Sexta-feira, 29 de setembro de 2017 - 20h24
A convulsão entre o Supremo Tribunal Federal e o Senado provocada pela determinação do afastamento do senador Aécio Neves (PSDB), com recolhimento noturno, deveria ser a principal preocupação dos senadores Acir Gurgacz (PDT) e Ivo Cassol (PP) neste momento.
Mas, não. Eles deixaram de lado a inquietação com a ameaça de uma crise institucional para cuidar dos próprios interesses em torno da disputa política em 2018.
Os senadores trocaram acusações pesadas de crimes, sem nenhum farelo de compostura.
A crítica de Cassol a um projeto de Acir, que pune taxistas que fazem transporte intermunicipal de passageiros, descambou num debate ordinário nas redes sociais e na imprensa.
Por ter insinuado oportunismo do autor do projeto, já que a família Gurgacz é quem domina o setor de transporte de passageiros e cargas no estado, Cassol foi chamado de inútil e ladrão.
“Ele não faz nada aqui em Brasília, a não ser se defender nos seus processos. Gasta milhões de reais, dinheiro que roubou, desviou das compensações das usinas de Rondônia, gasta aqui em Brasília contratando advogados pra não ser preso. Já tinha que estar na cadeia! Foi condenado à prisão por desvio de dinheiro público”, disse o senador Acir Gurgacz visivelmente irritado.
Como Cassol adora explorar uma polêmica com muita pavulagem, no dia seguinte foi à uma rádio em seu reduto eleitoral e domicílio para responder ao ‘colega’ de parlamento.
Ivo reclamou falta de ética, respeito a seus familiares, declarou que vai processar Acir nas esferas cível e criminal por ofensas que ‘engraçadamente’ respondeu no mesmo tom, inclusive confessando que é um político do tipo ‘mal lavado’.
“O sujo vem querer falar do mal lavado? Ah, Acir…Toma vergonha na tua cara! Vai pedir perdão pro povo! Você não tem moral pra isso? ”
Se esperavam aplausos com essa discussão indigna de senadores da república, o resultado foi outro.
Embora muitos se divirtam com a baixaria protagonizada por dois representantes de Rondônia no Senado, o senso comum é de que ambos deveriam estar preocupados com o desmantelo econômico e político que parou o país e com a iminência de agravamento caso se aprofunde a crise entre os poderes.
Este episódio só aumentou a catinga de corrupção que é sentida quando grupos poderosos se engalfinham.
Acir é forte concorrente ao governo do estado, mas Cassol foi condenado à unanimidade no STF a quase 5 anos de prisão por fraude em licitações quando foi prefeito de Rolim de moura. O julgamento foi suspenso por pedido de vistas que vai definir só sobre redução da pena.
Em dezembro de 2016, o Ministério Público Federal em Rondônia ingressou com oito novas ações também por fraude em licitações relativas ao período em que Cassol foi governador.
Isso coloca Cassol mais para o sujo que ao mal lavado no debate com Acir.
Nas redes sociais a compreensão é de que um tenta denegrir a imagem do outro visando a disputa eleitoral que se aproxima e já tem torcida para que ambos consigam êxito.
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