Quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018 - 07h16
O carnaval de rua está no fim e lamento não ter enviado pessoalmente o convite ao prefeito para o desfile do Bloco Pirarucu do Madeira com um RVSP, expressão francesa que significa “Responda por favor”.
O bloco que dirijo junto com o fundador Ernande Segismundo, completou 25 anos e fez um primoroso e inesquecível desfile, como tantos que contaram com o apoio da prefeitura através da equipe da Fundação Cultural.
Ninguém pegou em dinheiro, mas a prefeitura arcou com a banda, trios, grades e banheiros químicos dos blocos – uns com mais e outros com menos – que fizeram deste o melhor carnaval de rua dos últimos anos.
Há um ano a gestão de Hildon Chaves só recebeu críticas na folia momesca. Minhas, duríssimas.
Por honestidade, agora fiz questão de agradecer o apoio.
Apesar do planejamento e acompanhamento ser da Funcultural, houve vontade política para ampliar e diversificar a agenda de carnaval.
Teve folia em todas as regiões da cidade, democráticas e variadas.
Um ponto forte foi a sensibilidade do secretário de Cultura em promover repertórios tradicionais.
As crianças ganharam um evento que lotou o Mercado Cultural e à unanimidade recebeu elogios.
Só pela agenda oficial, 18 blocos desfilaram nas ruas da capital e outros tantos alheios à burocracia.
Foi um período fértil de produção de músicas, adereços, coreografias e fantasias.
Não sei quanto, mas circulou dinheiro na cidade.
Os ambulantes garantiram uma grana que vinha pingando em conta-gotas.
Além disso, foi um carnaval de paz.
O maior bloco da região Norte, a Banda do Vai Quem Quer, arrastou seus milhares de foliões sem registrar incidente.
Passada a festa, todos cochicham pelos cantos: por que o prefeito estando na cidade não foi cumprimentar seu povo?
Hildon acompanhou pela internet e televisão a maravilhosa festa que garantiu.
Falam em medo de vaias por conta da gestão que se sustenta em banhado. O entra e sai de secretários, um por mês desde que assumiu, inspira desconfiança e queixas.
Não creio que seria hostilizado e sendo, que enfrentasse o ônus de ser prefeito. Só desfrutar do bônus, é impossível.
Perdeu a chance de faturar politicamente e ainda é visto como medroso.
Gosto de repetir que quando uma prefeitura não promove a maior manifestação cultural do país, mil se revoltam. Mas, quando realiza um bom carnaval, centenas de milhares elogiam.
Acho que o prefeito cometeu um grande erro ao se ausentar da festa popular.
Em capitais com o vigor do nosso carnaval de rua, nenhum prefeito deixa de comparecer.
Quem merecidamente colheu aplausos foi o secretário e a sua equipe da Funcultural, até aqui alvo só de críticas e ‘fogo-amigo’ na gestão.
Ocampo Fernandes lavou a alma e provou entender que o diálogo é a única via possível de verdadeiramente fomentar a cultura popular.
Que ele estenda ao prefeito os parabéns pela vontade política e a queixa pela ausência.
O povo esperou o aplauso do prefeito em folias que reuniram elementos considerados um patrimônio imaterial cultural do Brasil.
Foi bonita a festa, pá!
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