Sexta-feira, 21 de outubro de 2016 - 15h16
O colunista da Veja, o cara que coloca quadradinhos nos ‘is’, o ícone da extrema-direita, Reinaldo Azevedo, sugeriu que a delação de Eduardo Cunha não seja aceita.
“Uma coisa é certa: a esta altura, não faz sentido lhe conceder um benefício, fazendo o país mergulhar no caos”, escreveu.
Muito longe de ser mero espasmo de sobriedade e prevenção à desordem, é flagrante gesto de solidariedade não só a Cunha, mas a todos os mafiosos que sangraram a Petrobras e estão no poder.
Como esquecer a declaração de amor do Azevedo quando o então presidente da Câmara corrompia o processo para levar Dilma ao cadafalso?
“Sim, eu sei que Cunha é um dos investigados da Operação Lava Jato. Caso venha a ser colhido por algo que eventualmente tenha feito (ou que não tenha) –e torço para que seja inocente –, será uma pena. Em quatro meses, fez mais à frente da Câmara do que seus antecessores em 12 anos”, disse o destemperado, um dos que mais incitaram ódio ao PT e à Dilma com o sofisma de revolta à corrupção.
Pois é. Agora que outros tipos venenosos estão à mercê da aposentadoria política compulsória, sujeitos à prisão, Azevedo quer evitar que o escorpião demonstre a força da sua natureza, o veneno que se dispersa rapidamente e paralisa as vítimas.
“Cunha decidir, sei lá, jogar no lixo, com suas eventuais revelações, boa parte do trabalho feito até aqui”. “Os primeiros delatores tinham menos condições de escolher o caminho do que ele tem agora, embora pareça o contrário”, disse.
Para tristeza do Reinaldo e alegria de muita gente, Cunha já sinalizou que pode derrubar muitos que o sustentaram para concretizar o golpe contra o governo eleito e a Lava Jato.
O colunista dos pingos quadrados, da mente cheia de cantos seletistas, pode até tentar sem sucesso alertar Cunha como fez o sapo da clássica fábula: “Seu tolo! Se derrubar os outros, vai morrer também.”
Um escorpião, morre mas não abre mão de seu instinto natural.
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