“Quando cês virem essa semana, vão lembrar de mim”, disse o ministro da Justiça, com uma estrondosa e sequencial gargalhada a um grupo de militantes do PSDB e do MBL. O vídeo em que Alexandre de Moraes ‘passa a fita’ sobre a próxima fase da Operação Lava Jato e pede aos fãs que se lembrem dele, não foi o suficiente para que Michel Temer o exonerasse.
O fato de ter sido gravado num ato de campanha do candidato tucano Duarte Nogueira em Ribeirão Preto (SP), cidade de Antônio Palocci, o investigado a quem ele alega ter previsto a prisão por mera coincidência, também não significou bulhufas.
Até um cego pode sentir pela entonação da voz que o comportamento do ministro com os militantes partidários foi obsceno pra quem tem responsabilidade institucional. Foi de uma imoralidade sem precedentes o riso frouxo, o tapinha no peito de um desconhecido e sobretudo, a inequívoca vaidade ao pedir que fosse lembrado quando ocorresse a próxima prisão.