúncias contra o senador mineiro, não cabe ao STF, por seu plenário e, muito menos, por ordem monocrática, afastar um parlamentar do exercício do mandato. Trata-se de perigosíssima criação jurisprudencial, que afeta de forma significativa o equilíbrio e a independência dos Três Poderes. Mandato parlamentar é coisa séria e não se mexe, impunemente, em suas prerrogativas.”

O mínimo de justiça seria agora, para ficar nas palavras de Marco Aurélio, “restabelecer o respeito à Constituição”, e devolver o mandato a Dilma Rousseff.

É na conspiração que resultou no golpe contra a presidência da República em 2016 que se encontra a origem de toda crise.

É na parcialidade da Justiça que se prolonga a crise.

O ex-primeiro-ministro da França François Guizot escreveu, há cerca de 170 anos:

“Quando a política penetra no recinto dos tribunais, a justiça se retira por alguma porta.”

Sobre a parcialidade da justiça, Rudolf von Ihering, jurista alemão que Paulo Nogueira já citou algumas vezes, disse:

“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o Direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do Direito”.

No Brasil de hoje, a Justiça reserva a espada para uns e a balança para outros.

É a força brutal.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoSábado, 1 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Sustentabilidade no carnaval: Ecoporé e bloco Pirarucu do Madeira firmam parceria

Sustentabilidade no carnaval: Ecoporé e bloco Pirarucu do Madeira firmam parceria

Neste carnaval, a Ecoporé uniu-se ao bloco Pirarucu do Madeira para lançarem a campanha “para cada folião, uma muda plantada”, com a finalidade de b

Bloco Pirarucu do Madeira faz campanha contra assédio no carnaval e por respeito à diversidade

Bloco Pirarucu do Madeira faz campanha contra assédio no carnaval e por respeito à diversidade

Com 32 anos de fundação e como Patrimônio Cultural Imaterial de Porto Velho, o bloco é conhecido como o mais democrático.Isso se dá ao formato do seu

Pirarucu do Madeira abre seu carnaval na Feijoada com folia

Pirarucu do Madeira abre seu carnaval na Feijoada com folia

Aos 32 anos o bloco que é Patrimônio Cultural de natureza Imaterial da capital, se prepara para mais um carnaval.Serão vários eventos pré-carnavalesc

Compositor e sambista Toninho Tavernard lança novo álbum musical

Compositor e sambista Toninho Tavernard lança novo álbum musical

Neste dia 15 de janeiro, o cantor e compositor Toninho Tavernard estará lançando seu novo álbum musical em todas as plataformas digitais. Será um E

Gente de Opinião Sábado, 1 de março de 2025 | Porto Velho (RO)